capítulo 27

3.3K 479 41
                                    

— Jungkook, o que aconteceu com você? 

Me virei, vendo meu irmão com uma cara espantada. — Eu estava em um combate. — Falei simples. Ele estalou a língua, se aproximando.

— Nós usamos esse tipo de roupa por um propósito. — Ele apontou para minha armadura jogada no canto.

— A armadura é pesada, deixa os movimentos mais lentos.

— Mas te mantêm vivo!

— Não enche, hyung. Não é nada demais. — Falei rolando os olhos.

Ele negou com a cabeça e me puxou para sentar em uma cadeira. Rosnei e ele levantou os olhos para mim.

— Nunca mais rosne para mim de novo. — Ele falou  olhando os meus olhos e eu desviei. Merda! Porque ele tinha que ser o mais velho? Chiei quando ele começou a lavar os ferimentos. — Você vai acabar se matando.

— Morrer não parece ser tão ruim assim. — Falei. Ele levantou os olhos até mim e suspirou.

— Ainda não é hora de partir, Jungkook. Não queira ir antes do tempo.

Fiquei em silêncio.

— Vamos ver a mamãe em dois dias. — Junghyun me avisou.

— Ele estará lá?

— Ele sempre vai estar, vamos ter que nos acostumar com isso.

— Por que a mamãe não o deixou?

— Por que ela o ama.


Seul

Casa dos Jeon.

Eu estava e meu quarto deitado na cama. Era completamente estranho estar naquele lugar.

— Senhor Jeon.

— Pode entrar, Nana. — Falei alto. Ela abriu a porta sorrindo amavelmente.

— Já faz muito tempo. 

— Sim, Nana. 

— Mas acredito que ainda goste de um chá de camomila antes de dormir. 

Me levantei suspirando.

— Nana, você é incrível. — A Beta riu.

— Eu criei você, é impossível não te conhecer.


Campo de guerra

Vale do silício ( três anos atrás)

— Junghyung. — Chamei por meu irmão quando atravessamos as montanhas, indo possivelmente para uma emboscada. Meu irmão olhou para mim, o peito firme para frente e os cabelos presos, ele me olhou pelo canto dos olhos.

— Vamos ficar juntos. — Falei. Ele afirmou com a cabeça, seus olhos mudaram de cor para um tom amarelo e rosnamos juntos.

Era uma emboscada.

Já esperávamos. Sabíamos que perderíamos soldados, mas toda guerra precisa de sacrifício. Minhas costas estavam coladas com as do meu irmão. Junghyung ofegou e eu sabia que estava difícil para nós dois. Me movi de forma errada para direita e acabei me distanciando de meu irmão.

— Hyung! — Gritei, movendo meus calcanhares até ele e o segurei antes que ele caísse no chão. Precionei sua ferida no lado direito. — Merda, hyung. Droga! Vai ficar tudo bem.

DoteOnde histórias criam vida. Descubra agora