Onde tudo começou

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Estava eu num dia chuvoso em frente ao puteiro mais conhecido e famoso da cidade de Seul, prestes a me embebedar e me deliciar com algum ômega cujo qual eu não fazia ideia quem seria, além de seu rosto e nome.

Hoje em dia as coisas estão assim, precárias.

Não que o trabalho de prostituição seja algo que deva ter vergonha, mas que é difícil, é. Porém, hoje em dia, para os ômegas, é o trabalho mais fácil e viável, visto que são criaturas raras hoje em dia num mundo no qual é quase completamente dominado por alfas.

Quando os primeiros meta-humanos surgiram, vieram mais fortes como os cientistas queriam, porém, só não imaginariam que em sua maioria seriam todos alfas.

Somos classificados em três classes. A alfa; que é a mais forte, ômega; é a menos forte e a beta; que é o equilíbrio. Beta, em minha pessoal opinião, é a melhor categoria. Não se afetam com nenhum alfa ou ômega, não possuem feromônios que se atraem e respondem por outros, além de serem extremamente fortes. São tipo humanos normais, só que plus.

Mas eu não tive a sorte de ser um e acabei nascendo alfa, que é a classe mais comum por aqui.

Ômegas e alfas naturalmente se atraem, mas num mundo onde a existência dos ômegas é quase nula, o que pensam que os ômegas fazem? Usam-se, e por isso a prostituição hoje em dia é comum entre tal classe.

Ganham dinheiro em cima de alfas desesperados por prazer ou aqueles que apenas querem sentir, nem que por um momento, um ômega em seus braços. Porque, além de tudo, caso não saibam, ômegas apesar de serem submissos aos alfas, detestam isso. Então, dominar um ômega e chamá-lo de seu é uma baita conquista. Não é sempre que acontece isso.

E eu estou aqui, querendo apenas uma noite de prazer mesmo. Nada mais ou menos.

Em minhas relações, eu me envolvi apenas com um ômega, de resto, todos foram betas. Alfas jamais ficam com outros alfas ou ômegas ficam com outros ômegas. É como tentar encaixar um triângulo num quadrado, um círculo num retângulo, não vai.

Eu não estou em busca de nada disso, entretanto, eu só quero me divertir. Por isso que estou aqui.

Suspirei ao que adentrei aquele local, vestido elegantemente visto que, apesar de ser local de prostituição, era chique. Não era um local ralé. Então, mostrei a entrada que havia comprado ao segurança e entrei no recinto, sendo inundado inicialmente por uma balada, que era no andar térreo, em cima que era onde ficava o local que eu queria ir.

Olhei para cada ser humano ali, vendo eles se divertirem e rirem ao vento, alegres demais. O local parecia bom, quem sabe depois de transar eu não venha me divertir um pouco aqui em baixo.

Porém, ignorei todos. Indo até a escadaria que havia no centro e pegando um corredor extenso, notando que calmamente a música de balada era substituída por uma batida calma e sensual. E as luzes piscantes e de diversas cores era dado lugar a uma única; vermelha. E era intensa.

O local tinha uma atmosfera que me prendia. E eu nem adentrei o lugar ainda.

Ao chegar em frente de uma porta, dei duas batidas, e um alfa abriu tal, dando-me o espaço necessário. Eu entrei, notando que havia entrado num imenso salão, onde haviam homens e mulheres de diversas idades, alfas, sendo rodeados por alguns ômegas. E alguns olharam para mim, curiosos.

Era a minha primeira vez naquele lugar.

Suspirei mais uma vez e fui em direção ao local que julguei ser a recepção, notando que era tomado por um beta detrás de um balcão, bonito e bem vestido.

— Eu reservei com Kim Taehyung. Boa noite.

O beta me arqueou uma sobrancelha e sorriu ladino, mexendo em algo em seu computador e me deu uma chave do quarto de número 13 após.

Exclusivamente meu • TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora