𝔸𝕞𝕠𝕣 𝔼𝕟𝕧𝕠𝕝𝕥𝕠 𝕕𝕖 𝔽𝕠𝕘𝕠 𝕖 𝕄𝕠𝕣𝕥𝕖 [𝕃𝕌ℂ𝔼𝕄𝕆ℕ𝔻]

ℂ𝔸ℙ𝕀𝕋𝕌𝕃𝕆 - 𝕏𝕀𝕀

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         𝓐𝓼 𝓡𝓮𝓿𝓮𝓵𝓪𝓬̧𝓸̃𝓮𝓼 𝓓𝓮 𝓤𝓶 𝓐𝓷𝓳𝓸

Sangue espesso encharcava o pátio de treinamento, tudo fedia. Ophelia se punha a frente da família, a espada suja com o sangue de um urso que acabou de decapitar. Lucerys e sua família se afastava aos poucos como Ophelia havia ordenado. Aegon estava com uma coloração verde, prestes a vomitar.

Ophelia resistia com tudo que pode, as pernas estavam falhando e isso não passou despercebido por seu discípulo que logo estava apavorado indo até à mestra, só para ser agarrado fortemente pelo seu tio.

- Você ficou louco? - o rosto de Aemond se contorcia em descrença, não havia medo em seu coração por ele, e sim medo do que poderia acontecer com aquelas pessoas.

Aemond nunca admitiria em voz alta, mas passou a se importar com a família de sua irmã no momento em que Luke aceitou seu pedido de paz.

- Ophelia foi envenenada pela aquela serpente! Ela não vai conseguir sozinha.

- Você fica e eu vou garoto, nunca que vou permitir isso! - gritou seu pai, o jogando de lado.

- Daemon!

Ele olhou para sua esposa, mostrando tranquilidade, mesmo assim Rhaenyra não conseguia se acalmar, sendo segurada pelo seu primogênito, tudo que conseguia pensar era nas crianças que não estavam com ela.

Todo esse mundo novo sendo jogado em suas costas, deixando-a mais sufocada do que já estava.

Ophelia soltou com gemido de dor, e os olhares se voltaram para ela no momento que ela foi jogada aos pés deles, sangue escoria de vários arranhões e mordidas. Luke nunca viu sua mestra tão indefesa. Ele não foi mais segurado quando correu até sua mestra e segurou Sangrenta, apontando para os dois ursos que se aproximavam, Daemon ao seu lado.

E antes que qualquer um pudesse gritar por ele, Lucerys foi mais rápido, decapitando um urso que se aproximava em um movimento fluído, e por fim esfaqueou a lateral do outro que estava sendo detido por Daemon.

Seu pai sorriu, olhando orgulhoso para ele.

- Você melhorou.

Luke devolveu o sorriso;

- Tive uma ótima professora.

Um brando mortal de um pássaro negro soou aos céus, e quando perceberam estavam sendo rodeados por eles, pareciam abutres cercando carne morta. Tinham no mínimo uns vinte.

Aemond engoliu em seco, puxando Daemon e Lucerys para entrarem no castelo.

Um dos pássaros mergulhou até Lucerys, mas não teve êxito. Um rugido furioso de um dragão e chamas verdes tempestuosas tomaram conta do céu. E o pássaro que ia em direção da família fora completamente carbonizado, as cinzas sendo espalhadas pelos ventos.