REFÉM | LIVRO 3 DA SÉRIE: EU DEPOIS DE VOCÊ

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FELIPE

Eu não queria colocar ninguém no meio dessa guerra, nem mesmo os Bottini's. Eu entendia o que deveria ser feito, e depois que Valter o sogro do Gustavo me ligou eu compreendi o que precisava fazer e coloquei o plano em prática, troquei o Valter pela minha irmã e hoje seria o grande dia em que traria ela para casa.

Me despedi de Lara com um beijo demorado e o coração apertado, no fundo eu sabia que poderia dar alguma coisa errada e eu não voltar mais pra casa, mas ao mesmo tempo eu sabia que iria fazer o possível e impossível para isso não acontecer.

Felipe: Você vai estar aqui quando eu voltar?

Lara: Com certeza sim -ela sorrio e acariciou o meu rosto com o dedão- eu só não sei se Anajú vai ficar feliz em me ver aqui.

Felipe: Não se preocupa com ela, bem provável que ela vá para a mansão em São Paulo ao invés de vir pra cá. 

Lara: Se cuida e me avisa assim que tudo acabar.

Felipe: Eu prometo -puxei ela para os meus braços novamente e beijei a sua testa- 

Fui no banco de trás enquanto o motorista foi dirigindo, estava ansioso, queria ver a minha irmã nunca passamos tanto tempo longe sem nos falar e no fundo eu estava com esperança de que a partir de hoje as coisas fossem diferente, eu já sabia o que não queria para a minha vida e espero que com tudo isso ela também tenha a mesma visão. Estava perdido em meus pensamentos quando o meu celular tocou, era Ernesto. 

IDL

F: Fala chefe. 

E: Felipe Agostini, você ainda vai acabar comigo -ele falou respirando fundo e prendi o riso-

F: Estou indo fazer o que é certo, o pai da garota vai estar lá, vai se entregar e a merda já está feita Ernesto -suspirei- preciso fazer isso pela minha irmã.

E: Eu não tiro a sua razão, mas estávamos trabalhando juntos nisso. 

F: Os Bottini's vão me agradecer por isso, e pode avisar que a Lara está bem, melhor impossível e quando isso acabar tudo voltará ao normal.

FDL

Nesse mundo louco as pessoas tinham mania de me subestimar, de achar que só por ter o mesmo sangue do meu pai eu era igual ele, mas não. Depois de quase 3 horas chegamos em São Paulo, e tudo já estava esquematizado e foi adiantado uma coisa que os Russos não estavam esperando, a ligação da minha irmã há alguns dias atrás mudou tudo o que havíamos planejado, por isso eu precisei agir, não fiz perguntas de como ela conseguiu me ligar mas vindo de Anajú eu poderia esperar qualquer coisa. 

Eu sabia do risco que estava correndo, já que o encontro seria no prédio da OAB, porém Valter me assegurou que eu iria entrar e sair com a minha irmã sem correr nenhum tipo de risco e assim foi feito. Estava no estacionamento de tocaia na caminhonete blindada quando os carros dos Russos chegaram, o informante que Ernesto havia colocado dentro da máfia estava em um carro com a minha irmã e deu um toque dizendo que já haviam chegado, os caras estavam tão louco para foder com Valter que ligaram o foda-se pra tudo e a passagem ficou livre, e quando vi o informante vindo com Anajú senti que podia respirar aliviado, abri rapidamente a porta da caminhonete e ela entrou resmungando, tirei a venda e a mesma me olhou surpresa.

Anajú: Esperei tanto por esse momento irmão -ela falou se jogando em meus braços e retribui acolhendo ela para perto-

Felipe: Como você está? Te fizeram algo? -segurei em seus braços e observei seu rosto, aparentemente ela estava bem e sem nenhum arranhão- 

Anajú: Não, eles só queriam bagunçar a cabeça de todo mundo, enlouquecer mais ainda sabe -ela encostou no banco e o motorista deu partida- eu só quero ir para a mansão, tomar um bom banho quente e deitar na minha cama.

Felipe: Agora tudo está bem -ela se aninhou nos meus braços e saímos de lá- 

Achei melhor irmos para Maresias esperar a poeira abaixar, lá estava concentrado toda segurança e seria melhor dessa forma, durante o caminho avisei para Francesco que estávamos indo e para ele tranquilizar Lara, minha irmã desviou o olhar pra mim mas não discutiu e nem deveria, eu ainda mandava em tudo.