Lembranças.

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Já no dia seguinte, Levi se preparava para ir até as montanhas onde a tão necessária flor se encontrava.

– Ainda está muito cedo para isso, meu amor... — Erwin acordou com o outro escolhendo suas roupas.

– Só estou garantindo que não vou esquecer nada, está tudo bem... — Foi até o maior, o abraçando.

– Tá bom... Já tomou café? — Perguntou.

– Erwin, são uma da tarde. — Deu um beijo na testa do outro, voltando a arrumar a mala.

– O QUÊ??! — Levantou num pulo, vendo tudo ficar preto de repente.

– Sua pressão... — Disse vendo o noivo cair novamente na cama. — Esquece.

– Aí, merda... — Segurou a cabeça. — Ha, vai lavar minha boca com sabão? — Riu da face desgostosa de Levi.

– Cala a boca. Vai lavar o rosto para recuperar a pressão, vou trazer seu café. — Falou indo em direção a porta.

– Ahn? Não, eu já vou almoçar... — Disse um pouco confuso.

– Você come igual um titã, deixa disso. Além do mais, o almoço ainda nem começou a ser preparado. Os cadetes estão de folga e quem não foi ver a família, saiu com os amigos. — Explicou a situação. — Não tive tempo de preparar nada ainda.

– Ah sim, tudo bem, eu faço. — Se levantou indo até a suíte do quarto.

– Faz um tempo desde que você cozinha para mim... — Um sorriso brincou em seus lábios, acompanhado de um mexer de nariz. — Eu ainda lembro daquela vez...

– Eu fico feliz em saber disso... — Corou levemente.

Aquela vez.

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Oito anos atrás, segundo ano de Levi no reconhecimento.

– O que foi, sobrancelhas?! — Levi perguntou notando como Erwin o admirava de longe. Enquanto o moreno cuidava de seu cavalo, o homem lia debaixo da árvore ali presente.

– Quer me ajudar na cozinha hoje? Assim você aprende para quando tiver que fazer também. — Deixou de tentar disfarçar com o livro.

– Tá, tá! Agora pare de me olhar desse jeito. — Voltou a cuidar do animal.

– Tudo bem... — Se levantou, indo em direção ao menor. — Você fica muito atraente quando se veste assim, mas pode tirar a camisa para fazer esse tipo de coisa. — Foi embora sem mais comentários ou respostas.

Levi estava, na verdade, com a camisa aberta e as mangas arregaçadas.

Encostou no peito após aquela sensação estranha, um bater diferente em seu coração.

– Tsc, como se eu tivesse pedido sua opinião... — Resmungou consigo mesmo.

Quando terminou e tomou um banho, foi se encontrar com o maior.

– Erwin? — Bateu na porta do quarto.

– Oi? Pode entrar. — Respondeu rapidamente. — Pode se sentar, só vou colocar uma roupa e já vamos. — Foi em direção ao seu guarda-roupas.

– Erwin, você quebrou o braço recentemente?

– Não?

– Pegou alguma doença que te impediu de sair da cama...

– Não, você está me assustando, por que isso?

– Porque esse quarto está tão imundo que parece! — Se levantou, arrumando a cama.

Namorados.Onde histórias criam vida. Descubra agora