TENTATIVAS

Leve

▪︎ RAFAELLA ▪︎

O relógio desperta às cinco e meia informando que segunda-feira havia iniciado, não adio-o, invés disso desligo. Ainda deitada espreguiço, um sorriso preenche meu rosto ao lembrar dos três dias atrás.

Levanto empolgada, faço alongamento por aproximadamente dez minutos. Vou para o banheiro, realizo minha higiene matinal. No closet busco por uma roupa, depois de quarenta minutos estava pronta.

Pego minhas chaves, fecho a porta, e desço de escada mesmo para o quinto andar. Na noite passada, Gizelly e eu havíamos combinado de ir juntas para o Sonata.

Aperto a campainha e fico na espera da bela professora. Após um minuto aguardando, ela aparece.

- Bom dia, Rafaella - Gizelly me puxa para dentro. - Entra, pegue café, preciso terminar de me arrumar.

Enquanto ela corre para o quarto, sigo para cozinha e me sirvo de café.

Do cômodo a mulher grita:

- Têm leite e creme na geladeira.

Não me contento em esperá-la na cozinha, então segurando minha xícara vou até ela.

A porta estava aberta, eu tinha a visão inteira de seu corpo. Vejo-a de frente para o espelho, usando apenas lingerie preta, parecia uma obra de arte. Suas curvas e silhuetas magníficas, faziam eu me sentir inebriada.

- Gosta do que vê, Kalimann? - Sou pega no pulo.

- Você não sabe o quanto - Levo a xícara até minha boca.

- Sabia que isso é invasão de privacidade. - Aproximasse de mim.

- Culpada - Coloco a objeto no chão, e passo meus braços pelo o seu corpo -, qual é a sentença do meu delito? - Abaixo meu rosto na espera de um beijo, quando o dela fica ainda mais perto do meu.

- Ficar sem meus beijos - Se afasta rindo, e muda de assunto. - O que achou do café?

- Uma delícia - Digo maliciosa, enquanto observo-a terminar de se arrumar.

Busca um vestido no closet, coloca-o, pega a bolsa na cadeira ao lado.

- Estou pronta, vamos?

- Sim, mas antes vem cá - Tento lhe dar um beijo, ela recua novamente. - É sério?

- Nãã - Agarra meu pescoço, e domina meus lábios.

O beijo como sempre encaixado, íntimo e gostoso. Os lábios dessa mulher me enlouquecia de tesão.

Nossas mãos se unem, ela fica na ponta do pé. Finaliza com selinhos, e sorri em minha boca.

- Melhor pararmos ou iremos chegar atrasadas - Diz arfando quando nos separamos.

- Ok, mas prometa que jantará comigo. - Proponho.

- Se você cozinhar, sim.

- Combinado - Saímos juntas do apartamento.

Quando o elevador chega preciono o botão que nós levaria para o estacionamento, mas ela aperta o do térreo.

- Eu gosto de ir caminhando para o Sonata - Responde à minha pergunta silenciosa.

- Então, iremos caminhando - Digo.

A mulher abre a bolsa, pega uma caixinha, dela tira dois fones. Entrega um à mim, e pega o outro.