Saudações

Quatorze

No dia seguinte, Sabine, Marinette e Bridgette saíram pelo centro da cidade para terminar de ajeitar quaisquer pontas soltas com relação ao casamento.

Elas provariam os vestidos que usariam, decidiriam as flores que cada buquê teria e provariam os sabores de bolo.

Mas uma coisa levantou uma dúvida em cada uma delas.

Por que as pessoas estavam olhando torto e cochichando conforme passavam?

Era extremamente descarado a forma como algo estava acontecendo e elas estavam por fora.

- Perceberam também? - Bridgette questionou à mãe e à irmã de modo que apenas elas conseguissem ouvir- Estão nos olhando.

Marinette engoliu em seco antes de falar:

- Ouvi nosso sobrenome quando passamos por aquelas moças na esquina.

- Eu ouvi também. - Bridge murmurou.

- Calma, meninas. - Sabine falou, disfarçando com um sorriso simpático às pessoas que insistiam olhá-las, caminhando entre as barraquinhas nas ruas ladrilhadas- Devem apenas estar comentando sobre os pedidos de noivado.

- Mas nenhum foi levado à público ainda, mamãe! - Bridgette rebateu.

- As pessoas devem ter falado algo com o cerimonialista que expôs o casamento de vocês nesse final de semana. - Sabine supôs.

Marinette permaneceu olhando para aqueles rostos que tanto as julgavam. Ela não sentia algo bom vindo de seus olhares. Sua intuição gritava dizendo que algo ruim estava para acontecer. Contanto, ela não queria pensar nas possibilidades do porquê de toda essa situação em que estavam.

Se ela pensasse um pouco mais que devia, talvez entraria em fuso.

Por isso, continuou caminhando ao lado de sua irmã e mãe, que encaravam cada abordagem com um sorriso no rosto.

Elas não tardaram em chegar na modista. As três entraram no local, já indo para o fundo da loja onde Marianne sempre as atendia.

- Bom dia! - Sabine falou assim que avistou a mulher no canto, atrás de um balcão onde cortava um tecido amarelo cintilante.

- Ah. - Marianne as olhou - Bom dia.

- Bom dia! - Marinette e Bridgette disseram em uníssono.

- Viemos provar os vestidos das meninas. Para sábado. - Sabine exclamou.

Marianne, contudo, as olhou com uma fisionomia um tanto deprimida.

- Creio que não posso ajudá-las. - ela murmurou.

- Como? - Sabine perguntou, imóvel e um tanto chocada. Marianne havia sido sua modista há anos.

- Não irei fazer os vestidos. Sinto muito. - Marianne explicou, ainda abatida.

- Como assim?  -Bridgette dessa vez indagou.

- Não posso envolver o meu negócio em escândalos. Eu sinto muitíssimo por isso. Adoraria ajudá-las mas...

- Espera... Escândalo? - Marinette questionou.

Foi a vez de Marianne as olhar com uma careta surpresa e... indignada?

- O que está havendo, Marianne? - Sabine perguntou.

- As senhoritas não sabem? - Marianne as encarou.

Ao ver que nenhuma delas tinha ideia do que estava acontecendo, Marianne caminhou até a parte de trás de seu balcão de onde tirou um folhetim. Ela as entregou o papel, dando-o especificamente para Marinette que leu em voz alta: