Dublê de casal

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Amanda Emboaba

No segundo e terceiro dia foi mais tranquilo, pois só tínhamos que auxiliar os atletas lesionados no tratamento, auxiliando em exercícios que ajudariam ele a tratar o local da lesão.

No domingo desembarquei de volta a SP, mas para David e Oscar eu havia saído da Inglaterra na tarde passada. Peguei minha mala, e saí no portão de desembarque, já de cara reconheci o sorriso de David, visto que este usava uma touca e um óculos. Me aproximei, e ele sorriu ainda mais.

— Bem vinda de volta. — ele disse delicadamente. — Como foi a viagem?

— Linda, mágica e de uma experiência maravilhosa. — dei uma risadinha. — Onde estão todos?

— Você não vai acreditar. — ele respirou fundo. — Ludi entrou em trabalho de parto a caminho daqui, todos seguiram para o hospital e pediram pra que eu viesse te buscar.

— Onw, meu Deus. — falei emocionada e David riu. — Ele já nasceu?

— Até a última informação não. — ele colocou uma das mãos no bolso. — É bom a gente ir almoçar antes de passarmos no hospital, o que acha?

— Ah, você pagando... pra mim é uma ótima ideia. — falei e rimos juntos.

David me ajudou com a mala e logo fomos para o carro. Ele deixou minha bagagem no porta-malas, e seguimos caminho pelas ruas de São Paulo, agora, menos verde e amarela.

— Incrível como a nossa eliminação na Copa mudou a cidade, né? — falei observando as ruas pela janela do carro.

— Sim! Você precisa ver lá em Americana, se tiver apenas um estabelecimento com verde e amarelo, é lucro. — ele disse e rimos juntos. — Sabe o que acabou também?

— O quê? — olhei para ele que estava concentrado no trânsito.

— A comemoração que a CBF estava organizando. O que eu iria te levar. — ele disse e começamos a rir juntos. — Tudo ido contra mim, cara! Eu já tinha tudo arquitetado.

— O que tu ia fazer? — falei arqueando a sobrancelha e ele me olhou rapidamente rindo.

— Eu ia te sequestrar pra longe de toda aquela coisa chique, te levaria para onde poderíamos ficar mais confortável. — ele disse e nem conseguia acreditar em tamanha cara de pau.

— Que cara de pau! Cadê o ilustra-móveis pra passar nessa cara de madeira? — falei rindo. — E porque não faz isso? Já teve tanta oportunidade.

— Ah, seria meio estranho te tirar do meio da tua família, né? — ele disse mais uma vez na cara de pau. — Ainda tem o Mundial, se o Flamengo ganhar... quem sabe! — ele balançou os ombros.

— Admiro seu entusiasmo e confiança. — respirei fundo.

Logo chegamos a um restaurante. Quando saímos do carro David pegou em minha mão, e tirou os óculos escuros. O encarei e ele deu um sorrisinho sacana. Entramos no local, e fomos até a recepcionista.

— Boa tarde. Já tenho reserva. — David disse apertando minha mão ainda mais forte.

— Boa tarde. — a recepcionista sorriu. — No nome de quem está a reserva?

eterno • david luiz (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora