Doze

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Ter que retornar para o salão de baile sem dar indícios do que havia acontecido no jardim foi a parte mais difícil.

Ainda dentro do labirinto, quando ambos perceberam que seus sumiços poderiam ser suspeitos de mais, eles decidiram voltar. Adrien ajudou Marinette a deixar o cabelo um pouco menos desarrumado do que estava. O que pensariam dela se ela voltasse toda desgrenhada? Por isso, ele a arrumou como uma princesa. Ninguém perceberia o que havia acontecido.

Marinette também ajudou Adrien ao pentear seus fios loiros com os dedos, os colocando no lugar novamente. Antes de saírem, eles se entreolharam, conferindo se tudo estava certo. Trocaram um sorriso tímido ao perceberem que: Caramba... Agora não tinha mais volta... Eles se casariam...

Adrien levou seu polegar à bochecha de Marinette e acariciou sua pele. Ela, por sua vez, inclinou o rosto para sentir melhor o toque, fechando os olhos e dando um pequeno sorriso bobo. Ele desceu os dedos para o queixo dela, onde o puxou para cima e a deu um leve selinho nos lábios macios, agora avermelhados e sensíveis pelo beijo que haviam trocado.

- Precisamos ir... - ele falou, quando separou suas bocas.

Marinette, que possuía as bochechas rosadas, o olhou e confirmou com a cabeça.

Adrien deu a mão à ela e os dois saíram do lugar juntos. É claro que eles queriam evitar dramas para suas vidas, mas não se importavam muito com o que falariam, afinal, eles se casariam. Não tinha o que esconder.

Quando retornaram ao salão, ainda lotado de pessoas que dançavam alegremente e conversavam como se fossem verdadeiras matracas, Adrien sussurrou no ouvido de Marinette:

- Podíamos dançar um pouco...

Era impressionante o quanto ele a conseguia deixar rendida por uma simples frase. O ar que saiu de sua boca atingiu a pele dela de uma maneira eletrizante, o que fazia com que seus pelos arrepiassem conforme ela procurava forças para permanecer em pé ou para não beija-lo no meio de toda essa gente.

- Podíamos! - ela concordou com um sorriso.

Adrien, então, a estendeu a mão para que ela pegasse. Assim ela fez, deixando-se ser guiada até a pista de dança onde outra valsa começaria. Quando já estavam lá, no centro, Adrien levou uma de suas mãos para a cintura dela, a puxando para perigosamente perto demais, enquanto a outra segurava a mão de Marinette para cima. Ela apenas o acompanhava com os olhos. Cada movimento não passava batido por ela.

Adrien soltou uma pequena risadinha. Ele se aproximou mais uma vez da orelha dela e voltou a sussurrar:

- Sei que está babando de amores por mim, mas prefiro que faça isso quando estivermos sozinhos, de preferência. Babar na pista pode fazer as pessoas escorregarem! - ele brincou.

Marinette fechou o rosto, adotando uma feição séria.

- Você sempre tem que fazer essas piadinhas chatas? - ela indagou, começando, por fim, a dança.

- Você as adora! - ele respondeu de volta, com o mesmo sorriso ladino e infernal de sempre.

Ela não o respondeu. Ela realmente adorava aquelas brincadeiras que ele fazia, mesmo que a deixasse sem jeito e envergonhada.

A música tocava e a sinfonia dos violinos preenchiam o ambiente. Os dois estavam realmente perdidos um no outro, conforme deixavam seus pés os guiarem através da melodia doce que ecoava pelas paredes. Marinette não podia deixar de olha-lo. Estava presa e não queria se soltar. Adrien só queria sair daquele lugar logo e ficar sozinho novamente com ela. Parecia que todos os seus sentimentos estavam a flor da pele. Ele poderia muito bem viver por ela e somente por ela. Porque ele a amava e ela o amava de volta.

SaudaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora