37. things i need to tell you

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MADS
Atualmente...

If I ain't got youI ain't got nothing at all...
Yeah, I feel like it's just me, feel like it's just me
What it gon' take? What it gon' be?
I don't even know (it's not just you)
But I'm lonely
Feeling like I don't even know me, I don't even know me.
(I feel it too) Gotta have you gotta see you
(Yeah the only thing I have to think about
The only one I that can't live without) I see you
(I need you to hold me now)...
Can you hold me? Can you hold me?Can you hold me in your arms?
(Can You Hold Me - NF)
(N.A.: Sugiro que escutem durante o capítulo 🖤)



Eu não sabia em qual momento da minha vida eu fiquei dormente pra muitas coisas. Eu achava que foi o momento que Luna foi embora, mas havia sido anos antes disso. Quando eu e Octavia haviamos sidos raptados eu lembro de ter sentido muito medo no começo, mas quando nos colocaram dentro do carro, eu só sentia a adrenalina de proteger minha prima. Eu foquei nesse sentimento de a proteger e até tudo suavizar e eu achar a chafe da sala Carfax eu estava nervoso. Até que simplesmente tudo desapareceu. Eu não sentia nada. Eu não estava nervoso, aliviado ou nada parecido. Eu só era um corpo em movimento alerto a perigos em minha volta. Eu só me movimentava de acordo com a corrente, tentando ser o mais normal possivel para que não haja nenhuma atenção negativa pra cima de mim, igual naquele dia. Eu me sentia anormal e fiz de tudo pra não ser assim, desde me libertar dos ternos alinhados e me vestir mais como Ivar ou Gunnar, até me forçar a ficar na mesa do jantar mais do que eu gostaria. Isso aliviou muito a minha familia e toda aquela atenção negativa de pensar quais serão meus proximos passos começou a ir embora.

E toda a popularidade que eu tinha com as pessoas, se deve ao temor que eles tem a minha familia, e não explicitamente comigo. Eu conseguia viver com aquilo. Era literalmente como se eu sentisse nada. E todo esse "nada" começou a desaparecer quando eu conheci Luna. Eu tive medo de algo tão estupido quando vi que tinha sentimentos por ela a primeira vez e esse sentimento não foi embora nem por um segundo. E agora, tendo ela em perigo, eu senti um medo descomunal.

Não interessava muito o que eu teria que arriscar pra ter ela a salvo. Mas pro lema da minha familia, isso era algo que eles teriam que engolir.

Nunca nos mostrar fracos para nossos inimigos e qualquer um que não sejamos nós são nossos inimigos. Isso era quase um lema em toda familia. Fraqueza virou um pecado para nós. E é o único pecado que não cometemos.

Mas não pra mim. Não mais.

– Eu vou repetir a pergunta – minhas mãos tremiam segurando o colarinho do segurança do cais. Ele notoriamente havia sido pago pra manter a boca calada – Onde estão eles?

Ele tossiu e cuspiu sangue.

– Entre nos sistemas deles – Dag disse a Fane e eles estraram na cabine passando por cima do verme que eu joguei no chão.

– Eu juro... Não teve ninguém aqui.

Meu peito borbulhou e eu chutei sua boca, arrancando mais sangue e gemidos de dor. Me ajoelhei no seu lado.

– Nós vamos descobrir agora – eu disse apontando para meus primos mexendo nas cameras de segurança – E se eu souber que você está mentindo, tenho certeza que os carnivoros do bioparque ficarão felizes em ter uma carne diferente para degustar. Então... Aqui vai sua ultima chance, onde eles estão?

O cara tossiu cuspindo sangue e levantou a mão trêmula em rendição.

– Eles me ameaçaram. Ele conhece a minha família. Me pediu pra eu colocar o carro no acostamento enquanto eles levavam a menina desacordada pra dentro. Eu não vi qual barco eles foram, eu estava dentro do carro. Saíram muitos barcos hoje daqui, mas sei que foi um das pescas!

After Dark ── Devil's Night | Mads MoriOnde histórias criam vida. Descubra agora