Opposites-Antônio Silva

Capítulo 14

Margarida on

Acabámos por empatar com o Sporting, mas felizmente isso não mudou a nossa classificação, já os leões não tiveram muita sorte e ficaram em 4º lugar.

Eu tenho andado um pouco cansada, a minha rotina tem sido casa, trabalho, hospital, casa.

Os médicos dissera que o meu pai sobreviveria se houvesse um milagre, e isso era o que eu mais queria que acontecesse.

Levantei-me, tomei um banho frio e vesti-me.

(As sandálias são substituídas por ténis)

Em seguida fui acordar a Aurora vesti-a, e preparei o pequeno almoço.

A Aurora ía passar o dia com o Filipe e com a família dele, para ela passar mais tempo com o pai, ele vinha buscá-la aqui a casa.

Enquanto a Aurora comia eu preparei uma pequena mochila, com as coisas que ela iria precisar, ela ía dormir na casa da mãe do Filipe, e ía conhecer a família dele, principalmente os seus primos, eu espero que corra tudo bem, porque até agora ela não demonstra querer muito contacto com ele.

Assim que ele a veio buscar, eu peguei na minha mala, saí de casa, e dirigi até ao hospital.

Fiquei algum tempo a fazer companhia ao meu pai , depois de sair do hospital, fui até ao meu carro, e dirigi até ao Colombo.

Decidi que iria tirar o dia para mim, comprei roupas novas, alguns cosméticos, acabei por almoçar também, aproveitei também para fazer as compras da semana, por volta das 17 fui para casa.

Arrumei as coisas que tinha comprado, em seguida sentei-me no sofá a ver televisão, após alguns minutos, recebi uma mensagem, e adivinhem, era o António, ele perguntou-me se eu queria ir jantar com ele, e eu respondi que sim.

Ele vinha buscar-me por volta das 19:30, já eram 18:08, como eu sabia que iria demorar a preparar-me decidi começar já.

Antes de tomar banho escolhi a roupa que iria levar, após escolher peguei numa toalha e fui para a casa de banho, após tomar banho, sequei-me e vesti um robe.

Sequei o cabelo, e vesti-me.

Calcei uns ténis all star bota brancos, coloquei perfume e desodorizante, por fim coloquei brincos, um colar, e o meu relógio.

Peguei na minha mala, e coloquei os meus pertences necessários, sentei-me na minha cama, enquanto esperava por ele, após alguns minutos recebi uma mensagem, a dizer para eu descer, o que eu não tardei em fazer.

Ao entrar dentro do carro, cumprimentámo-nos com um beijo na bochecha, no trajeto até ao restaurante, nós íamos a ouvir música, e a falar sobre assuntos do interesse de ambos.

( . . .)

Ele estacionou o carro, e ambos saímos, nós estávamos no centro de Lisboa.

Começamos a andar em direção ao restaurante que ficava na praça do comércio, é um dos meus sítios favoritos de Lisboa.

Finalmente chegámos ao restaurante, sentámo-nos e escolhemos a comida, era um restaurante de comida Italiana, pedimos a nossa comida e as bebidas.

Enquanto esperávamos pela comida, eu decidi perguntar-lhe sobre aquela rapariga que estava com ele no restaurante.

—Quem era aquela rapariga que estava contigo?—eu perguntei

—Quando?—ele fez-se de desentendido

—Naquele dia no Restaurante—eu respondi e cruzei os braços

—Estás com ciúmes?—ele perguntou-me com um sorriso malicioso

—Deveria estar?—eu questionei-o

Ele desviou o seu olhar do meu, o que me incomodou, pq ele não respondeu de imediato?

—Para tua felicidade não—eu suspirei, agora mais relaxada—Ela é minha irmã

—Fouge, custava tanto dizeres isso?—eu revirei os olhos e ele riu-se

Logo o empregado trouxe a nossa comida, e nós começamos a comer em silêncio.

Após acabarmos de comer pedimos a sobremesa.

—Porque não tens vindo trabalhar?—ele perguntou-me

Eu contei-lhe tudo o que se tinha passado com o meu pai.

Ele colocou a sua mão sobre a minha, eu olhei para ele, que me olhava com um olhar triste.

Acabámos a sobremesa, e fomos pagar ele acabou por pagar o nosso jantar, apesar de eu insistir, a desculpa dele foi que ele que me tinha convidado, então ele pagava.

Resolvemos andar um pouco pela praça do comércio, andámos até uns bancos que ficavam ao pé do mar, os outros estavam ocupados e havia um deles que estava sujo com cerveja, o António sentou-se no outro, eu fiquei em pé.

Eu aproximei-me do muro e olhei para o mar, foi quando fui puxada por  ele e fiquei sentada sobre o seu colo, ele colocou os braços em volta da minha cintura, e eu coloquei as minhas mãos sobre as dele, e olhei novamente para o mar.

Após alguns segundos o meu telemóvel começou a tocar, era o Filipe, levantei-me do colo do António e atendi o telemóvel.

Pelos vistos a Aurora queria vir para casa, e eu teria de a ir buscar, eu expliquei a situação ao António, fizemos o caminho até ao carro em silêncio, ele acabou por me dar mão.

(. . .)

Acabámos por ir buscá-la e o António levou-nos a casa, ela parou de chorar assim que viu o António, e a primeira coisa que ele fez depois de me abraçar, foi pedir colo ao António, ele acabou por ficar até ela adormecer, e depois foi-se embora.