Capítulo 30

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Sakura


No dia 3 de janeiro eu estava com tudo pronto para embarcar de volta para Paris, ainda tinha esse semestre para finalizar e então voltaria para Tóquio definitivamente. Peguei a foto que tirei com Itachi, nós dois sentados em uma pedra de frente para o mar, foi impossível conter as lágrimas que me escaparam, esta foto que mandei emoldurar, a darei de presente para tia Mikoto. Na minha mesa de cabeceira havia outra, conosco, dois deitados na rede que ficava na varanda da casa de praia, olhei aquela foto sentindo meu coração apertar, meus olhos marejando novamente com a memória dos dias mais felizes que já tive ao lado dele, meu anata, não fazia nem 24 horas desde a sua partida e já sentia o abismo de saudade se abrindo em meu peito. Estes dias que foram tão marcantes, embora fossem poucos, até ponderei fazer um álbum de memórias para dar à Itachi quando ele retornasse. Era nisso que ele queria que eu focasse, tenho que pensar que nada de ruim acontecerá para aguentar ficar em pé, focar que ele voltará para mim e mais nada irá nos separar.



Fechei a última mala e olhei ao redor já sentindo saudade da minha casa. Peguei minha bolsa conferindo meus documentos, dinheiro e cartões, além do passaporte e das passagens, fechei a bolsa e saí do quarto arrastando minha mala até o corredor, algum empregado a levaria para o carro. Desci para a sala, logo encontrando os olhos chorosos de minha mãe e os de meu pai, onde havia uma leve sugestão de lágrimas por cair. Abracei ambos bem apertado dizendo o quanto os amava e sentiria saudades no mesmo momento em que Neji entrou na sala acompanhado de Karin e Hinata que nos levariam ao aeroporto, com o agravamento dos ataques recentes não era seguro para meus pais me acompanharem até o embarque. Da mesma forma como tia Mikoto e tio Fugaku não puderam acompanhar o Ita no dia anterior, triste, porém necessário para a segurança de todos.



Estávamos todos nos despedindo de meus pais quando um dos seguranças entrou correndo pela sala e cochichou algo no ouvido de meu pai, o vi arregalar os olhos, depois sua boca se retorceu em uma linha tensa. Ele me olhou com um quê de pânico, coisa que nunca vi em todos esses anos.



— O que houve papai? — Questionei instantaneamente preocupada.



— Encontraram o corpo de Tobirama Senju na casa dele. — Falou sério.



— OK, mas de que nos interessa o Senju? — Questionei e quando ia continuar falando foi que me dei conta das palavras que papai havia dito "Encontraram o corpo" puta que pariu o Senju estava morto. — I-isso pode virar um banho de sangue.



— Ainda bem que sairá do país filha. — Disse minha mãe, seus olhos arregalados e assustados fitando os meus.



— Não é como se realmente fizesse diferença para eles mamãe. — Falei, tentando analisar todos os riscos adicionais que havia para toda a família. — A diferença é apenas que tenho influência lá, tanto quanto aqui e eles não. Graças a Deus estou levando Neji comigo, nós dois juntos podemos nos proteger durante alguns meses. — Neji sorriu batendo seu ombro no meu, sorrio fraco para que minha mãe possa ficar mais calma porque senão poderia ocorrer dela querer que todos fiquem próximos para proteção como já aconteceu no passado.

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