Capítulo Trinta e Um

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Sakura


Eu podia ouvir as pessoas andando pelo meu quarto, algumas vozes eram conhecidas, outras não. Pelo que pude entender eu estava no hospital mais uma vez, lembrei do que acontecera, Shisui e Izumi me sequestraram, levei um tiro e deram uma pancada na minha cabeça.


— Ainda bem que ela está a salvo agora. — Disse a voz que reconheci ser de Naruto.


— Sim, Sakura é forte, não se abalará com isso, mas ainda quero por minhas mãos em Shisui, aquele maldito rato. — Respondeu Sasuke, podia sentir a raiva que borbulhava em algum lugar no fundo daquela fala.


— Nossos homens irão encontrá-lo cedo ou tarde. — Disse Naruto, sua raiva também não parecia amainada.


— Agora vamos, a okaa-san e a tia Mebuki querem vê-la também. Volta logo, estamos esperando. — Disse Sasuke dando um beijo na minha testa.


— Até mais Saky, vê se acorda logo. — Falou Naruto dando um beijo no meu rosto.


Logo ouvi a porta se abrindo novamente, soube que era minha mãe assim que o perfume suave de frésias que conhecia desde a infância alcançou meus sentidos. Ela segurou minha mão e falava baixinho, sua voz estava tão cansada.


— E então qual o quadro atual? — Perguntou baixo, tentando ocultar um soluço.


— Tsunade disse que a colocaram em coma induzido para se recuperar rapidamente, ela perdeu muito sangue, fora o traumatismo, o tiro no entanto não pegou no osso, então Tsunade acredita que em alguns dias ela estará bem. — Explicou tia Mikoto calmamente.


— Minha filhinha. Como tiveram coragem de fazer isso com ela Mikoto? — Chorou mamãe e ouvi os passos se aproximando e tia Mikoto tentando acalmá-la.


Na verdade estive tão preocupada com o Ita estes dias que tal coisa nem me passou pela cabeça, que pudessem me emboscar da forma que fizeram. Itachi, pelos meus cálculos meu moreno já deve estar em solo americano atualmente e espero que esteja bem, seguro.



POV. Itachi


Estava desembarcando na base militar de Coronado, na Califórnia, onde receberíamos as instruções com a tropa dos Seal's que estavam escalados para integrar as tropas da ONU e embarcaríamos em dois ou três dias para Bagdá. Aí você me pergunta, Seal's como força de paz? Não sei a quem estes americanos acham que enganam com essas estratégias.


Pelo que me foi passado até agora, a maioria ali se tratava de médicos com experiência em armamento. Isso por si só já era algo contraditório com os princípios da medicina, mas eu não estava ali para julgar, estava ali tão somente para fazer minha parte e voltar o mais rápido possível para minha noiva.

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