Barzinho.

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Carolina me olhava, eu não sabia decifrar exatamente a sua expressão...

- Desculpa Luiza, eu não queria aparecer assim, mas eu estou desesperada e preciso de ajuda. - ela diz.

Acabo cedendo e deixo que ela entre...

- Eu sei que não deveria estar aqui, e você nem devia estar me recebendo, mas eu não sei o que fazer... a Cecília está me ameaçando por eu ter contato tudo a vocês, eu preciso de ajuda. - ela diz nervosa.

- Eu não sei como posso te ajudar Carolina, você já foi na policia? - pergunto.

- Ela disse que se eu envolver a policia, ela vai atrás do meu pai, eu tenho muito medo. - ela diz.

Nesse momento, a Valentina me liga, penso em não atender, porque não sei como explicar pra ela o que a Carolina estava fazendo aqui.

- Preciso contar pra Valentina, ela vai saber o que fazer. - digo.

Atendo, explico pra Valentina o que estava acontecendo, ela se altera, mas não comigo, e sim pela situação.

Um tempo depois ela chega em casa.

- O que está acontecendo? - ela pergunta a Carolina que chorava de cabeça baixa.

- Me desculpa estar aqui Valentina, mas eu não sei mais a quem recorrer, eu já me escondi, ela me encontrou, não tenho certeza se ela colocou alguém pra me seguir, mas eu não sei o que fazer, a única saída foi procurar vocês. - ela diz.

- Nós vamos a policia agora mesmo, já existe uma queixa contra a Cecília, ela não vai poder te fazer nada. - a Valentina diz.

- Por favor, vocês não estão entendendo, a Cecília é capaz de tudo e ela quer se vingar de mim por ter contado tudo pra vocês, eu sei que ela não vai me deixar em paz e se eu contar pra policia, ela pode ir atrás do meu pai.

- E você pensa em fazer o que? continuar fugindo? é isso que ela quer que você faça, quer te acuar pra você ficar nas mãos dela. - ela diz.

- Mas eu não posso arriscar a vida do meu pai. Desculpem, talvez foi um erro eu ter vindo aqui, afinal vocês não tem obrigação de me ajudar em nada, eu vou dar um jeito. - a Carolina diz se levantando.

- Espera! - digo. - amor, será que o advogado não consegue fazer nada? - pergunto pra Valentina.

- Ele consegue, mas ela precisa estar disposta a ir até a delegacia e denunciar a Cecília, com certeza iria precisar de um depoimento. - Valentina diz.

- Não, não, não! Eu não vou arriscar, talvez eu consiga um jeito de fazer ela parar, mas não me peçam pra envolver a policia nisso, vocês não tem noção do que a Cecília é capaz. - ela diz.

- Você sabe de alguma coisa? se você souber Carolina, por favor, nos fala. - digo.

- Eu só sei que eu estou correndo perigo, e eu sinceramente não me importo mais comigo, mas tenho medo do que ela posso fazer com o meu pai, por isso, vim implorar pra vocês me ajudarem, mas foi um erro e posso colocar a vida de vocês em risco também. - ela diz e volta a chorar.

Me aproximo dela, pego em sua mão, apesar dela ter feito o que fez comigo e com a Valentina, não sinto mais raiva, infelizmente ela agiu pra proteger a vida do pai, a única culpa disso era a Cecília.

Ela vai se acalmando e tempo depois ela vai embora.

- O que vamos fazer amor? - pergunto pra Valentina.

- Eu mandei mensagem pro advogado, vou pedir orientação do que fazer, mas ela devia sumir por uns tempos, até a gente conseguir colocar a Cecília na cadeia. - ela diz.

Que sorte a nossa.Onde histórias criam vida. Descubra agora