É sério?

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Amanda Emboaba

Rio de Janeiro. Flamengo. Eu.

Jamais pensei que viveria esse trisal, e agora estava aqui acordando em terras cariocas com o sol invadindo meu quarto. Dia da minha apresentação, meu primeiro dia de Flamengo.

Estava em um flat que o time havia disponibilizado por três meses, e também é próximo do C.T. Dava pra ir andando, e era uma maravilha!

Acordei cedo, tomei um banho, vesti o uniforme que eu utilizei na seletiva com um tênis branco e amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo. Tomei um café com o que havia ali, e tomei uma vitamina. Peguei minha mochila que haviam algumas coisas arrumadas e saí do prédio.

O caminho de dez minutos até o Ninho foi tranquilo. E confesso que meu coração deu uma super acelerada ao chegar na portaria.

— Bom dia, moça. — o porteiro disse assim que me aproximei. — Tem credencial?

— Não. — mordi o lábio inferior. — Estou iniciando hoje.

— Ah, só um minuto. Seu nome por favor? — ele disse analisando uma prancheta.

— Amanda Gabrieli Emboaba. — respirei fundo e ele assentiu.

— Aqui está. — ele sorriu. — Sua entrada será liberada. Você seguirá direto e lá no final virará a direita, estará no RH e logo será direcionada.

— Muito obrigada. — sorri e ele sorriu de volta abrindo o portão.

— Ah, e antes que eu me esqueça... bem vinda, e seja feliz no Flamengo. — ele disse antes que eu entrasse, e sorri em agradecimento.

Segui pelo caminho que ele me indicou e logo cheguei ao RH. Minhas mãos estavam suando, e controlava minhas respiração que estava pesada. Ali eu terminei meu processo de admissão, minha biometria foi coletada para ter acesso às áreas do Flamengo.

— Agora vamos tirar uma foto sua para sua identificação tanto do crachá, quanto das entradas. — a moça do RH disse e eu ri nervosa.

— Foto? Moça pelo amor de Deus deixa eu pelo menos passar um batom. — falei rindo, e ela também riu.

— Nem precisa de muito, é só para aparecer nos monitores quando você colocar a biometria.

Ri e passei um batom que estava em minha bolsa. Abri um sorriso e me posicionei para a foto.
Passado alguns minutos a moça me entregou meu crachá com a foto que havia acabado de tirar e estava linda! Também ganhei mais dois uniformes: mais um para o treino e outro para dias de jogos.

Um rapaz me levou para conhecer o que eu ainda não sabia. Até que me levaram para o local onde os jogadores tinham todo o acompanhamento médico, e era parte de onde eu ficaria. Havia um consultório só pra mim onde eu havia todo suporte e tecnologia necessária para auxiliar o time no tratamento. Meus olhos quase se enchem de lágrimas ao ver aparelhos que só usei na faculdade, pois nos locais em que eu trabalhava não tinha toda essa tecnologia. Acho que precisaria de mais um curso só pra aprender a usar novamente.

— Então, senhorita Emboaba. — o rapaz disse me tirando do meu transe. — Por hoje é só... se quiser ficar para arrumar algumas coisas pode ficar à vontade. Mas se quiser ir para casa e descansar, tranquilo... amanhã será um dia cheio.

eterno • david luiz (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora