um novo mundo

trocas e vendas

A feiticeira deu alimento e estadia ao trio...

- não acredito que fizeram isso - disse ela gargalhando enquanto tomava seu chá

- pois é - riu Elbereth

Eles estavam sentados em um sofa a beira da lareira e ja passava da meia noite. Calisto havia ido dormir.

- e...pretendem ficar com a driade?

Sim- Elbereth disse ao mesmo tempo que seu irmão respondeu "não".

A feiticeira riu.

- decidam.

- ela é problema! - argumentou Fëanor

- nós estamos quase extintos Fëanor! Elfos, driades, mago, feiticeiras, bruxas... Estamos morrendo, quando se encontra alguem que não é da mesma praga que a humanidade devemos ficar juntos! - rebateu Elbereth - Sidonia diga a ele!

A feiticeira apenas acenou a cabeça concordando e tomou seu chá.

- somos bandidos, ladrões! Não um grupo de caridade e apoio! Além disso, que segurança ela teria conosco?!

- eu posso cuidar dela.- disse Sidônia por fim fazendo os elfos se calarem.

- tem certeza? - Elbereth perguntou incrédula.

- eu quero estudar ela, entender como uma driade pode estar tão longe de sua árvore e não morrer. Eu cuido dela.

- você odeia companhia.

- ah vamos Fëanor, isso é rancor por eu não ter ficado com você? - disse Sidônia debochadamente.

- eu não guardo rancores... E foi eu quem não quis ficar com você.

- sei sei....- Sidônia disse rindo.

- é verdade!!!

- Fëanor, está tarde. Vamos dormir. - disse Elbereth arrastando ele para o quarto dando uma piscadela companheira para sus amiga que riu.

Eles foram para seu quarto. Elbereth estava dividindo um quarto com calisto. A driade dormia profundamente e a elfa fez o mesmo se deitando na cama ao lado.
Fëanor estava olhando para o teto quando sentiu a porta se abrir e Sidônia e entrar em seu quarto.

- você esta bem? - perguntou ela se deitando com o mesmo.

- sim, estou bem... - o elfo passou o braço por baixo da cabeça dela, o colar no qual ele sempre mantém junto ao pescoço brilhou ao sentir a presença da feiticeira.

Ela sorri e mexe no colar, no qual à alguns anos ela mesmo teria posto no pescoço do elfo como um amuleto de proteção.

- você nunca me disse que pedra é essa...- disse Fëanor.

- olho de tigre, ela me lembra você - disse a feiticeira o abraçando

.- eu tenho algo para você.

- mesmo? O que é?

Fëanor ergueu o broche de ágata verde que havia roubado do vilarejo. - espero que goste.

- é lindo, eu amei! - Sidônia ficou encarando o broche. - foi você quem o poliu? Está brilhando. - pegou o presente em sua mão e o colocou em sua roupa delicadamente.

-sim- disse Fëanor se ajeitando na cama e bocejando.

Sidônia o olhou e beijou seus labios calmamente.- boa noite querido

- boa noite.

O elfo disse pegando rapidamente no sono, com Sidônia ao seu lado que ficou encarando aquela face linda que um dia ela tanto amara, depois de meia hora ela se aconchegou no peito do viajante e teve uma ótima noite de sono, na qual ambos não tinham há anos. E assim encerraram o dia, a feiticeira e o elfo.
Na manhã seguinte Elbereth estava fazendo o café, rabanadas com canela e açúcar. Um chá preto para acordar com mel e torradas salgadas com orégano. Sem esquecer claro a driade para qual fez uma tigela de salada de frutas. Calisto comia feliz separando fruta por fruta, primeiro a banana, depois a maçã, em terceiro o abacate e por ai vai. A cada pedaço de maçã que ela pegava tirava as sementes.

- você colocou todas as sementes do mundo no pote? - indagou calisto

- eu so cortei a maçã e pus na tigela!

- quando você vai dar maçã para algum animal você tira as sementes?

- e por que eu deveria? É fibra- disse Elbereth.

Calisto balançou a cabeça negativamente. - você deve ter matado 500 passarinhos....

- que?! Por que?! - perguntou Elbereth ja irritada. Ela gostava da natureza, principalmente de passarinhos e jamais faria mal para eles, afinal ela morava na floresta oras!

- sementes de maçã são extremamente tóxicas para animais, principalmente para passarinhos!

Elbereth ficou em choque, um breve filme de quantas vezes ela deu maçã com semente para passarinhos, jabutis e cavalos passou em sua cabeça.

- santa deusa! Eu matei tantos animais assim! - disse ela desesperada.

- não se preocupe. Se foi sem saber a grande mãe irá perdoar seus pecados contra a natureza.- disse calisto rindo do choque da nova amiga.

- assim espero - disse Elbereth extremamente preocupada começando a sussurrar uma reza.

Fëanor entrou na cozinha seguido por Sidônia com o saco de coisas que eles haviam roubado e o despejou na mesa ignorando calisto ali, uma taça quase caiu em sua vasilha de salada e ela resmungou voltando a comer.

- o que você acha querida? - disse ele perguntando para Sidônia

- bom, com toda essa prata e as que você trouxe antes consigo pedir para o ferreiro fazer uma espada... Mas talvez não fique barato, a prata é diferente de qualquer outro ferro.

- não tem problema, eu pago.

- Fëanor... Por que quer uma espada de prata? Sabe quanto dinheiro conseguiria só por vender estas coisas?

- eu não sei o porque de querer uma espada de prata pura...mas meu coração está mandando eu ter uma então...

- ta bem ta bem- suspirou Sidônia e começou a guardar as coisas.

Elbereth consegui um espacinho na mesa e colocou a comida, assim que toda a prataria estava guardada todos se sentaram na mesa e começaram a comer.

- partiremos hoje. - disse Elbereth quebrando o silêncio. Calisto você ficara com Sidônia.

Calisto olhou para a anfitriã da casa e pensou em protestar mas concordou ao perceber que pelo menos ela não ficaria se mudando e mudando como os elfos e que poderia ser util ja que a jovem moça secava plantas medicinas e ela poderia adiantar este processo.

- tudo bem... Espero ser de grande ajuda.

- você será querida - Sidônia sorriu e bebiricou seu chá.

- Fëanor ótimo, estou pensando em voltar para a capital, quero ver como esta o progresso de la, tem varias pessoas, conseguiremos ir e vir sem sermos notados.

- não fiquem la por muito tempo, o campo energético de lá é... Pesado - disse a feiticeira sentindo um calafrio subir sua espinha.

- não se preocupe, não vamos - disse Elbereth segurando a mão da sua amiga.

O grupo comeu sua refeição e logo em seguida a dupla de irmãos partiram para uma nova jornada.