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David Luiz

Ver minha família e os Emboaba comemorando um Natal juntos era a realização de um sonho. Sempre considerei Oscar meu amigo, mas nunca dava pra comemorar as festas de final de ano reunindo a família: 2012 e 2013 estivemos em lugares diferentes, e 2014 até então eu ainda estava envergonhado por conta de minha situação com Amanda.

Mas felizmente tudo mudou, e tudo se acertou. Ver Amanda brincar, sorrir e se divertir não tinha preço. A garota não havia perdido sua essência, e era impressionante.

Um beijo quase rolou antes de Mallie chorar e interromper. E passei o resto da noite pensando no que poderia ter acontecido. Por um lado achei bom ser interrompido, se tivéssemos nos beijado talvez Amanda não olharia mais em minha cara, ou olharia e me provocaria.

Na manhã seguinte não vi Amanda, quando saí para deixar Bru e as meninas em Diadema ela ainda estava dormindo.
O caminho foi tranquilo, Bruna e as meninas dormiram a viagem inteira. Passei o resto do dia com elas em Diadema antes de voltar para Americana para me despedir de Amanda.

Eu estava sentado no sofá, esperando dá um determinado horário para pegar a estrada novamente. Até que Bruna sentou ao meu lado.

— No que está pensando? — ela perguntou amorosamente, e sorri de lado.

— Um milhão de coisas ao mesmo tempo. — falei e rimos juntos.

— Acho que você está pensando em uma certa mocinha que está lá em Americana. — Bru disse e ri envergonhado. — Preciso nem dizer o nome que você já fica todo enrolado.

— Ai, Bruna... — dei mais uma risada. — Eu nem sei o que falar.

— Não, tudo bem. — ela riu. — Mas, sabe... acho que vocês se combinam. Amanda é uma ótima pessoa, interage com todo mundo. — ela respirou fundo. — Acho que no fundo, no fundo... você sempre a amou.

— Acho que estou reaprendendo a gostar da Amanda... não sei explicar. — encarei-a. — Mas eu sinto uma conexão muito forte com ela... é uma coisa muito boa.

— Isso se chama amor... — ela riu e senti minhas bochechas corarem. — David, Amanda parece ser uma pessoa incrivel... e tenho certeza que ela será uma "boadrastra". — rimos juntos.

— Você já está pensando nisso?

— É claro! Eu sei que não devo escolher suas namoradas, mas eu não aceitaria uma mulher que não fosse paciente com minhas filhas. — ela disse indignada e ri mais uma vez.

— Você tem razão... eu faria o mesmo!

— E eu vejo que Amanda é super atenciosa com as meninas, ontem ela pegou Mallie pra brincar. Estava sempre preocupada com Júlia e Caio... — ela respirou fundo e me encarou.

— Ela sempre foi apaixonada por crianças. — sorri de lado. — Mas eu não quero me iludir... Amanda vai para longe agora, as coisas ficarão complicadas. Acho que vamos acabar parando por aqui mesmo, por mais que meu sentimento seja outro... não sei o dela.

— Você está brincando, não é? — ela riu incrédula. — Já viu o jeito que ela tá te olhando? Totalmente diferente da primeira vez que a vi... um mês, David. Um mês e o olhar foi capaz de mudar tanto... Talvez ela não queira se envolver por agora com medo do que aconteceu no passado, mas eu acho que ela tá começando a amolecer pra você. — ri baixinho.

eterno • david luiz (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora