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𝗔𝗱𝗱𝗮𝗺𝘀, 𝖶𝖾𝖽𝗇𝖾𝗌𝖽𝖺𝗒.

Despertei, com tamanha preguiça. E irritada.

- Enid, abaixe essa música! - Berrei, ainda deitada.

- Então se levante. - Dançou.

Revirei os olhos, e ergui o tronco com lentidão.

- A Bela Adormecida das trevas acordou! - Sorriu, me provocando.

- Se me encher muito, deitarei novamente.

Me levantei, peguei o uniforme e fui até o banheiro.

Tomei um longo banho, com dificuldade. O que me enfurece muito.

Quando saí do banheiro, Xavier estava sentado em minha cama.

- Bom dia? - Saiu mais como um questionamento.

- Bom dia, meu amor. - Veio até mim, selando nossos lábios. - Como está?

- Bem, e você? - Pego minha mochila.

- Melhor agora. - Sorriu.

O encarei, fazendo a mesma coisa.

- Vamos? - Entrelacei nossas mãos.

- Sim. - Beijou minha bochecha.

Ele me ajudou a descer.

Está cuidando tão bem de mim, parece até que sou uma boneca de porcelana. Que necesita ser manuseada com todo o cuidado, para não quebrar ou ser machucada.

Me senti bem em dizer que o amo aquele dia no hospital. E foi melhor ainda, ouvi-lo dizer que também me ama.

Quem se ama, deve ficar junto. E estamos. Assim como meus pais.

Ao chegarmos no pentágono, igual a minha chegada de ontem, todos tiraram a atenção do que faziam para nós.

- Eles não têm o que fazer. - Encaro Xavier de canto.

- Concordo.

Nos sentamos com Enid e Ajax.

- Bom dia pombinhos. - Ajax riu.

- Bom dia. - Nós dois respondemos em uníssono.

Estávamos comendo, enquanto dialogamos. Até que o sinal tocou, nos assustando. Perdemos a noção do tempo conforme a conversa fluía.

Eu e Xavier fomos para a aula de esgrima.

Pelo meu estado clínico, ficarei afastada das aulas de esforço físico. Como esgrima e arco e flecha.

Infelizmente terei que observar.

Estava sentada, vendo meu namorado lutar. Dei uma leve risada assim que ele derrotou Enid.

- Ah, qual foi, Xavier? Não somos amigos? - Ela perguntou tirando o capacete.

- Amizade é amizade. Vitória a parte. - Sorriu sacana.

- Aprendeu comigo. - Chamei a atenção deles.

- Levou ele para o mau caminho nesse sentido! - Enid me encarou negando com a cabeça.

Novamente eles voltaram a duelar. Minha atenção estava presa alí, até que fui puxada de forma brusca justamente pelo braço esquerdo. O lado que fui esfaqueada.

Senti uma dor enorme.

- Liam não faz nada direito. - Bianca esbravejou.

- O que quer dizer com isso? - Perguntei colocando a mão sobre o machucado que ainda dói.

- Ele não conseguiu ser um bom Stalker, e deixou que você descobrisse. E não serviu para dar uma facada em um local que te matasse na hora! - Cruzou os braços. - Eu mesma deveria ter feito, não mandado.

- Sua infame. - A encarei com desdém. E pensei. - Se eu tivesse morrido, finalmente conseguiria enfeitiçar Xavier novamente. Mas não conseguiu. Você também não consegue nada!

- Mas vou conseguir.

- Veremos. - Provoco.

- Só para avisar, tem sangue em sua camiseta. - Diz me fazendo olhar para baixo, e riu saindo.

Realmente tem sangue.

Não pode ser o que estou pensando.

Levantei a peça com calma.

Sim. É o que eu estava pensando.

Os pontos abriram.

- O que ela... - Xavier se aproximou. - Meu Deus! O que ela fez?

- Me puxou pelo braço. - Eu ainda olhava para o sangue escorrer.

- Vamos na enfermaria. - Apenas assenti. - Vou avisar o professor.

Fui na frente, mas ele logo me alcançou.

Chegamos lá, e logo me deitei na maca para a enfermeira examinar.

- Três pontos se romperam. Teremos que fechar, sem anestesia. - Ela falou, me fazendo arregalar os olhos.

- Como assim sem anestesia? - Xavier exclamou.

- Não temos. - A mulher foi simples.

Ele ficou perplexo, mas ela teria que fazer isso.

Nem imagino a dor.

Xavier me deu a sua mão, e logo ela começou.

Senti a agulha atravessar minha pele, então apertei a mão do Xavier. Ela puxava a linha com um pouco de brutalidade na hora de fazer o nó.

Me segurei para não gritar, apenas fiz mais pressão contra o membro superior de Xavier.

É uma dor insuportável!

Só percebi que ela acabou, porque falou. Senão eu acharia que lateja por ainda estar costurando.

- Você está bem, meu amor?

- Não.

- Sinto muito por fazê-la passar por isso. - Beijou minha testa.

- Não é sua culpa. - Dei um selinho nele. - Eu quem devo me desculpar por quase quebrar sua mão.

- Espero não precisar fazer isso novamente. - Riu. - Mas se ocorrer o caso, faça.

Eu fiquei deitada ainda na enfermaria, na esperança da dor passar.

Porém foi em vão. Então me levantei com dor, na força do ódio e subi para meu dormitório com ajuda do meu namorado perfeito.

Como é bom falar isso.

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Cara eu estou surtando. Quero para ontem a season 2 de Wandinha e a comédia romântica com a Jenna e o Percy. Fico revendo diversas vezes a primeira temporada para ver se diminui a ansiedade mais só aumenta. 🤡

𝘄𝗲𝗱𝗻𝗲𝘀𝗱𝗮𝘆 𝗲 𝘅𝗮𝘃𝗶𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora