ℙℝ𝕆𝕃𝕆𝔾𝕆

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- VHAGAR!! NÃO!NÃO!

Foi a última coisa que ouviu seu tio dizer antes de despencar.

Lucerys Velaryon já sentiu medo em sua vida, mas nada comparado a esse momento. Ele não sabia se sentia mais medo por Arrax, agora seus pedaços em meio as águas frias de Ponta Tempestade, ou se sentia medo por si, com a parte direita de seu corpo dilacerada pelos dentes mortais de Vaghar.

A água inundou seus pulmões, Luke pelo menos morreria como um Velaryon, mesmo se sentindo mais como um dragão do que como uma serpente marinha, era engraçado essa constatação, nem filho de Leanor ele era de verdade.

Mesmo de baixo d'agua ele pode sentir o trovejar alto, lá em cima, e talvez gritos de desespero.

No fundo ele sabia que merecia, por mais que doesse, era a dívida que deveria pagar. Ele sentia tristeza, raiva, só que não sabia se esses sentimentos eram para si ou voltados para Aemond. Talvez ele nunca o odiou de fato, mas agora nunca saberia dizer.

Agora ele pensava em sua família, em sua mãe que acabara de se tornar rainha e que agora estava em trabalho de parto. Eles não mereciam sofrer mais, sua rainha não merecia sofrer mais do que já sofreu, Lucerys poderia até morrer em paz sabendo que Daemon não deixaria sua mãe por nada, e a apoiaria em tudo.

Quando estava prestes a se afogar, tendo o mesmo triste fim que seu dragão, mãos gentis o agarraram, e uma voz melódica cantou:

— Ficará tudo bem pequeno príncipe, estou aqui agora.

Mesmo quase inconsciente, ele poderia saber que não era Aemond o salvando. Pois, um bater de assas suave foi ouvida, como um anjo da guarda o salvando.

"Quem é você?"

Lucerys Velaryon estava morto

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Lucerys Velaryon estava morto. Eu o matei.

Foi a primeira coisa que Aemond disse, quando chegou a Porto Real, caminhando sem rumo até esbarrar com um quase bêbado Aegon.

E foram essas as primeiras palavras que dirigiu ao irmão após semanas sem se falarem, a frase saiu quase como um sussurro amargo de sua boca, mas ele sabia que Aegon ouviu, pois arregalou os olhos em surpresa.

Não havia nenhum olhar de sarcasmo costumeiro do outro, apenas um olhar de pena direcionado a si.

"Não me olhe assim" Aemond queria gritar, o príncipe não suportava esse olhar, muito menos vindo de seu irmão bêbado idiota.

— Se você está feliz com isso irmãozinho, parabéns, finalmente conseguiu sua tão sonhada vingança - Aegon socou seu ombro em um ato de camaradagem - Mas se não está, e suponho que seja o caso, sinto muito.

Aegon saiu, provavelmente para beber ainda mais, deixando Aemond paralisado no meio do corredor. O príncipe mordeu seu lábio inferior tão forte que sentiu o gosto ferrenho do sangue. Ele se sentia culpado? Talvez sim. Aemond só tinha certeza que não gostara de matar Lucerys Velaryon.

Aemond começou a rir como louco, assustando um grupo de criadas que passava por ali. O destino era mesmo cruel, tudo era para ser só uma brincadeira, uma perseguição para assustar o sobrinho, mas Aemond se esqueceu que toda perseguição termina em sangue, sempre.

Agora sua meia-irmã deve estar desejando sua cabeça em uma bandeja. E Aemond não gostava nada disso.

Com os dias se passando, Aemond parecia não enxergar mais as cores do mundo.

Com os dias se passando, Aemond parecia não enxergar mais as cores do mundo

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Seus bebês estavam mortos.

Rhaenyra havia perdido dois filhos ao mesmo tempo. Visenya e Lucerys. A dor era insuportável, e com ela um ódio imenso. A rainha rangeu os dentes, apertando com mais força a mão de seu marido, e naquele momento ela jurou, pela alma do seu doce menino, com sangue e fogo ela faria eles pagar.

Já era hora da rainha se mexer no tabuleiro.

𝔸𝕞𝕠𝕣 𝔼𝕟𝕧𝕠𝕝𝕥𝕠 𝕕𝕖 𝔽𝕠𝕘𝕠 𝕖 𝕄𝕠𝕣𝕥𝕖 [𝕃𝕌ℂ𝔼𝕄𝕆ℕ𝔻]Onde histórias criam vida. Descubra agora