Fuga

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N//A:

EU SEI. EU SUMI POR MAIS DE UM MÊS.

Porém, não foi por folga.

Meu computador estragou. Para quem não sabe, eu curso ciência da computação, então ficar sem meu notebook vira minha rotina de cabeça para baixo por completo. Tive que fazer todas as minhas atividades usando os laboratórios da minha universidade, que possuem tempo livre para uso BEM regrado, ou ainda depender de terceiros que eventualmente pudessem me emprestar alguma máquina.

Também fiquei doente, peguei dengue, mas ainda assim tive que estudar para provas. Então não foi um mês fácil, e sempre que eu tentava produzir algo, não saía bom.

Prezo por qualidade acima de quantidade, então aqui estou. Minha vida finalmente está em ordem novamente.


Aviso:

Esse capítulo, bem como o restante da história, possui cenas de violência.

Armas, conflitos e morte serão tópicos recorrentes, fruto da própria natureza do tema da história.

Demais gatilhos serão sempre sinalizados




Catherine destravou a carabina, e posicionou-se atrás da porta, fazendo gestos indicando que Nina deveria se mover para detrás de Nathaniel. Mancando, ela o fez. O loiro pode reparar melhor nas grossas bandagens que cobriam uma das pernas da menina, indicando que, assim como ele, ela também estaria lidando com uma ferida potencialmente difícil.

A adolescente suprimia uma respiração amedrontada.

As batidas cessaram. Mas a intuição aguçada de ambos os atiradores não os fez baixar a guarda. E foi o correto.

O desconhecido estava apenas pegando impulso. Com um berro, ele se aproxima correndo da porta, e o choque faz a madeira ceder, empurrando o móvel que servia de reforço.

Foi tudo em questão de milésimos.

Nathaniel sobe a arma, e atira. Não conseguiu mirar muito bem devido à velocidade do estranho, e também não podia correr o risco de acidentalmente acabar acertando Catherine, então seu tiro atingiu o homem no braço.

O desconhecido cai, virando a cabeça em direção ao loiro durante a queda. É um homem alto, forte, de barba e cabelos escuros, com grandes olhos azuis.

Que imediatamente perderam o brilho.

Um som metálico agudo, típico do abafamento do cano pelo silenciador, se faz presente. O homem está morto, e Catherine está de pé, carabina em punho, ainda próxima do recém-cadáver. O tiro foi certeiro, na testa.

Nina dá um grito de horror. Nathaniel se levanta.

- Temos que ir. – Cath pronuncia. – Agora.

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- Você quer vir conosco? – Ela pergunta, enfiando cobertores na mochila. – Não precisa seguir com a gente até o final, posso te deixar em algum ponto de seu interesse no meio do caminho, é sua escolha.

Ele estava sério. Tinha muitas perguntas na cabeça.

- Primeiro eu acho que você tem que me explicar que porra acabou de acontecer aqui.

Catherine já esperava que ele fosse ficar irritadinho. Mas nada daquilo era exatamente culpa dela, e não era uma boa hora para ter de lidar com o mal-humor de alguém que conhecia a apenas um dia.

7 dias - Nathaniel Carello, Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora