Que sorte a nossa.

Despedida.

*Valentina*

Na manhã seguinte vou até a empresa, preciso que a Carolina me diga tudo que aconteceu na noite passada.

Quando chego, vou até minha sala, percebo que o lugar que ela ficava estava vazio, procuro ela pela empresa e nenhum dos outros funcionários viram ela hoje.

- Encontrou? - a Helô pergunta.

- Não, preciso que você me leve na casa dela, eu não me lembro direito onde fica, preciso encontrar ela e esclarecer isso. - digo.

- Vamos. - ela diz saímos.

Entramos no carro e ela me leva até o local que eu estava ontem, quando chegamos, não havia ninguém em casa, pergunto a umas pessoas que estavam próximas da casa e eles me dizem que uma moça saiu com umas malas e não voltou mais.

- E agora? o que eu vou fazer? - pergunto nervosa.

- A cada minuto que passa essa história fica mais estranha, tenta lembrar de algo. - ela pede.

Começo a me lembrar da noite anterior...

- Ela me ofereceu café, logo depois disso, eu comecei a passar mal. - digo.

- Foi isso, ela te dopou, mas por que? - ela pergunta.

- Se eu disser isso pra Luiza, ela vai dizer que estou inventando, então vou tentar investigar primeiro. - digo.

*Luiza*

Uma semana havia se passado desde o ocorrido, não atendo mais a Valentina, mesmo que ela continue insistindo, o João me disse que ela estava acabada, e que não se alimentava direito, nem estava indo trabalhar esses dias, de certa forma eu me preocupo, não deveria, mas não consigo deixar de me preocupar com ela, mesmo que ela seja a culpada disso tudo.

decido finalmente aceitar o emprego em São Paulo, não havia nada mais que me fizesse ficar além do João.

- Quando você vai? - o João me pergunta.

- Na segunda, já está tudo certo. - digo.

- Eu vou sentir tanta saudade, mas vai ser bom pra você maninha. - ele diz.

- Eu sei que sim, vou ficar na casa da minha mãe, e depois, tento alugar um apartamento pra mim. - digo.

- Você não vai se despedir dela? acho que vocês merecem uma conversa Lu. - ele diz.

- Pra que João? não tenho motivos pra me despedir de uma pessoa que me destruiu, eu quero distância dela. - digo.

- Você a ama, isso está claro. - ele diz.

- João, chega! Por favor! - digo.

- Tudo bem, desculpa, mas se despede pelo menos da Helô, ela gosta tanto de você. - ele pede.

- Vou fazer isso, mas por favor, não toca no nome da Valentina. - peço.

Ele concorda e eu decido sair pra comprar algumas coisas da viagem, o João me acompanha.

Entramos no shopping e escolho algumas coisas que eu ia precisar, quando vou pegar uma roupa no cabide de uma loja, alguém esbarra em mim e quando olho, tenho a infeliz surpresa de encontrar a Cecília, só faltava essa.

- Luiza, que bom te ver. - ela diz sorrindo pra mim.

Tento ignorar e ando, mas ela para na minha frente.

- Espera por favor, só queria te dar um oi. - ela diz.

- Já deu, agora sai da minha frente. - digo.