Seja forte, meu amor..

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Era o dia do velório de Frederico, e a cerimônia já havia acabado.

— Hoje, você foi muito forte, meu amor.— Disse Nick.— Acho que eu ali... Teria desabado.— E Nicholas percebeu algo.— Mas agora, estamos só você e eu aqui, você não precisa mais disso.

— Nicholas...

Eles estavam no carro do CEO.

— Tira isso pra fora, Mark. Não tem problema nenhum com isso.

Aí, Nicholas tirou o cinto de segurança, se aproximou mais de Mark e deu um abraço nele.

Naquele instante, Mark começou a chorar.

— Isso, meu amor...— Disse Nick.— Não reprime mais esse choro inevitável, bota pra fora mesmo.

Mark abraçou Nick com força e continuou chorando.

— Chora o quanto for preciso, bebê.— Disse Nicholas.

— Porquê que ela fez isso, Nick, hm? — Questionou ele.

— Sh.. Sh... Não pensa mais nisso.— Disse Nicholas.— Ela já vai ter que arcar com as consequências do que fez.

— Eu nunca mais quero olhar pra ela. Ela me tirou o meu pai duas vezes, eu nunca vou perdoar isso.

Eles se afastaram do abraço. Mark limpava os seus olhos molhados.

— Mark, você tem que perdoar ela. Ela é a sua mãe.— Disse Nick.

— Não, isso eu não vou fazer. Eu nunca.. vou perdoar ela.

Nicholas segurou na sua mão, e disse:

— Meu amor...— Começou ele, com uma voz de compreensão.— Eu não vou dizer que sei o que você está passando, seria uma mentira. A senhora Octávia cometeu muitos erros, no passado e agora, mas ela não deixa de ser a sua mãe. E por incrível que pareça, agora, mais do que nunca, ela precisa de você!

Mark se virou e olhou pra Nick.

— Eu sei que você está com raiva, e que tudo isso te machucou muito, mas deixar esse rancor dentro de você, só vai piorar tudo.

— E o que você quer que eu faça, hein? Você quer que eu aplauda tudo o que ela fez? — Questionou o CEO, gritando.

Mark percebeu que foi grosseiro.

— Me desculpa, me desculpa, Nick.

Nicholas passou a mão em seu ombro.

— Eu entendo que você está bravo, meu amor.

— Nicholas, você foi a maior vítima em tudo isso. Sabia?

— É, eu sei. Mas...

— Por culpa da minha mãe, você cresceu longe da sua verdadeira família. Viveu uma vida que não era sua. Não teve tudo aquilo que era seu, por direito.

— É, isso é verdade. Mas tudo depende do ponto de vista.

— O quê? — Questionou Mark.

— Se tudo isso não tivesse acontecido, talvez hoje eu não teria a família incrível que eu tenho. E talvez, nem teria conhecido você.

Mark parou pra pensar, e viu que fazia sentido.

— Eu te procuraria.— Disse Mark.

— Você é um louco.— Disse Nick.— Você nem ia saber que eu existo.

Nicholas voltou a segurar na mão do CEO.

— Todos nós merecemos uma segunda oportunidade, Mark. E a sua mãe cometeu erros, mas ela também é um ser humano e não está isenta de errar.

O Protegido Do CEO (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora