𝔸𝕞𝕠𝕣 𝔼𝕟𝕧𝕠𝕝𝕥𝕠 𝕕𝕖 𝔽𝕠𝕘𝕠 𝕖 𝕄𝕠𝕣𝕥𝕖 [𝕃𝕌ℂ𝔼𝕄𝕆ℕ𝔻]

ℂ𝔸ℙ𝕀𝕋𝕌𝕃𝕆 - 𝕀𝕀

ola pessoal, voltei mais cedo que o planejado.

quero avisar que a fic vai ser dividida em 2 arcos.

o 1º é esse, quando o Lucerys esta fora, inclusive já terminei o 1º arco, contendo 6 capitulos, que postarei o resto ano que vem rsrs

o 2º arco sera o do romance, irei me aprofundar em todos os personagens que eu achar nescessario, não só o casal principal. mas o foco é o romance. E teremos muitos arcos de redenção sim! pq praticamente todos aqui merecem (menos a vaca verde, claro).

Boa leitura!

                  ℂ𝔸ℙ𝕀𝕋𝕌𝕃𝕆 - 𝕀𝕀
                 𝓞 𝓒𝓸𝓶𝓮𝓬̧𝓸 𝓭𝓪 𝓓𝓸𝓻

O sol batia forte em uma janelinha da cabana, Lucerys acordou no dia seguinte da conversa com Ophelia, ele não tinha ideia de quando adormeceu, mas imaginava que foi o anjo a colocá-lo para dormir com seus poderes que não compreendia bem como funcionava.

A cabana estava vazia assim como no dia passado, um prato de mingau fumegante e um pedaço de pão na mesinha perto da lareira, contudo dessa vez tinha um prato de laranjas e maças cortadas cuidadosamente. Lucerys não tardou a devorar tudo, a fome quase o corroendo.

O garoto agora imaginava como estaria sua família, provavelmente chorando e com uma raiva descomunal para com seu tio Aemond.

Agora parando pra pensar, talvez ele mesmo não tivesse com tanta raiva no momento, ele poderia ser considerado um tolo por pensar assim, talvez seja a embriaguez do sono ainda em seu corpo, deixando seu raciocínio lento, ou talvez seja os antigos sentimentos de infância falando mais alto. Tudo que Lucerys conseguia sentir era culpa.

Culpa pelo olho do tio.

Culpa por não ter feito tudo diferente.

Culpa por ter sentenciado ele e Arrax a morte iminente. O que era irônico, Lucerys está vivo, mas Arrax não.

Era exatamente como sua tia Helaena disse uma vez: "Um olho por um dragão", só que dessa vez foi Lucerys a pagar o preço.

A porta se abriu, e a figura intensa de Ophelia se pôs presente a mesa, degustando de uma maçã fatiada.

- Olha só como a comida humana é deliciosa, sinto até inveja de vocês. - O príncipe revirou os olhos pelo comentário.

- Não diga coisas assim, é esquisito - foi a vez dela revirar os olhos e bufar.

- Você tem uma língua afiada pequeno príncipe, cuidado que pode morrer por ela.

Ele abaixou a cabeça incomodado, foi exatamente por isso que quase morreu, sua língua afiada e seu humor peculiar, que não agradava em nado seu tio.

- Venha - acariciou os cachos negros - tenho uma coisa pra você, mas antes vista-se.

Ophelia jogou um saco de roupas para ele, e foi o que ele fez, vestiu-se e andou até a porta, seguindo o seu anjo da guarda.