Autoestima.

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A declaração fez os olhos de Levi se abrirem, olhando diretamente para o maior.

- O que? - Seu tom saiu mais frio e ameaçador do que o planejado, mas isso não assustou o homem que já estava acostumado com isso.

- Eu sou apaixonado por você, Levi. - Suas iris transbordavam sinceridade quando beijou a palma da mão do pequeno capitão.

Levi corou de maneira violenta, Erwin era apaixonado por ele?
De tantas pessoas nas muralhas...

- Mas eu nem sou uma mulher... - Respondeu melancólico. Será que o loiro apenas queria experimentar algo novo?

- Eu também não, o que isso muda? Mulher, homem, não-binário, tanto faz para mim, Levi. Eu quero você do jeito que for. - Colou suas testas, sorrindo gentil.

- Eu também quero você... - Falou baixo novamente, pensando sobre o que ouviu.




- Bem, vamos caminhar? - Falou após um silêncio sereno na sala, fazendo um cafuné no outro.

- Nós precisamos sair daqui? - O moreno respondeu aproveitando o carinho.

- Não... Não precisamos. - Riu suavemente, antes de se deitar para arrumar melhor o pequeno em seu colo.

Foi assim que o passeio foi adiado.

Já no dia seguinte, Levi não poderia ficar tanto tempo com o maior. Ele acordava, trazia o café de Erwin, o ajudava com o banho e só voltava na hora de almoço.

- Faça essa porra direito!! Onde aprendeu a ser tão burro?! - Estava dando uma bronca em Eren após ver o cadete fazer uma flexão totalmente errada. Seu jeito de demonstrar preocupação pela saúde do garoto era esse.
Bufou rolando os olhos antes de ir ajudar o menino. - Assim ó; coloque suas mãos mais para frente, está quase beijando o chão assim. A perna também, arrume. - Reposicionou o garoto. - Isso, agora está bom.

- Obrigado, Capitão. - Falou vendo Levi se afastar.

- Amanhã vamos limpar o quartel, avise para o resto do pessoal. - Deu as costas para o menino que assentiu.

Foi até o escritório do outro, ele estava revisando alguns documentos, organizando relatórios, até mesmo resumindo alguns. Estava se esforçando para que o outro tivesse menos trabalho ao voltar da licença.

Bem... Parece que está tudo certo... Como Erwin estava agora?

Foi até o quarto onde o comandante obviamente estava. O encontrou lendo, como ele tem feito praticamente o dia inteiro.

Levi se sentou ao lado do maior sem dizer nada, encostando no vasto peitoral.

- Como está? - Perguntou depois de se acomodar.

- Estou bem melhor agora. - Pôs o livro de lado, olhando profundamente o amante selar um beijo em seu peito. - Levi... Eu posso te beijar? - Perguntou após um tempo.

Levi parou.

Ele não se lembra de já ter feito isso com alguém e se fez, já fazem muitos anos.

Então ficou visivelmente nervoso, ele queria que aquilo fosse bom, mas não sabia como fazê-lo. Não queria decepcionar o maior.

- Pode mas eu não sei fazer isso... - Admitiu apesar da vergonha.

- Tudo bem, eu posso te ensinar, ok? - Passou a mão da bochecha até o canto da boca do menor. - Não precisa ter vergonha, meu amor.

O menor assentiu, se deixando levar pelo toque, aproximando cada vez mais do outro.

Então Erwin tomou a frente e lhe deu um selinho, vendo cem tons de vermelho na face do Capitão.

Namorados.Onde histórias criam vida. Descubra agora