Que sorte a nossa.

Ajuda planejada.

*Valentina*

- Diz alguma coisa, por favor. - a Luiza pede.

- Estou processando a informação, me dá só um minuto. - digo e ela se cala.

- Por que não me contou sobre a vaga? - pergunto.

- Não fiz agora, eu fiz esse processo uma semana antes de sairmos pela primeira vez, eu nem esperava mais ser chamada. - ela diz.

- Você já aceitou? - pergunto.

- Não, eu queria conversar com você primeiro, e pela sua reação, sei que você não gostou. - ela diz.

- É claro que eu gostei, eu sempre vou ficar feliz por você Lu, o único problema nisso tudo é ter que ficar longe de você. - digo.

- Você encara isso como um problema? - ela pergunta.

- Eu encaro a distância como um problema, mas nada que a gente não possa resolver, meu amor por você é maior que tudo. - digo.

- Eu sei que acabei de aceitar morar com você, mas essa oportunidade vai mudar minha vida entende? Mas se for pra te perder, eu fico. - Ela diz.

- Não me coloque acima da sua felicidade, eu vou te apoiar caso você aceite, é claro que vai ser muito difícil, mas eu nunca iria me posicionar contra sua vontade. - digo.

- Minha felicidade é você, e se tiver que me mudar for um problema, eu desisto e não vou. - ela diz.

- Não é assim que funciona Luiza, pensa um pouco em você, eu consigo dar um jeito de ir te ver toda semana, eu só não quero que a distância seja maior que nosso amor, eu sei que vamos superar. - digo.

Ela me abraça e assim ficamos, confesso que eu queria muito chorar, o fato de eu ter convidado ela pra morar comigo, era justamente pra gente ficar juntas e agora isso não seria mais possível.

Claro que eu estava feliz por ela, mas por outro lado eu pensava no nosso relacionamento, não queria ter que me afastar dela.

Passo a noite pensando nisso, a Luiza já havia dormido, depois da conversa, as coisas ficaram um pouco tensas entre nós, acho que nós duas estávamos com medo, mas eu tinha certeza que daria tudo certo.

Na manhã seguinte saio mais cedo e vou pra empresa, quando chego, conto tudo pra Helô, eu precisava desabafar e chorar com alguém.

- Calma, vocês se amam, não vai ser a distância que vai mudar isso amiga. - digo.

- Eu sei, mas como vou lidar com isso? - pergunto.

- Do jeito que você sabe! Se você quiser, pode tirar uns dias e ir pra São Paulo ficar com ela, eu vou segurar tudo por aqui. - ela diz.

- Eu vou resolver. - digo.

O dia passa rápido, entre uma reunião e outra, troco mensagens com a Luiza, ela disse que ainda tinha uns dias pra dizer que aceitaria o emprego, o que me deixava aliviada de certa forma.

O final da tarde chega, e eu ainda precisava organizar uns documentos, pensei estar sozinha na empresa, mas ouço batidas na porta e percebo que a Carolina ainda estava aqui.

- Com licença dona Valentina, te trouxe um café, a senhora está aí faz tempo. - ela diz.

- Obrigada, estava mesmo precisando, mas o que faz aqui ainda? seu horário já terminou faz tempo, vai descansar. - digo.

- Eu quis ficar pra ver se a senhora precisaria de mais alguma coisa. - ela diz.

- Não! Só vou terminar esses documentos e já estou indo. - digo.