capítulo 8

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Me espreguicei encontrando o outro lado da cama vazio, rolei sobre ela olhando para o teto, depois que Jungkook me disse aquelas palavras ontem eu passei o resto do caminho inteiro tentando digeri-las; eu não o culpava por querer ser amado, afinal quem não queria? Mas, eu me perguntava se ele podia me amar, e ele já me amava, por que ele me amava? Justo eu, por que eu?

Quando chegamos em casa tarde da noite, eu praticamente cochilava nos bancos que uma hora se tornaram desconfortáveis. Jeon me guiou até o quarto e praticamente me pôs para dormir, me enrolando e depois de um tempo vindo deitar também. Entretanto, diferente das outras noites, Jungkook não me abraçou e eu acabei indo atrás do seu contato, onde ele me recebeu de braços abertos. Não sabia dizer se eu estava o iludindo ao fazer aquilo, afinal, Jungkook nunca havia falado dos seus sentimentos para mim. Normalmente ele citava que iria me fazer amá-lo, mas nunca disse se já me amava, porém deve ser doloroso demais falar para alguém que a ama e a mesma não dizer que é recíproco.

Eu não acreditava em amor à primeira vista, acho que esse sentimento é algo que se constrói aos poucos e em um momento se torna tão enraizado que é impossível cortar a árvore que nasceu. Não é que eu pensasse que não seria capaz de amá-lo, eu apenas acreditava que não aconteceria do dia para noite.

Meu coração não funcionava daquela maneira. Eu não era o tipo de pessoa que dizia eu te amo com facilidade, eu nunca nem tinha dito aquilo, mas eu era capaz de me apaixonar perdidamente por alguém, eu sabia que sim. Jungkook tinha tudo para que eu me apaixonasse por ele, tudo que eu precisava era apenas esperar, porém, me parecia que ele não era muito paciente. Fechei os olhos respirando fundo, com certeza Jimin teria um bom conselho para agora. Eu queira conhecer Jungkook, saber tudo sobre ele, mas Jungkook era uma pessoa cheia de mistérios e muito reservada.

Me levantei quando minha barriga falou mais alto que os meus próprios pensamentos. Desci as escadas encontrando a mesa pronta, Nana sorria para mim me dando bom dia e eu me curvei agradecido.

— Jungkook está lhe esperando para o café da manhã.

— Ele está acordado há muito tempo?

— Algumas horas. Ele acordou estranhamente cedo hoje.

Bati algumas vezes na porta do escritório de Jungkook, as palavras de Nana ficaram presas na minha mente. Por que ele acordou tão cedo? Eu não sabia dizer se minhas palavras de ontem haviam o ferido. Eu não queria o machucar, apenas fui sincero com ele. Quando recebi passe livre, entrei vendo Jungkook com um olhar sério, era de manhã, porém ele já parecia muito cansado. Ele sorriu e eu me aproximei dele até estar ao seu lado, suas mãos alcançaram a minha cintura.

Graças a Deus! Ele não me rejeitou. Eu choraria se ele fizesse isso.

— Oi.

— Oi, você está bem? — Segurei em seus ombros. — Parece muito cansado.

— Apenas negócios. — Ele explicou. Afirmei beijando sua bochecha o vendo sorrir fofo. — Pelo menos não preciso mais ficar pedindo beijos. — Jungkook afundou o rosto na minha barriga e eu deixei um carrinho em seus cabelos negros.

— Jungkook, eu quero ser um bom marido. — Sussurrei para ele que olhou rapidamente para mim.

— Você é um ótimo marido, Taehyung. 

— Me desculpe por ontem. — Pedi. Ele estalou a língua e negou com a cabeça.

— Não existe nada pelo qual você deva se desculpar. — Meu marido me puxou até eu estar sentado em suas pernas, de frente para ele. — Taehyung.

— Taehy, me chame só de Taehy. — O corrigi e ele afirmou.

— Taehy, você conheceu os seus avós? — Jungkook perguntou enquanto eu brincava com os botões de sua camisa perfeitamente alinhada.

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