Faíscas

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Amanda Emboaba

Não vi ou falei com David desde aquele dia. Nem se quer falava com Oscar, nenhum procurava o outro e esse era nosso pior defeito: o orgulho. Ligava para mamãe todo os dias, mas enquanto Luiz estivesse lá eu não iria com frequência.

Já com Gabriel Barbosa eu estava me encontrando frequentemente, todos os dias desde a primeira vez. Inclusive, ele que me ajudou a fazer as compras da casa... desde então, ele tem sido uma presença frequente em minha vida. A companhia dele até estava me fazendo bem, já que eu passava a maior parte do tempo sozinha em meu apartamento. Inclusive ele dormiu a noite passada aqui. Já devem imaginar: vinho, pagode bom, petisco... a noite acabou bem.

Acordei-me na manhã seguinte lentamente. Senti o braço de Gabriel na minha cintura, sorri de leve, e virei-me para encará-lo. Ele já estava acordado e sorriu ao me ver.

— Bom dia, Mands. — ele disse.

— Bom dia, Gabi. — bocejei. — Como passou a noite?

— Melhor impossível. — ele deu um sorrisinho cafajeste. — Que mulher...

— Não me deixe envergonhada! — falei e rimos juntos.

— Seu irmão vai me matar se souber que a gente transou. — ele encarou o teto. — Mas foi tão bom que eu não ligo para o que ele pensaria... só queria de novo.

— Oscar não tem nada a ver com minha vida sexual. — ri baixinho. — Ele não precisa saber.

— Ainda bem... ainda tenho muitos anos de carreira pela frente. — ele disse e rimos juntos mais uma vez.

— Vai assistir a estreia da Seleção com a gente? Vão estar todos lá.

— Seu irmão não vai achar esquisito? Sei lá, chegarmos juntos... — ele me encarou.

— Se você não quiser ir, tudo bem. Eu prometi a minha mãe que assistiria aos jogos com eles. — sentei-me na cama e sorri.

— A gente inventa uma desculpa. — ele disse descarado. — Vamos em meu carro, assim eu digo que passei pra te buscar...

— Perfeito! — sorri mais uma vez, logo em seguida me estiquei para pegar o celular na escrivaninha, e me assustei quando vi a hora. — Meu Deus, Gabriel! Já são quase duas da tarde! O jogo começas às quatro. Tem um monte de chamada da minha mãe. — ri nervosa. — Vamos ter que correr!

— Qualquer maratona pra mim é de boa. — ele disse e rimos juntos mais uma vez.

Levantamos e fomos juntos para o banheiro, tomamos banho, e depois colocamos uma roupa. Eu estava com fome, mas não tinha tempo de comer nada!

Eu opter por colocar uma camisa de Oscar, da Copa de 2014. Não trás muitas lembranças, mas era a única camisa da Seleção que eu tinha. Se tiver que comprar outra será somente depois das quartas.

Saímos do meu apartamento e fomos no carro de Gabriel para a casa de minha mãe. Toquei a campainha duas vezes, e logo fui atendida por minha mãe.

— Tem noção de quantas vezes eu já te liguei hoje? — ela disse emburrada.

— Bom dia pra você também, dona Suely! — falei rindo e abracei-a desajeitadamente. — Meu celular ficou na bolsa, vou vê-lo agora. — menti e ela me olhou desconfiada assim que soltei do abraço.

eterno • david luiz (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora