Surpresas..

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— Aqueles olhos..— Disse Zambrano, recordando.— Só pode ser ele. Que ironia. Depois de anos, a história se repete.

[...]

Marta já estava deitada em sua cama. Eles deixaram-na deitada em seu quarto e saíram pra discutir o melhor a se fazer.

— Não acredito que vou falar isso, mas que bom que ela desmaiou.

— Como assim, Stella? — Questionou Marisa.

— Quer dizer, pelo menos assim, a gente tem um pouco de tempo pra pensar no que a gente vai dizer quando a mamãe acordar.

— A gente vai falar a verdade. Acho que é melhor assim.— Disse a mãe de Marisa

—  É, a Sofia tem razão.

— Mas...

— Filha, é melhor assim.— Disse Júlio, o pai de Marisa.

— Não acredito que a Madalena contou tudo. Ela não tem limites naquela língua.

— Bom, já está feito e não tem mais volta. Agora, a gente tem que procurar a melhor forma de ajudar ela a lidar com tudo isso.

— É, tem razão. Braun foi longe demais.

— Oh, vem cá, pequena.— Disse Sofia, a puxando pra um abraço reconfortante.— Vai ficar tudo bem. Pelo menos agora, ela já sabe da verdade.

— É, deixa eu ver se ela já acordou.— Disse Marisa, indo em direção ao seu quarto.— Gente, vem cá.

Quando eles se aproximaram, tiveram uma grande surpresa.

— Não pode ser.

[...]

Ela foi para o hospital lendo as notícias. Um grande nó se formou em sua garganta. Cada palavra dos jornalistas, cada comentário maldoso, cada olhar...

Aquilo era a pior coisa que poderia acontecer à uma mãe que daria a vida pelos seus filhos. Aquilo foi que nem uma estaca cravada bem no fundo da alma de dona Marta.

— Pode parar por aqui, moço.— Disse ela, pagando o dinheiro que corresponde ao motorista do táxi.

— Tem certeza, Senhora? — Questionou ele.— Ainda falta um pouco para chegar ao hospital. É bem pertinh..

— Eu tenho certeza sim, obrigada pela preocupação, filho.— Disse ela.

Quando ela disse aquilo, uma lágrima escorreu pelo rosto do motorista. Ele ficou muito emocionado com aquilo.

— O que foi, meu filho?

Mais lágrimas desceram pelo seu rosto.

— É que eu nunca tive uma mãe, ela me abandonou quando eu ainda era um bebê recém nascido. Na verdade, foi no dia do meu nascimento, ao que parece.

— Nossa, sério? — Questionou Marta, sentindo o seu coração se cortar ao meio.— Oh, meu filho.

Ela tirou o cinto de segurança e deu um abraço nele. Aquilo só aumentou a intensidade do choro dele.

— Não, eu não sei o que está acontecendo comigo. Não lembro qual foi a última vez que eu chorei. Eu..

— Calma, calma..

O motorista tirou o cinto de segurança, e abriu os seus braços pra ela, soluçando de tanto chorar, em meio a um abraço maternal.

— Calma, filho..

— Mamãe?

Dona Marta olhou pra ele e fitou em seus olhos.

— Pode me chamar de mamãe, meu filho. Esses olhos, eles...— Ela ficou tão paralisada, tentando recordar de algo que não vinha à sua mente.

O Protegido Do CEO (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora