Matando as saudades.

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Já tinha se passado um mês, e Nicholas ainda estava abatido com tudo o que acontecera.

Nicholas estava em seu quarto, prestes a apagar as luzes pra dormir, quando ele ouviu alguém batendo na porta.

Toc Toc Toc...

Ele se levantou pra abrir.

— Você? — Questionou o mais novo, já querendo voltar a trancar a porta.

— Não, Nick...— Ele segura na porta.

— O que você quer, Mark?

— Eu quero conversar, Nick.

— Eu não estou bem, Mark. Por favor, vai embora.

— É justamente por isso, Nick. Eu quero ajudar você, eu quero...

— Não tem nada que você possa fazer pra me ajudar. Aliás, tinha, mas você não fez. Então..

— Nicholas, por favor..

Nick olhou pra ele por uns instantes, e os seus olhos ficaram marejados.

— Tudo bem, entra. Aliás, a casa é sua mesmo..

Mark fechou a porta e colocou as mãos nos bolsos.

— Ok, fala, eu já estou ouvindo.— Disse o mais novo, cruzando os braços e dando de ombros.

Nicholas não esperava, mas o CEO o surpreendeu com um abraço de trás.

— Me solta..— Ele tentou se soltar, mas o CEO fez força e Nicholas acabou se virando e correspondendo ao abraço, enquanto chorava.— Por quê você não me solta?

— Eu nunca vou soltar você.— Respondeu o CEO.

Nicholas desabou naquele abraço.

As suas lágrimas escorriam pelo rosto, como na vez em que ele soube da verdade.

— Hey, não chora.

— Tá difícil.

— Tenta. Eu não aguento mais ver você assim. Nicholas, você quase não come, isso vai te fazer mal.

— Você não entende? Eu acabo de descobrir que eu nunca tive, de facto, uma família. Era tudo mentira. Você percebe, Mark? Eu estou sozinho! — Ele se solta do abraço.

— Não, você não está sozinho, Nick. Você tem a mim, você tem a Marisa, e pode não ser de sangue, mas você tem a sua família, Nick. Todos nós te amamos.

Nicholas dá de ombros para o CEO.

Mark se aproximou de Nick e disse.

— Vem cá.

O mais velho segurou na sua mão e o direcionou à cama, e aí eles se sentaram. Nicholas já estava mais manso.

— Escuta, eu quero pedir desculpas..— Iniciou o CEO.— Nicholas, eu não tinha o direito de revelar algo tão sério quanto isso. Você entende?

Nicholas parou pra pensar, e chegou à conclusão de que, na verdade, ele tinha razão.

— Isso foi um choque, tanto pra mim quanto para Marisa. E a sua mãe estava em coma, nós não podíamos tirar satisfações com ela, e nem tínhamos o direito de fazer isso. Você já estava muito triste com tudo o que vinha acontecendo. A última coisa que eu queria, era machucar você com mais uma coisa. Olha só como você está... Era isso que eu queria evitar.

— Só que isso seria inevitável. Mais cedo ou mais tarde eu iria descobrir.

— Sim, só que eu não queria que fosse da pior maneira.

O Protegido Do CEO (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora