É um sonho, e preciso acordar.

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Feannor estava correndo, sentia seu corpo ceder, a respiração cortada, a garganta ardendo, merda! Ele queria acordar, suas veias pulsavam, seu coração batendo... pelo menos 10 vampiros estava atras dele, fazia uma semana desde que os ataques diretos tinham começado, uma semana que sua irmã quebrou o braço. Desde então não tinham mais paz nem folga, ele se sentiu mal, ele era o caçador, desde quando se tornou caça? Por que queriam destruir eles? Durante todo o caminho para esse pequeno vilarejo foram atacados, embora em menor quantidade eles não conseguiam dor direito e ele sabia o que estavam fazendo, estavam cansando-os, só não sabia que era para o que viria a seguir...

Algumas horas antes:

Eles estavam cansados e sujos, precisavam se banhar e deitar em uma cama, Feannor olhava o mata tentando se encontrar.

- Deveríamos estar em Shikin talvez mais dois dias de caminhada.

- Admita estamos perdidos! - Calisto falou.

- Não estamos perdidos seu carvalho ambulante! Eu peguei ima rota alternativa. Estamos quase na capital.

- Que rota alternativa? não existe rota alternativa para a capital e você sabe disso Feannor, deveríamos passar por Shikin e chegar na capital daqui uma semana, quantas vezes vocês já fizeram essa rota alternativa?? - Questionou Sidonia.

- Nenhuma, estamos perdidos. - Afirmou Elbereth.

- Ta! se são tão boas assim olhem vocês o mapa!

- Finalmente! - disseram as 3 em unis som pegando o mapa da mão do albino.

- certo, estamos aqui, as arvores me disseram... estamos um dia de distância para a rota certa para a capital. - Disse Calisto mostrando no mapa.

-  Um dia todos? meus pés não aguentam mais. - Reclamou Sidonia.

-  tem umas casinhas ali, podemos pedir abrigo. - Disse Elbereth.

- Ótimo vamos lá então. - Decretou Feannor em tom de ordem e sem esperar os protestos das companheiras começou a marchar para o pequeno aglomerado de casas, ele contou 6, muito pouco para ser considerado até uma vila, achou engraço o fato de humanos fazerem casas afastadas de aldeias maiores, geralmente eles gostavam de viver em maior número. Sentiu um mau pressentimento ao pensar isso, o ignorou afinal que mal fariam alguns humanos, naquelas casas poderiam conter no máximo 3 deles. Deveria ter ouvido Seus instintos.

Eles chegaram nas casas, pareciam abandonadas, hortas mortas, o chão eco, um cheiro estranho e todas absolutamente trancadas, eles bateram nas portas mas ninguém abriu, claramente o local não estava mais ocupado até que chegaram em uma casa com as portas abertas caindo aos pedaços, nas janelas haviam tabuas de madeira pregadas como se tentassem tampar a visão  fora Elbereth se sentiu aflita, queria ir embora do lugar mas o sol estava se pondo, ela estava cansada, seu braço recém melhorado ainda formigava um pouco então decidiram abrigar ali, mesmo sem porta poderiam usar os quartos de cima que tinham as janelas fechadas, o cheiro do lugar era de esgoto e algo podre.

- Esse lugar, não é bom não damos estar aqui, a natureza... mal sinto uma vida natural aqui, esse lugar não é natural. Devemos sair. - Disse Calisto aflita.

- O sol está se pondo não é seguro ficar lá fora.

- Não é seguro ficar aqui dentro!

- Esse cheiro vai cobrir nosso rastro, estamos sendo caçados!

- Se tivesse os seguido a rota já estamos na cidade e isso também cobriria nosso rastro!

- Ah então a culpa é minha!

- De quem mais séria?

Enquanto Calisto e Feannor discutiam Sidonia e Elbereth seguiram para o andar de cima da casa, Calisto estava certa, tinha algo errado naquele lugar e precisavam descobrir o que era, se depararam com 3 quartos, os dois primeiros estavam abertos e sem nada além de moveis destruídos e o último quarto no fim do corredor estava coma porta fechada, via - se que estava sem fechadura, as amigas deram as mão e seguiram prendendo a respiração um pouco pela tensão mas principalmente pelo cheiro horrível que aquele lugar tinha, ao abrirem a porta o que encontraram as fez querer vomitar, pilhas de corpos secos e definhando, carcaças mortas com semblantes agonizados alguns pertences esquecidos mostravam roupas de pessoas que um dia moraram lá, já outros mostravam coisas de andarilhos, estavam lá jogados como objetos inúteis sem nem um tipo de cerimonia adequada, havia bebes, crianças e adultos. Elbereth precisava sair dali Sidonia estava estática agarrada ao buraco da porta que um dia encaixou uma maçaneta, ela puxou sua amiga a chamando.

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