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Flourish.

Só a fachada da loja faz eu me sentir pobre. Quer dizer, eu sou pobre, mas algo sobre a sofisticação que a loja exala faz eu me lembrar disso. Me sinto inadequada enquanto eu e Ares entramos.

Imediatamente o ar condicionado e um agradável cheiro que não sei reconhecer o que é me atingem. Há também uma música clássica tocando de fundo. A iluminação é clara e limpa, em harmonia por todo lugar.

— Senhor Ares! — Uma atendende vem em passos largos até nós. Juro que consigo ver todos os seus dentes de tão grande que é seu sorriso — como está?

— Bem, valeu — acena com a cabeça brevemente, sem prestar atenção nela, mas olhando ao redor. Também olho.

— E a senhorita é...?

Volto minha atenção a ela.

— Ninguém importante. Você pode por favor nos dizer se...

— Ares! — Uma voz rouca grita do fundo da loja — você está atrasado!

— Merda — o deus da guerra resmunga, seus ombros caindo visivelmente.

— O quê? — Pergunto, mas ele não diz nada. Uma figura peculiar vem até nós em passos rápidos. Ela é pequena, muito mais baixa que eu. Veste um terno claramente sob medida, elegante com detalhes florais. Seu cabelo preto contrasta com a pele branca pálida. De algum jeito, as olheiras que não faz questão de esconder, combinam com ela. Na verdade, ela não usa nenhuma maquiagem. E é bonita. Só não consigo decidir exatamente qual sua idade. Não parece velha, mas também não é jovem...

— E você, criatura, quem é? — Me pergunta, com a voz de quem acabou com um maço de cigarro antes do almoço.

— Solari, uma filha de Apolo — Ares rapidamente responde por mim. Eu daria a mesma resposta que dei a atendente se não fosse por isso.

— Uma semideusa... — Ela estreita os olhos, analítica. Coloca as mãos na cintura e questiona seriamente: — Qual a cor que mais odeia?

— Amarelo. É uma versão pobre do dourado — respondo prontamente, apesar de não odiar a cor, somente não ter como favorita.

— Humpf — solta com superioridade — vamos, brutamontes. Temos uma prova de roupa a fazer!

— Ele não tem tempo para isso, nós estamos em uma... — Observo em choque Ares ser praticamente arrastado pela mão até os fundos da loja. É cômica a cena dela o puxando e reclamando, enquanto ele precisa se abaixar para ser levado e ouve tudo calado.

— Madame Collette é uma em oito bilhões — a atendente dá uma risadinha.

— Certamente é.

— Vamos lá, senhorita Solari. Pode esperar o senhor Ares estar pronto mais confortavelmente — ela me conduz educadamente.

Cruzamos várias araras e manequins e não posso negar que a maioria eu vestiria. É tudo feito com óbvio capricho e parece custar um milhão de dólares, mesmo as mais simples.

— Com licença! — Uma outra atendente vem até nós segurando com agilidade uma grande bandeja — aceita algo para beber?

Meu primeiro instinto é negar, mesmo que as opções parecem boas. Água em garrafa, água em lata, copos com o que parecem sucos, taças de vinho e champagne. Mas quando se cresce com monstros tentando te matar, precisa aprender a pensar três vezes antes de aceitar algo para comer ou beber. De qualquer um.

— A água com gás é uma boa escolha — a atendente ao meu lado pega a garrafa e me entrega — é a melhor do mundo. Madame escolheu tudo que é servido e ela só usa o que é de melhor.

Assinto, aceitando por educação. A outra atendente sai sem dizer mais nada.

Observo a loja com fascinação enquanto continuamos a andar. É tão rica que tem uma fonte com um sistema que faz aparecer um grande arco-íris de ponta a ponta. Uma fonte com arco-íris...

— Posso usar? — Me viro bruscamente para a atendente que me acompanha. Leio seu discreto broche dourado, que diz "Marisol".

— Fique à vontade — sorri novamente — as ligações são ilimitadas. Temos um trato com Íris.

Como conseguiram fazer um trato com uma deusa como se fosse uma operadora telefônica?

— Impressionante — comento — como eu faço para ligar?

— Toque no arco-íris enquanto diz o local que vai entrar em contato — explica — com licença.

Então sai de perto, me deixando à vontade.

— Acampamento Meio-Sangue, por favor — peço, meu coração se acelerando com a perspectiva de ver meus campistas.

A primeira imagem que tenho é de Lina segurando a risada ao lado de Brooke gritando com alguém além do meu campo de visão. Ela aponta com sua caneta de maneira ameaçadora, mas para ao me notar.

— Solari! — Brooke me encara surpresa.

— A Solari está na área! — Lina grita, olhando por cima do ombro. Brooke lança um olhar irritado para a mais nova, que nem percebe.

Reparo vários campistas correndo na direção delas — para mim.

— Ela é a Solari? — Um garoto que eu nunca vi questiona.

— Sim. E esse é Percy Jackson... Filho de Poseidon. — Annabeth apresenta.

Arregalo os olhos. Puta merda. Um dos grandes.

Sorrio simpática e aceno para ele, que acena de volta.

— Ei, pessoal. Eu não tenho muito tempo. Estou caçando Afrodite e Eros com Ares. Despejem os problemas que eu vou falando as soluções — mando.

Sem hesitar, todos se atropelam falando inúmeras situações — a maioria que seriam facilmente resolvidas sem mim.

Sem hesitar, todos se atropelam falando inúmeras situações — a maioria que seriam facilmente resolvidas sem mim

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Madame Collette claramente foi inspirada na fashon diva suprema Edna Moda!

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A maioral 🗣🗣

Percy apareceu 🥰 mas aqui ele é um semideus como qualquer outro (apesar do pai dele ser um dos três grandes kkkkkkk)

Deu a louca no Cupido | PJOOnde histórias criam vida. Descubra agora