Amor e Contrato

20° Capítulo

Hella Baker

Faz um tempo que estou olhando para ele prestando atenção em como dirige, ele é tão sério até mesmo no volante, sua postura ereta e relaxada ao mesmo tempo, suas mãos brincam com o volante, seus braços fortes estão bem marcados na camisa social branca, mordo o lábio inferir tentando tirar meus olhos dele mas é praticamente impossível.

— Quer um balde? – Sua voz ecoa quebrando o silêncio.

— O que? – Pergunto confusa ainda olhando para ele que não me olha diretamente.

— Você pode tocar se quiser, Hella... – seu tom era insinuarivo. — Com a boca de preferência.

Ele me olha pela segunda vez desde que entramos no carro, passou a língua nos lábios me fazendo entrar em pani.
Eu o odeio, certo? Certo! Então, por qual motivo isso está acontecendo?

— Eu acho melhor você olhar pra frente, não gostaria de bater o seu carro, gostaria? – falo virando meu rosto.

— Desde que ninguém se machuque... –

Tá bom, essa é nova!

— BMW ou Jaguar, qual deles você prefere? – Pergunto curiosa.

— Vou fingir que não está me fazendo essa pergunta. – o olho com a sobrancelha erguida.

— Vai demorar muito pra chegarmos? – pergunto.

— Já chegamos.

Thomas arruma o retrovisor do carro sem tento e segundos depois para o carro na frente de um hotel alto e olhando do lado de fora parece ser bem moderno, ele sai do carro entrega a chave para um cara vestido com o uniforme preto como se fosse um cozinheiro, mas claramente não é.
Abro a porta com a intenção de ir caminhando até o prédio, no entanto, sou interrompida quando Thomas caminha com rapidez na minha direção me pegando no colo, tive um leve susto.

— Fotógrafos.– Diz vagamente. — Sorria e acene, Hella.

— Esse é o pior dia da minha vida! – falo com um sorriso forçado no rosto.

— Não deveria, acabou de casar com o cara mais rico e mais gostoso de todo EUA. – meus dedos vão para o seu cabelo acariciando lentamente.

— Você é incrivelmente idiota e convencido. – ele revira os olhos. — Merda esqueci a bolsa...– Reclamo.

— Onde?

— No carro.

— Depois eu pego.

Thomas não é legal dessa maneira só está tentando formar um bom perfil como marido diante das câmeras, ele sabe que os fotógrafos não sairão lá de fora tão cedo, enquanto tiver câmeras ou uma plateia nós dois vamos estar apaixonados, não posso dizer o mesmo de quando estivermos sozinhos como agora.

Ele continuou andando comigo até entrarmos no elevador me colocando no chão assim que as portas se fecharam, arrumei o meu vestido sentindo seu olhar queimar em mim, mesmo não mantendo contato direto sei que está me olhando justamente por essa sensação, seu olhar faz meu corpo queimar como um fósforo que se apaga toda vez que olha para alguma outra coisa. Deve ser o ódio que sinto por ele tentando sair de alguma forma.

— Vou pegar sua bolsa. – Diz assim que abre a porta, não sei porque veio comigo se desceria assim que que colocasse o pé fora do elevador.

— E eu vou tomar um banho. – Falo me virando, escuto a porta sendo fechada e pela primeira vez no dia meu corpo relaxa.

O quarto era bem chique, era no último andar, todas as paredes eram feitas de vidro, tinha sacada, hidromassagem piscina aquecida, as paredes do banheiro também eram de vidro, tinha uma cama gigante... as paredes do banheiro são feitas de vidro!?
Isso só pode ser brincadeira! Eu vou matar aquele filho da mãe.