•Prólogo•

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"Em nome da ciência,
da razão, e da
falta de sentimento."

"A ciência consiste em saber; em crer que se sabe reside a ignorância."
~Einstein, Albert.

Dia -XXX

Tudo o que se falava na televisão era sobre a usina que havia sido explodida, após uma invasão de quase mil vândalos mascarados. Se reuniram antes de metralharem a mesma que, por sua vez, não resistiu ao impacto.

Nenhuma informação era tão comentada e compartilhada quanto essa. Estava em capas de jornais, noticiários de televisão, e às vezes, em outdoors.

O mais desesperador veio no segundo dia.

Dia -XXIX

"Aviso Importante!", diziam em todos os meios de comunicação. "Muitas pessoas estão ficando doentes pelo gás que a usina liberou. Usem máscaras e não cheguem perto do local do vandalismo!".

Mas máscaras não adiantaram.

Nem máscaras, nem distância entre os infectados, e muito menos, o distanciamento do local. O gás já estava em todo lugar. Já circulava as veias da grande maioria dos seres. E era questão de tempo para estarem todos mortos.

Dia -XXVIII

"Mãe, eu não consigo respirar!" - Pressionava o ar nas bochechas enquanto lacrimejava a garotinha de aparentemente seis ou sete anos. Era tudo tão novo para ela.

Mas não houve uma resposta singela. Apenas o som da televisão no fundo da casa, ecoando, no momento menos oportuno:
"O vírus já está levando pessoas a morte! E, em alguns casos, inconsciência!"

Foi o bastante para a garota cair no chão, sem ar, e sem esperança de sobrevivência.

A mãe gritava. O vírus era fatal em pessoas mais novas. O barulho da tevê se tornou a trilha sonora do fim da vida de uma pequena criança.

Não é preciso contar os dias para perceber que a "febre" espalhou. Milhares de pessoas começaram a morrer a partir do terceiro dia e, no final da semana, restaram apenas 800.

Sim, 800 sobreviventes.

E, com o passar do mês, cientistas regionais criaram um medicamento que torna o vírus menos persuasivo. É claro, ainda poderia infectar, mas não levaria a morte tão facilmente.

Porém, nesse nível do campeonato, no fim do mês, sobraram apenas dez pessoas, de acordo com pesquisas.

Dia -IV

- O mundo acabou. - Regina passava sua mão suada pelo rosto, sentada sem alguma postura em uma cadeira de madeira no canto do pequeno laboratório. - Acabou, de verdade. Não escutamos mais carros, ou homens furiosos com trânsito...

Até que Sobre Só Nós Duas Onde histórias criam vida. Descubra agora