Deixa eu te amar

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Antes mesmo de abrir os olhos, passo a mão pelo colchão a procura dela ao meu lado. Porém encontro o lugar vazio e gelado, o que indica que havia saído da cama há um tempo.

Ainda usando as roupas da noite anterior, me levanto para procurá-la. A casa estava silenciosa, não sabia aonde estaria, mas sigo meu instinto e começo pelo o banheiro.

Bato levemente na porta para anunciar minha presença, assim que entro, tenho a visão de Gizelly na banheira.

Seu corpo estava submerso, com exceção da cabeça que mantinha-se apoiada. Os olhos permaneciam fechados, e o semblante demonstrava que pensava em algo profundo.

Me aproximo devagar, sento no chão. E levo minha mão pela sua face, o que faz com que deite o rosto ao sentir o afago. Abre os olhos, nos fitamos.

Presto atenção nos detalhes de sua fisionomia, a beleza de Gizelly é algo que me hipnotiza.

- Olá. - Digo.

- Olá.

- Está pensando em quê? - Pergunto.

- Que estou indo contra meus princípios em dar lhe outra chance, pois consigo visualizar o alerta indicando a possibilidade de eu sair novamente machucada. - Se interrompe.

Suspiro em frustração, já esperando pelo o pior.

Gizelly, continua:

- Entretanto, sei que você e eu podemos dar certo. Faz sentindo?

- Sim - Encosto minha cabeça na sua -, faz todo sentido ficarmos juntas.

- Rafa, preciso esclarecer, nunca vou me sentir bem em relação a sentimentos não resolvidos. Se está me usa... - Coloco o dedo em seus lábios.

- Nãoo. - Com urgência entro na banheira, meu corpo a cobre. - Gi, eu sei que é difícil confiar, porém confia em mim quando digo que meu coração é todo seu.

A professora passa as mãos pela minha cintura, e abre as penas para que eu encaixe as minhas.

- É mesmo?

- Sim. - Confirmo.

- Não quero machucá-lo.

- Você não quer se machucar.

- Alguém quer?

- Em um relacionamento corremos esse tipo de risco, mas temos que pesar as alegrias também.

- Posso conviver com isso. - Diz observando minha boca.

Umedeço meus lábios, e aproximo meu rosto do dela.

O silêncio pairava, ouvíamos apenas as nossas respirações e as batidas dos corações.

Encosto nossos narizes, olho no olho. Sua boca fica entreaberta, esperando o contato da minha.

- Faz todo sentido ficarmos juntas. - Sussura se aproximando ainda mais.

Não perco mais tempo, e faço o que fiquei com vontade de fazer desde a noite anterior.

Meus lábios encontram os de Gizelly, sem receio devora os seus. As línguas se reúnem em uma dança saudosa. E, a única coisa que consigo pensar é como senti falta daquilo.

- Tire..suas.. roupas. - Fala com a respiração entre cortada.

Mas antes que eu possa me mover, a morena aprofunda o beijo novamente, e aperta a minha bunda com vontade.

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