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𝗔𝗱𝗱𝗮𝗺𝘀, 𝖶𝖾𝖽𝗇𝖾𝗌𝖽𝖺𝗒. (3/3)

Finalmente. Finalmente. Finalmente.

Eu confesso, que já não aguentava mais!

Graças a Deus chegou o dia do plano ser concluído com sucesso.

- Seu rosto está mais iluminado do que nunca! Ainda bem que é hoje. - Enid diz sorrindo. - Não conseguia te ver sofrendo, sentindo a falta dele. Você não admite, mas ama ele Wan.

- Acho que... Sim. - Me deito na cama. - Por Deus, minha sanidade não está intacta!

- Ah! - Enid deu uns gritinhos histéricos de comemoração. Ou seja lá o que isso for.

- Ajax disse que quando tiver o horário combinado irá me dizer. - Encaro o teto, com um mini sorriso no rosto.

- Que combinem logo então!

Me levantei, pois temos que ir para a aula que logo mais começa.

- Vamos Enid, não dará tempo de tomar café se demorar mais. - Resmungo pegando a mochila.

- Ai, vamos! - Saiu do quarto saltitante.

Chegamos no pentágono, pegamos as nossas bandejas e sentamos.

- Sério. Estou ansiosa para ver o meu casal, junto novamente. - Enid seguiu com o assunto.

- Eu também. - Ajax se junta.

Passei os olhos pelo ambiente, procurando Xavier e Bianca.

Avistei em um mesa. Ele também me encarava, e sorriu disfarçadamente.

Ele colocou a mão embaixo da mesa, tirando do campo de visão da Bianca. Mostrando cinco dedos. Logo após, virou a mesma e encostou o indicador no lado externo do pulso.

Cinco horas. 17h. O horário que devemos nos encontrar no lago.

Sorri, me virando.

- Que fofo! Wandinha de sorrisinhos! - Enid me faz olhá-la.

- Não enche. - Revezo o olhar entre ela e Ajax.

Eles dois riram.

Doidos.

...

Faltam quase trinta minutos para 17h.

No almoço, Ajax me confirmou que era esse horário mesmo, e que eu deveria chegar no mínimo cinco minutos antes. Para não correr o risco de Bianca chegar adiantada.

Andava de um lado para o outro, nervosa. Apenas querendo que a hora passe logo.

Enid me encarava fazer aquilo.

- Desse jeito vai acabar furando o chão. Sente-se. Nunca a vi tão ansiosa!

Fiz o que ela disse, mas fiquei encarando o relógio no celular.

Quando faltavam quinze minutos, disparei para fora do quarto.

Andei o mais rápido possível até o lago. Assim que cheguei, vi Xavier de costas, em pé na margem. Ele parecia inquieto.

Me aproximei lentamente, evitando fazer barulhos. E consegui.

- Olá. - Digo por trás.

- Ai, que susto! - Se vira rapidamente. - Que bom que está aqui.

Me abraçou de repente, e eu retribuo. Quando nos separamos, ele veio me beijar. Porém, desviei.

— O quê? O plano não era ela nos encontrar aos beijos? - Perguntou confuso.

— É. Mas você beijou ela hoje? - Senti um encômodo.

— Sim, mas escovei os dentes cinco vezes antes de vir. Eu sabia que você pensaria nisso. - Sorriu.

— Até que me conhece. - Provoco e beijo ele. Um beijo cheio de saudade.

Suas mãos foram até a minha cintura, pressionando a mesma, enquanto as minhas passeavam dentre os seus cabelos loiros. Eu o puxava mais para mim, e ele me puxava para ele - deixando algum espaço que já existiu entre nós, inexistente. Como se fossemos fugir a qualquer momento. O que eu não estou nem cogitando em fazer. Quero ficar aqui. Apenas aqui, com ele.

A passagem para língua foi pedida, e eu dei sem nem pensar. Nossas línguas dançavam frenéticamente, até a falta de ar se fazer presente. Ele puxou meu lábio inferior ferozmente.

Uma risadinha. Sim, ele deu uma risadinha.

Recuperamos o fôlego, e voltamos ao que fazíamos. Na mesma intensidade de antes.

— Que merda está acontecendo aqui? - Nós separamos o beijo  com a voz dela.

— Exatamente o que você está vendo. - Fui debochada, com as mãos ainda no pescoço dele.

— Você... Como pôde fazer isso comigo, Xavier? - Perguntou desacreditada, encarando os lábios inchados do garoto.

— Fazendo. Você acha mesmo que eu iria gostar de você novamente? Que eu iria largar a Wandinha por sua causa? Que eu iria deixar barato o tapa que você deu nela, os xingamentos?
- Se revoltou, descolando nossos corpos e indo até ela. - Está muito enganada. Eu não te suporto nem um pouco. Quem dirá gostar novamente. Isso foi um plano. E o melhor é ver a sua cara de tacho.

— Seu idiota! - Levantou a mão. Acho que para bater nele. Mas o empurrei e agarrei o pulso dela.

— Nem. Tente. - Digo pausadamente, a encarando com ódio.

Antes que ela fizesse algo com a outra mão, a derrubei com um golpe de kung-fu.

— Isso é para você aprender que nunca se deve mexer comigo. - Dei as costas.

Xavier entrelaçou nossos dedos, e fomos para a escola.

Passamos o restante do dia juntos, aproveitando a companhia do outro e matando toda a saudade.

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Aproveitem esse capítulo, porque o próximo não tem nada de romantismo.

𝘄𝗲𝗱𝗻𝗲𝘀𝗱𝗮𝘆 𝗲 𝘅𝗮𝘃𝗶𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora