Saudações

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Quando menos esperavam, dia 19 de setembro chegou.

Ainda era estranho pensar que toda aquela batalha de ir contra os Rossi chegaria ao fim.

Marinette e Adrien haviam retornado para sua casa três dias atrás.

A viagem para Genevieve com os gêmeos havia sido, de fato, complicada. Não é fácil transportar dois bebês de colo que não entendiam o conceito de "esperar". Os gêmeos choravam a hora que queriam ser amamentados, choravam a hora que queriam dormir, choravam na hora que faziam suas necessidades. Mas no final, tudo havia dado certo. Quando eles chegaram, o quarto de seus filhos já estava pronto.

Era lindo e espaçoso, com várias janelas que iluminavam o cômodo. Dois berços dourados e bem ornamentados tomavam conta do lugar. Uma cadeira de amamentação e uma cômoda em cada canto do quarto também se faziam presente, assim como as cadeiras de alimentação e brinquedos. Muitos brinquedos.

Aquilo havia feito Marinette chorar.

Era claro que sua ficha já havia caído sobre a maternidade, mas assim que ela viu o quarto dos seus filhos, organizadora especialmente para eles, ela desabou em lágrimas, pois haviam conseguido.

Eles conseguiram voltar para lá, vivos. Todos eles. Com a família completa.

Aquele seu sonho de brincar com seus filhos no jardim enquanto Adrien estivesse ao seu lado estava mais próximo que nunca.

E aquele amontoado de emoções a fez vibrar de felicidade.

Adrien a acalmou rapidamente com um beijo. Ele sentia o mesmo que ela, afinal, ele não havia visto o quarto de seus filhos antes de partir. Ele não tinha ideia que Nathalie e seu pai tivessem se unido para presentea-lo com aquilo. Era impecável, um sonho.

Mas agora, teria que colocar-se dentro de um pesadelo para que tudo desse bem no final.

Por isso, se encontrava no escritório de seu pai. Seus sócios, as pessoas a quem havia confiado o segredo do golpe de estado, já estavam lá. Por enquanto, a rainha não havia chegado.

Mas ela não ficaria muito tempo ali.

Adrien havia mandado seus advogados formularem um contrato que garantia que Celine e Lila Rossi fossem morar na Itália, sua terra natal. Elas receberiam mensalmente uma quantia suficiente para manter-se bem lá e ainda ganhariam uma casa de praia com direito a empregados diários.

Não podia ser um acordo melhor.

Adrien havia dado a todos os presentes uma cópia para que eles pudessem analisa-lo e todos haviam aprovado o documento.

Bridgette e Marinette escolheram se ausentar dessa reunião. Apenas homens preenchiam o cômodo.

Mas não era por causa disso que elas não mantinham-se alertas, tentando ver o que poderia acontecer.

Ou não acontecer, visto que Celine estava atrasada.

- Você deveria se acalmar... - Bridgette comentou.

- Como devo me acalmar se Celine pode estar realmente bolando algo ruim... Ela não chegou até agora! - Marinette falou, andando de um lado para o outro na sala de estar.

- Ela não vai fazer nada, Marinette. Aliás, não tinha sido você que convenceu a todos para participar disso? - Bridge a provocou.

- Por isso mesmo! Vou me sentir extremamente culpada se tudo der errado...

Antes de Bridgette a responder, Rose Lavillant, a dama de companhia de Marinette, apareceu na sala, pedindo licença.

- Desculpe interromper, mas a rainha chegou... E trouxe companhia...

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