Que sorte a nossa.

Me desculpa?

*Luiza*

O que está acontecendo aqui? Tô atrapalhando vocês? - pergunto, eu estava muito irritada.

- Não, desculpa.. com licença. - a Daniela diz e sai rápido da sala.

Olho pra Valentina e ela vem até a mim...

- Não encosta. - digo quando ela tenta me tocar.

- Deixa eu te explicar primeiro antes de você tirar suas conclusões? - ela pede.

- Que conclusões Valentina? você e sua secretária abraçadas aqui na sua sala? não tem conclusão nenhuma, eu tô vendo. - digo.

- Me ouve primeiro amor. - ela pede.

- Não acredito que... - não concluo a frase porque ela me interrompe.

- Sério que você acha eu faria isso com você? - ela pergunta.

- A Cecília também não faria. - digo.

- Sério que você vai me comparar com aquela louca? você realmente acha isso? - ela pergunta e eu não respondo.

- Você pode achar o que quiser de mim, pode até não confiar em mim como estou vendo que você não confia. Mas nunca me compare com aquela pessoa podre, eu nunca faria o que ela fez com você, mas se você quiser continuar tirando as suas conclusões, aí é com você. - ela diz.

- Eu vi o jeito que vocês estavam abraçadas. Eu estava preocupada com você, vim te buscar pra gente sair pra jantar, mas pelo jeito você estava muito bem. - digo.

- Não pira amor, você pode me ouvir por favor? - ela pede dessa vez chorando e sei que ela está nervosa.

- Não quero conversar com você agora. - digo pegando minha bolsa e saindo da sala.

- Onde você vai? Vamos conversar Luiza, não é possível que você não vá me ouvir.

- Não interessa! Me deixa sozinha. - digo e saio.

Entro no táxi e volto pra casa, choro durante todo o caminho. Não é possível que a Valentina tenha feito isso. Talvez eu tivesse que ouvir ela, mas meu ódio estava tão grande que não consigo.

Eu sabia que aquela garota me traria problemas, só não imaginei que fosse tão cedo. As mãos dela envolvendo a Valentina naquele abraço, essa cena não sai da minha cabeça.

Chega em casa e vejo o João sentado assistindo um filme, ele se levanta assim que me vê chorando.

- O que houve maninha? - ele pergunta.

- A Valentina. - digo.

- O que tem a Valentina? Ela tá bem? - ele pergunta.

- Eu fui lá na empresa, quis fazer uma surpresa pra ela, mas como ela estava demorando muito, eu decidi ir buscar ela, quando entrei na sala, ela estava encostada na mesa abraçando a secretária dela. Digo.

- Nossa! mas o que ela disse? - ele pergunta.

- Ficou querendo se explicar, mas eu não deixei. - digo.

- Deve ter alguma explicação pra isso tudo Luiza, a Valentina não faria isso que você está pensando que ela fez. - ele diz.

- A Cecília também não faria, e olha no que deu. - digo.

- Você não pode comparar as duas. A Cecilia é louca, e a Valentina é uma pessoa maravilhosa. - ele diz e meu celular toca.

Recuso a chamada e ela liga pro João.

- Não diz que eu estou em casa. - peço.

- Lu, não faz isso... eu acho que vocês devem conversar, deixa ela te explicar. - ele pede.