Capítulo 8 - Vínculo

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Depois de receber a feliz notícia, Marco levou os três irmãos para almoçarem. Tanto havia acontecido que Vega esqueceu que seu estômago roncava. Assim que chegaram no restaurante ela não deixou a oportunidade passar em branco. Ela comeu variados pratos de carne e até sobremesa pediu. O restaurante em questão era um afiliado da guilda, os aventureiros são uma classe distinta da população na cidade. Eles não recebem nada pelos seus serviços, mas por conta disso eles têm acesso a descontos, um dormitório e o mais importante de tudo, informação.

— A comida daqui é incrível — disse Vega satisfeita. — Estou cheia.

— Ainda bem que gostou — Marco respirou aliviado vendo que o apetite de Vega chegou ao fim.

— Nós podemos dividir a conta — sugeriu Deneb.

— Não, não, por favor. Essa é por minha conta — Marco rapidamente negou a proposta.

O restaurante estava vazio por conta do horário, eles chegaram no começo da tarde. A dona do restaurante era bem simpática, moradora de MondTerran e fez do restaurante o negócio da família. O marido é um caçador bastante experiente e traz os mais diversos ingredientes para os pratos servidos aqui. Os dois filhos têm a mesma idade dos três irmãos e ajudam como garçons no local.

O ambiente inteiro era bastante acolhedor, as cadeiras e mesas eram de madeira. A brisa fresca que passavam soprando, até mesmo o som da cozinha era algo que trazia calma de espírito. A comida nesse restaurante era caseira, feita exclusivamente pela dona, às vezes com ajuda dos filhos. Não espere encontrar os pratos mais refinados de todo o reino, mas definitivamente você não será decepcionado.

O estabelecimento funcionava como restaurante na parte da manhã e tarde, durante a noite funcionava como taverna. O local é sempre muito popular, muitos trovadores passam por lá e muitas histórias são contadas todos os dias. Sempre muito receptivo e alegre, definitivamente é o local favorito de muitos aventureiros.

Depois de saciarem a sua fome, os três irmãos voltaram para a guilda de aventureiros. As três recepcionistas no balcão entregaram três chaves, uma para cada um. Eram chaves para os quartos nos andares superiores, a guilda tem um dormitório próprio que pode ser utilizado sem custo adicional algum.

— Vocês ainda não tiveram a confirmação do teste prático de caça, mas faremos uma exceção só dessa vez — disse a recepcionista anã.

— Muito obrigado — respondeu Deneb.

— Incrível! — Vega disse bastante excitada para saber como seriam os quartos.

— ... — Altair apenas balançou a cabeça positivamente.

— Depois que vocês descansarem estaremos à disposição para explicar o resto dos pormenores — disse a elfa.

— Entendido — respondeu Deneb balançando a cabeça. — Nos vemos em breve.

Altair, Deneb e Vega seriam vizinhos no quinto andar, conforme eles foram subindo as escadas à esquerda da recepção, eles se depararam com diversas pessoas enquanto avançavam pelos andares. Cada aventureiro que cruzava com os três irmãos parecia ter toda uma história para contar, cicatrizes, equipamentos gastos, as idades variam desde jovens até velhos com cabelos grisalhos.

Eles chegaram no quinto andar, todos os andares tinham três escadas, uma em cada extremidade do corredor e uma no meio. O piso e as portas eram de madeira, porém as portas estavam pintadas com uma tinta cinza claro. Em cada porta tinha uma plaqueta metálica com um número. O corredor estava vazio, mas era possível ouvir pequenos ruídos de dentro de alguns dos quartos, ruídos de metal sendo esfregado, bocejo e ronco.

Tríplice DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora