Decisão.

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*Valentina*

Uma semana havia se passado desde o final de semana do aniversário da Luiza, seguimos a mesma rotina, eu nunca me canso de fazer as mesmas coisas com ela, apesar de minha agenda estar muito cheia no escritório, e ela ter que dobrar os plantões pois a Cecília continuava infernizando a vida dela no hospital, quando estamos juntas, me sinto completa.

Mesmo que passássemos muito tempo uma na casa da outra, sinto vontade de chamar ela pra morar comigo, apesar de estarmos juntas a alguns meses, eu não sei se era o momento certo pra isso, por isso, decido adiar a idéia.

Fico uns minutos olhando uma foto que tiramos em que ela está no meu colo de olhos fechados enquanto eu beijo seu rosto. A foto é perfeita, coloquei ela em um quadro, na minha mesa, no escritório.

- A candidata pra vaga da Daniela chegou. - a Helô diz entrando na minha sala.

- Quer me matar de susto garota? - pergunto.

- Você fica feito uma boba olhando pra essa foto. - ela diz rindo.

- Minha namorada é perfeita, não tem como ficar sem olhar pra ela. - digo sorrindo.

- Os dias passam e você fica mais gay. - ela diz e eu aceno concordando.

- Pode mandar ela entrar, você vai ficar? - pergunto.

- Não, tenho uns documentos pra assinar. - ela diz e sai da sala.

Preciso contratar uma outra secretaria, a Daniela pediu pra sair pois se mudaria de cidade pra cuidar da irmã, já que elas tinham conseguido um tratamento melhor.

Confesso que no começo, eu achei essa história estranha, mas pude perceber que eu estava errada.

Ofereci ajuda para o que ela precisasse, ela sempre foi uma boa em seu trabalho, e senti que deveria ajudar, mesmo que ela tenha negado a ajuda.

Ouço batidas na porta e digo para que entre.

- Bom dia senhora! - ouço a jovem alta e loira dizer e adentrar a sala.

- Bom dia! sente-se por favor! você é a Carolina né? - pergunto.

- Sim senhora, eu vim para a entrevista. - ela responde.

Conversamos um pouco e explico pra ela como funciona as coisas aqui na empresa.

Geralmente as entrevistas quem faz é o setor de recursos humanos, mas como se tratava de trabalhar diretamente comigo, eu preferia entrevistar.

O currículo dela era muito bom e ela atendia os requisitos que eu precisava no momento, não sei se ela iria fazer um trabalho tão bom quanto ao da Daniela, mas eu estava confiante ela iria bem.

Depois de um tempo, decido encerrar a entrevista, quando estou arrumando minhas coisas para sair pra almoçar, vejo a porta se abrir e a Luiza entrar, sorrio pra ela e me lanço em seus braços.

- Sabe que eu amo quando você vem me visitar assim, de surpresa? - digo segurando em sua cintura.

- Estava com saudades e entediada, vim te buscar pra gente almoçar, vamos? - ela pergunta.

- Eu estava indo fazer isso agora mesmo amor. - digo.

- Essa moça que saiu daqui agora é sua cliente? - ela pergunta.

- Não! É minha nova funcionária. Acabei de contratar, ainda não tinha tido tempo de entrevistar outra pessoa desde que a Daniela saiu. - digo.

- Hum, entendi! vamos então? - ela pergunta.

- Por que ficou assim? - pergunto.

- Por nada amor, vamos? - ela pergunta e tenta sair da sala.

Fecho a porta novamente e encosto ela sobre a mesma.

Que sorte a nossa.Onde histórias criam vida. Descubra agora