Itachi
Jamais seria capaz de esquecer os dias que passei ao lado de Sakura na Ilha de Enoshima, foram dias mágicos onde eu despertava ao lado da minha flor e adormecia com seu corpo colado ao meu. Minha mãe ligou ontem para nos pedir para voltar o mais rápido possível, ela disse que ligaram da base, houve uma mudança nos planos, mandariam uma pequena tropa diretamente para o Iraque e eu fui selecionado entre os melhores preparados para ir. Dessa forma, Sakura chorou a noite inteira, quase não dormiu e agora estamos no caminho de volta, e eu já sentia uma angústia crescente à medida que nos aproximávamos de casa, era simplesmente o fato de saber que teria de me despedir dela. Era dia primeiro e na manhã seguinte estaria embarcando para o Iraque, deixá-la nunca pareceu uma tarefa tão árdua como estava sendo desta vez.
Não querendo manter o clima deprimente que estava se formando no carro ela puxava assunto. Eu entendia, sabia que ela sentiria essa separação tanto quanto eu, sabia que provavelmente assim como eu haveria noites em que ela não conseguiria dormir e outras onde as lágrimas embalariam seu repouso. Mas sabia também que isso seria passageiro, no final do ano pediria minha dispensa, não era essa a vida que eu desejava para ela e nem para mim.
Queria poder dormir e acordar ao seu lado tão seguros quanto possível, dado o fato de quem somos, o futuro Oyabun e a futura primeira-dama da Yakuza. Pelos Deuses, tudo isso parecia tão irreal às vezes que dava até vontade de rir. Mas a realidade era ainda mais perigosa, e devanear acerca disso era algo que eu definitivamente não deveria fazer. E como se me puxasse de volta ao presente momento, sinto seus dedos acariciando meu rosto, sorri pegando sua mão na minha e depositando um beijo cálido na palma.
— Quero passar essa noite só com você amor. — Falei e a vi sorrir.
— Posso dormir na sua casa se a tia não se importar. — Disse aceitando meu convite de imediato. Sakura não era do tipo que fazia jogos, se ela queria algo, ia atrás daquilo sem perder o foco por nada, isso sempre foi algo que admirei nela.
— Veremos se seus pais não se importarem de eu roubá-la mais uma noite. — Falei tentando sorrir para ela, mas ela como sempre notou meu nervosismo.
— Claro que eles concordarão. Sabem que estarei feliz onde quer que eu esteja desde que você esteja comigo. — Falou alisando meu rosto com a ponta dos dedos, sua fala me comoveu de forma que senti meus olhos marejando, Sakura era a mulher da minha vida.
Logo atravessávamos os portões da mansão Haruno, a madrinha estava no jardim cuidando de suas roseiras e pude ver o tio sentado com alguns papéis que ele examinava e uma xícara do que apostava ser chá enquanto a observava. Estacionei e desci dando a volta para abrir a porta para Sakura, ela sorriu daquele jeito lindo dela ao pegar minha mão e se pôs para fora do carro.
— Ah meu Deus! Vocês chegaram! — Falou a tia vindo correndo abraçar a filha e então a mim — Como foi lá? Descansaram? Aproveitaram muito, passearam na ilha? Sakura tirou fotos? — Ela disparava pergunta atrás de pergunta e podia ver sua empolgação, era exatamente como Sakura, sorri e abracei minha noiva por trás apenas assistindo a conversa com sua mãe.
Abri o porta-malas e um empregado pegou a mala da Saky. O tio veio e nos deu um abraço também, elaborando perguntas em seguida, se tudo correra bem, se ficamos seguros na casa de meus pais, essas coisas que todos os pais fazem questão de saber quando os filhos estão fora do alcance de suas asas protetoras.
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Yakuza
Hayran KurguDuas famílias...Duas crianças...Um destino... Quando a liderança da maior organização do Japão está em jogo, uma decisão é tomada. Uma aliança formada, a fim de evitar disputas pela liderança, o poder não pode cair em mãos erradas, os Senju liderado...