capítulo 33

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Sorri quando senti mãos abraçarem a minha cintura, o cheiro de Jungkook invadiu as minhas narinas e ele roubou uma das uvas que eu lavava.

- Onde está Gael? - Ele perguntou.

- Dormindo, brincou tanto que acabou desmaiando cansado no sofá. Eu o levei para seu quarto.

Eu gostava da nova vida que levávamos e do pequeno chalé em que morávamos, Jungkook havia desistido da grande mansão para termos um ao outro o mais próximo possível e eu não podia me sentir menos grato a isso.

Ele me girou, segurando a minha cintura.

- Já lhe contei sobre o quanto você fica lindo com esse avental de cozinha? - Ele questionou, e eu ri negando com a cabeça, aceitando todos os beijinhos que ele deixava nos meus lábios.

- Você fica lindo nesse avental de cozinha.

- Jungkook. - O adverti e ele sorriu sobre meus lábios.

- Ele está dormindo. - Ele proferiu, me fazendo ceder aos seus beijos. Abracei o seu pescoço e beijei sua bochecha.

- Vamos para o quarto. - Ele sussurrou no meu ouvido de forma sedutora.

- Eu estou um pouco ocupado agora. - Me virei em direção à mesa e Jungkook me seguiu, me abraçando por trás. Ele beijou o meu ombro.

- Será que eu deveria chamar Nana de volta para ter sua total atenção?

- Hum, não porque quando você está trabalhando, eu não reclamo.

- Nós ainda não conversamos sobre o seu lobo.

- Ele nunca havia aparecido antes. - Juntei as sobrancelhas.

Diferente da marca de um alfa que precisa ser sempre renovada, quando o ômega também marca, eles permanecem juntos para sempre porque passam a ser apenas um só. No entanto, eu não tinha presas para marcar Jungkook, e isso se dava pelo simples fato de que eu era um ômega macho. Jungkook não pareceu incomodado com isso, ele disse que gostaria que sua marca não sumisse, mas aceitava o fato pelo qual eu não podia marcá-lo.

Eu não sabia porquê não tinha presas, e nem mesmo Jimin chegou a uma conclusão precisa sobre isso, mas quando eu me senti incomodado por não poder marcar meu marido, ele segurou minhas mãos com força, olhou em meus olhos, e disse que eu já havia marcado seu coração e nunca haveria outra pessoa pela qual ele me trocaria.

Apesar desse detalhe, as coisas não estavam ruins, eu acreditava estar em um dos melhores momentos da minha vida. Gael sem dúvida foi o filhote pelo qual eu chorei no dia em que Jungkook e eu brigamos pela primeira vez após o jantar com seus pais, ele era calmo, sorridente e sempre estava de bom humor. Jimin o visitava a cada três meses para checar suas taxas de hormônios depois que o seu lobo teve uma aparição. Era muito difícil não deixar seu lobo assumir o controle, e muitas vezes Gael era mais instintivo do que racional, e isso fazia Jungkook passar horas com ele para que o mesmo aprendesse a controlar isso. Às vezes Gael era tão possessivo quanto Jungkook.

Meu marido encostou o queixo no meu ombro, me abraçando por trás e observando o que eu estava fazendo. Eu preparava um bolo, Seokjin e Yoongi viriam para cá e eu estava preparando algo para sobremesa.

- Jimin disse que você reprimia muito seu lobo. - Jungkook começou.

- Eu e ele nunca tivemos uma boa relação.

- Você o culpava?

- Sim, eu sou o que sou por causa dele.

- Eu gosto dele. - Meu marido falou sorrindo e eu sorri também, olhando para ele pelos cantos dos olhos.

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