capítulo 7

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Eu sentia cócegas nas minhas costas, o toque tão leve fez os pelinhos do local se arrepiarem, um peso foi depositado sobre elas e lábios a beijaram me fazendo despertar. Virei-me encontrando meu marido, ele sorriu sem mostrar os dentes e colocou minha franja para trás. Seu corpo estava à mostra da cintura para cima e os fios molhados anunciavam que ele já estava acordado há um tempo e havia tomado banho.

— Bom dia.

Movi a cabeça em concordância esperando que ele entendesse que eu também lhe desejava bom dia. Eu ainda estava sonolento e queria dormir mais, então os meus olhos se fecharam e eu fiquei desfrutando da sensação que era ele mexendo nos meus fios de cabelo.

— Como se sente?

— Com sono. — Sussurrei e pude ouvir Jungkook murmurando algo. — Eu estou bem. — Falei. Ele voltou a beijar as minhas costas, deixando o local completamente sensível.

— Você precisa acordar. — Ele avisou e eu neguei com a cabeça, estava bom ali com ele cuidando de mim. — Vamos sair, lembra? — Afirmei me encolhendo e ouvi Jungkook rir, seus lábios faziam cócegas na minha pele e ele deixava mordidas carinhosas. — Se você não se levantar, serei obrigado a usar outros métodos.

Sua língua escorreu pela parte sensível das minhas costas e eu não contive os tremores, me virei rápido tentando escapar, mas Jungkook já estava em cima de mim com os braços ao lado da minha cabeça e os joelhos ao lado do meu corpo. Ele sorriu beijando o meu maxilar, minhas mãos se moveram sozinhas e eu segurei em seus cabelos da nuca.

— Eu poderia ficar o dia inteiro com você nessa cama, Taehy, seria incrível, mas acho que você quer ver a sua mãe, certo? — Confirmei, mas não tirei as mãos dos seus cabelos, ao invés disso mexi os dedos deixando um carinho gostoso lá, ele sorriu preguiçoso. Quando eu parei, Jeon se afastou para que eu pudesse me levantar.

Jungkook não deixou nem mesmo eu me sentar devidamente e logo já estava vestindo uma camisa em mim, deixei que ele colocasse os botões em suas casas, ele fazia isso muito bem. Sua franja caía um pouco e eu não contive minha vontade, a toquei ganhando sua atenção, a pus para trás, mas seus fios eram lisos demais e ela escorreu para frente novamente me fazendo rir, Jeon também sorriu e beijou minha testa. Segurei seu rosto com as duas mãos, as bochechas dele eram gordinhas e eu mordi o lábio inferior as apertando ouvindo meu marido reclamar.

— Meu beijo de bom dia. — Jungkook falou sorrindo bonito, o sorriso dele era encantador e fazia o meu tolo coração disparar. — Você não tem me dado muitos beijos, sabia? — Ele fez um som de reprovação e eu ri por sua careta. Me aproximei para beijar sua bochecha, mas Jeon virou o rosto e eu acertei o canto dos seus lábios, me separei olhando em seus olhos, tão intenso, eles mudavam de água para vinho. Ele beijou-me fazendo meu corpo entrar em combustão.

— Bem melhor.

Eu me sentia levemente dolorido, mas não culpava Jungkook, apenas o fato de ser a primeira vez. A marca está renovada e bem marcada, mostrando que eu pertencia a Jungkook, deslizei as pontas dos dedos sobre ela. Meu pescoço não era o único lugar que haviam marcas, meu corpo inteiro tinha sido marcado pelo meu marido.

Gentilmente ele me ajudou a subir na carruagem, se fôssemos de cavalo eu temia que não conseguiria andar quando chegasse lá. Ele sentou ao meu lado e um braço contornou meus ombros, onde ele deixou um beijo nos meus cabelos, deitei minha cabeça em seu peito e fiquei olhando pela a janela enquanto íamos em direção a minha casa. Quanto mais o cenário se tornava familiar para mim, mais meu coração voltava a doer. Eu gostaria de ter sido um excelente filho, mas quando tive a oportunidade de mostrar a minha mãe que eu não era inútil como ômega, ela partiu sem nem ao menos me dar a chance de eu lhe dizer adeus. Parecia que a felicidade que o meu coração sentia pela manhã foi totalmente esquecida quando eu pisei na frente do cemitério. Senti a mão de Jungkook no final da minha coluna me incentivando a continuar, mas as minhas pernas estavam trêmulas e andar estava sendo muito difícil, agarrei-me as flores que eu havia trago e deixei meu marido me conduzir a lápide de minha mãe. Senti um afago nas costas quando paramos na frente da mesma, e eu suspirei e puxei o ar tentando fazer com que ele ficasse em meus pulmões.

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