Antônio sempre foi muito fechado, por muitos considerado frio e sério
A sua paixão é o futebol, por gostar muito de futebol, ele nunca pensou muito em relacionamentos, nem sequer faz questão de ter um.
Margarida é uma pessoa carinhosa e simpática...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu já me tinha adiantado e arrumei a mala ontem, então desci para tomar o pequeno almoço com os restantes jogadores.
Chegando lá já haviam alguns jogadores a tomar pequeno almoço, dei bom dia a todos, alguns com um beijo na bochecha e abraços, outros com apenas um bom dia, o António também lá estava, eu percebi que ele me olhava, mas fingi não notar.
Peguei num prato e caminhei até ao buffet, escolhi algumas frutas, uns mini croissant, duas fatias de fiambre e queijo, também peguei ovos mexidos, e peguei panquecas, eu sei que parece muita comida, mas eu como muito de manhã, pousei o prato ao lado da máquina do café, e começei a fazer um galão.
Após ter tudo o que queria fui até á mesa, sentei-me entre o André Silva e o Gonçalo, lembrei-me que me tinha esquecido do açúcar, então levantei-me e fui buscar, quando voltei para a mesa, vi-o Gonçalo e o André a comerem a minha comida, aproximei-me da mesa.
—Se querem comida vão buscá-la—eu disse-lhes tirando o prato da comida do seu alcance
Peguei no prato, dei a volta á mesa, e sentei-me no outro lugar vazio da mesa, que ficava entre o António e o Félix, puxei a cadeira e sentei-me começando a comer, percebi olhares sobre mim, então olhei em direção aos jogadores, que me olhavam de boca aberta.
—O que foi?—eu perguntei erguendo uma sobrancelha
—Como é que consegues comer tanta comida logo de manha?—perguntou o Gonçalo arregalando os olhos
—Sei lá—eu encolhi os ombros e voltei a comer
Enquanto comia eu ía falando com os jogadores sobre diversos assuntos, foi quando o chefe da equipa técnica se aproximou da mesa.
—Margarida, vai acompanhar os jogadores de volta para Lisboa, visto que os seus serviços já não são mais necessários.
—O voo é a que horas—eu perguntei-lhe
—Daqui a uma hora—ele respondeu
(. . .)
Estávamos agora dentro do avião, eu estava á procura do meu lugar, quando lá cheguei descobri quem ficaria ao meu lado durante toda a viagem, não era nada mais nada menos que o António.
Ele estava sentado de fones e a mexer no telemóvel, toquei-lhe no ombro, ele tirou um dos fones e olhou para mim.
—Preciso de me sentar—eu disse-lhe apontando para o lugar ao seu lado
Ele levantou-se dando-me espaço para passar, eu passei por ele e sentei-me no meu lugar, ele logo se sentou, eu peguei no meu computador, já me tinham sido enviados os relatórios dos jogadores que estavam lesionados, analisei cada um dando um diagnóstico.
Entretanto já tínhamos descolado, eu liguei o gps do avião para ver onde estávamos, após ter terminado, desliguei o computador, e decidi colocar um filme, após uns 30 minutos de filme deu-me vontade de ir á casa de banho, tirei os fones, e olhei para o lado, e vi-o de olhos fechados, merda, como é que eu vou sair sem o acordar, levantei-me cuidadosamente, e com cuidado passei por ele sem lhe tocar e nem acorda-lo, festejei mentalmente por isso.
Após fazer as minhas necessidades, caminhei de volta para onde estava, ele ainda estava de olhos fechados e na mesma posição, quando estava a passar por ele houve uma turbulência, que me fez desequilibrar, e cair sentada no colo dele, ainda me tentei segurar, mas não me serviu de nada, virei minha cabeça para olhar para ele.
Ele estava de olhos abertos, e a sua expressão estava neutra.
—Desculpa—eu disse envergonhada saindo de cima dele
Sentei-me no meu lugar recusando-me a olhar para ele, voltei o colocar os fones e prestei atenção ao filme.
(. . .)
Faltavam apenas alguns minutos para aterrarmos, depois de longas horas de viagem, eu mal podia esperar por chegar a casa, e estar com a Aurora.
Finalmente aterrámos, cada um pegou nas suas coisas, e saímos do avião, liguei aos meus pais para saber onde eles estavam, despedi-me dos jogadores, e fui até á parte das chegadas, até que avistei os meus pais e a Aurora.
Ela veio a correr em minha direção, eu abri os braços pegando-a no colo.
—Que saudades mamã—ela disse e demos um beijo de esquimó
Logo os meus pais se aproximaram, eu cumprimentei-os, logo fomos para o carro e seguimos para casa.
