Furacão parte 1

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Olá meus amores, estou de volta com mais um capítulo pra vocês! Obrigada sempre por cada comentário, cada um é muito importante para mim, para quem escreve apenas por gostar saber que estão aqui lendo minhas histórias e pensamentos é muito importante. Leitores fantasmas apareçam por favor. Desculpa qualquer erro e boa leitura!

ps: musica do capítulo The Other Side (French for Rabbits)

POV Camila


"Quebre, quebre, queime, deixe tudo queimar, este furacão está nos perseguindo debaixo da terra..."


Depois da minha conversa com a Lauren e da tarde de prazer que passamos juntas eu me sentia bem novamente, eu estava me sentindo em paz e feliz como a muito tempo eu não me sentia e isso estava me deixando com medo mas ao mesmo tempo radiante com o que poderia vir na minha vida, mesmo sabendo que isso poderia acabar a qualquer momento eu não queria deixar esse sentimento de paz ir embora de mim, eu não podia negar que estava me apaixonando pela Lauren.

Minha mãe no jantar ficava me encarando o tempo todo, ela sabia que eu estava feliz, ela sabia que eu estava caidinha pela Lauren e eu não tinha nem como negar isso, eu também não quero negar, isso estava na minha cara, estava por todo lugar e tudo bem também.

A tempestade no lado de fora durante a noite só se intensificou, o governo lançou um alerta geral para que ninguém saísse de casa durante a passagem do furacão pela costa, ele não iria chegar até nós mas ele iria passar perto daqui no inicio da tarde, tínhamos que ficar em um lugar seguro, para que ninguém se machucasse durante a passagem dele que iria causar ventos fortes e chuva de granizo.

Eu já estava acostumada com tempestades causadas por esses fenômenos, acontecia pelo menos 2 vezes no ano mas ultimamente nenhum tão forte como esse de agora, o furacão era de categoria 4 e poderia fazer um belo estrago, então era bom todos ficarem em casa em segurança.

Acordei no dia seguinte com minha mãe falando que duas crianças tinham sumido na tempestade, elas tinham se perdido na floresta, era duas crianças de 10 anos, estava chovendo muito, era fácil se perder no meio da floresta ainda mais com arvores caindo por todos os lados e pouca visibilidade por mais que essas crianças tenham nascido aqui.

Por mais que falaram que não era para sair nessa tempestade nossa comunidade fez grupos de buscas para procurar as crianças, eram só homens mas eu não iria ficar sentada sem fazer nada, eu poderia achar essas crianças, eu conhecia esse lugar como ninguém eu tenho certeza que iria conseguir encontrar a garota e o garoto.

- Onde você pensa que vai? - perguntou minha mãe me vendo com calça cumprida, camisa de mangas cumpridas, tênis, lanterna e um facão na mão.

- Eu não vou ficar aqui sentada como se eu não pudesse fazer nada para ajudar - falei abrindo a porta.

- Camila é perigoso - disse meu pai.

- Eu sei mas eu sei também que conheço esse lugar como ninguém e posso achar essas crianças - falei.

- Filha por favor - disse minha mãe, suspirei e fui até eles, beijei o rosto da minha mãe e do meu pai.

- Eu preciso ir não vou ficar aqui sem fazer nada, eu vou me cuidar eu prometo, eu sei que estou me arriscando mas é minha comunidade, são as nossas crianças, é o lugar que eu nasci e amo, é minha responsabilidade como filha de quem eu sou - falei, meu pai me olhava com medo mas ao mesmo tempo eu podia ver que ele estava orgulhoso.

- Toma cuidado minha filha - disse meu pai sabendo que não iria conseguir me parar, no final ninguém iria.

- Vou tomar - falei com confiança, sabendo que eu podia fazer aquilo melhor do que ninguém.

Cidade sob o mar ( Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora