A viagem durou um total de 4 dias extremamente cansativos e repetitivos.
Tanto Marinette e Adrien não aguentavam mais a mesma rotina: pegar estrada logo de manhã, almoçar lanchinhos dentro da carruagem e passar a noite em pousadas.
De fato, o percurso havia atrasado por causa da tempestade. Várias árvores caíram e trechos ficaram inacessíveis por conta do barro e dos obstáculos.
Passar tanto tempo juntos, enfurnados em um pequeno cubículo quente no meio do verão, também não era sinônimo de que eles haviam se aproximado. Na verdade, nenhum dos dois conseguia explicar o porque que não conversavam muito nos trajetos, porque não voltaram a dormir no mesmo quarto após a noite da tempestade e o porque estavam se evitando. Parecia que todo aquele escândalo tinha os deixado distantes, como se estivessem com medo de serem observados a todo o momento e de acabarem ferrando ainda mais suas famílias, principalmente porque, tanto Adrien como Marinette, não tinham mais controle sobre seus corpos quando estavam próximos. Era até mesmo arriscado.
Todos os livros que Marinette havia separado para ler pelos próximos dias, totalizando 5 romances, já haviam acabado.
Eles deviam concordar que tudo estava o maior puro tédio. Não suportavam mais um minuto daquilo, mas deviam concordar que isso era apenas a calmaria antes da tempestade, figurativamente.
Naquele fim de tarde, chegaram nas terras de Genevieve.
Adrien estava eufórico e nervoso.
Ele não queria ter que retornar para lá. Estava bem, longe de seu pai, longe de todos os afazeres. Ele queria ficar em Paris, onde a única forma de contato que tinha com as coisas que queria evitar era através de cartas.
Mas ali estava ele, com a sua noiva. Algo que seu pai tanto quisera nesse último ano.
Contudo, Adrien sabia que teria que ouvir muitas broncas e advertências sobre o que havia acontecido e o quanto tinha sido imprudente. Principalmente porque os boatos correm à solta por todos os lugares e ele já não duvidava que seu pai sabia de tudo e que a cidade também soubesse.
Era inútil fugir. Aquilo sempre os alcançaria.
Porém, Marinette não sabia daquilo.
Marinette não sabia que seu sogro era um monstro, muito menos sabia que sua sogra ficou muito doente e que Adrien já era, nos papéis, o duque de Genevieve, apesar de que eles só confirmariam isso no fim do verão. Ela não sabia que se casaria em menos de uma semana porque Adrien já teria que estar casado há tempos e também não sabia que teria que conceder um herdeiro para Genevieve o mais rápido possível, porque o tempo corria contra eles.
A verdade é que a família real tomaria posse das terras de Genevieve e encaberia à uma nova família o governo local caso Gabriel Agreste não cumprisse com seus deveres como o verdadeiro duque de Genevieve.
Gabriel perderia tudo o que lhe foi herdado de sua família e se provaria o "incapaz" que seu pai tanto havia lhe dito que seria. Por isso, ele queria que Adrien seguisse a critério cada tarefa necessária e se casar era uma.
O próximo monitoramento real, pelo menos, havia sido adiado ao começo do outono devido à morte do rei.
Por isso, era bom tudo já estar perfeito para a recepção da realeza francesa no próximo mês.
Marinette analisou com atenção a mansão em sua frente. Aquilo estava mais para um palácio luxuoso que exibia riqueza e poder do que uma casa. Adrien veio ao seu lado.
- Bem vinda ao seu novo lar. - ele sorriu.
Marinette piscou mais algumas vezes, ainda imóvel.
De repente, sua ficha caiu. "Novo lar".
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Saudações
FanfictionA temporada de estreia das novas moças para o "mercado de casamentos" da alta sociedade de Paris começou. Uma pretendente surpresa faz um duque rever seus conceitos sobre casamento. . . . Essa história contém conteúdo inapropriado para menores de 18...