Capítulo 11

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Ele disse que estava, foi indo atrás dela até a cozinha, se viu muito surpreso
- Crlh fez tudo isso sozinha? Vai chegar mais gente? É muita coisa tá doida dona encrenca!
Ela estava fazendo o prato dele
- Claro que não né, eu até convidaria o menino Frango. Está boa essa quantidade? Vou esquentar. Eu fumei oque encontrei pela casa, espero que não tenham problemas.
Ele se aproximou a abraçando por trás para pegar o prato
- Não de boa. Nem precisa esquentar me da aí logo.
Ele começou comer gelado, foi indo sentar na sala, ela se viu frustrada
- Aylan espera, vem comer na cozinha. Quer saber deixa!
Ela esquentou seu prato, começou comer sozinha sentada a mesa, pensando no quanto ele era ignorante, não lavou as mãos, entrou com tênis sujo bagunçando a casa que ela limpou, estava comendo de colher e fazendo muito barulho, logo ele voltou a cozinha
- Vou precisar sair e aí ficou de boa? Quero mais, tá mó daora esse rango!
Ela foi se levantando para o servir
- Posso colocar tudo?
Ele sentou na mesa
- Eu pego sozinho, pode deixar. Não precisa ficar me servindo pô!
Ela continuou comendo cabisbaixa, ele a observou enquanto comia, falou ao terminar
- Cê tá de boa? Ou não? Porque tá com essa cara de m.e.r.d.a? Oque foi agora?
Ela sorriu desanimada
- Nada. Vai sair?
Ele disse que sim, foi para o quarto se trocar, mexeu no guarda roupa, passou por ela enquanto lavava a louça, se aproximou sem saber se a beijava ou não
- Já tô indo. Você... Quer falar alguma coisa? Desenrola!
Ela largou a louça se virou de frente pra ele
- Não sei, eu tô impaciente, tem alguma coisa pra eu relaxar? Quero cheirar! Com certeza você tem escondido por aqui.
Ele se aproximou a beijou sutilmente
- É só isso? Ou te incomoda me ver saindo a noite? Porque se isso for um problema, vamos ter vários.
Ela voltou lavar louça
- Não tô nem ai pra onde vai. Vou tomar banho e dormir, na sua cama .
Ele foi pegar um saquinho generoso de pó, colocou em cima da pia perto dela
- Vou chegar e te comer. Vê se fica pela.dinha na minha cama, ou vai passar dormir no sofá beleza?
Ela ficou animada, o beijou se despedindo, assim que ele saiu, ela largou tudo correu usar dro.gas, até se preparou o esperando, acabou dormindo no sofá nu.a, ele só chegou cedo, havia ido buscar um carregamento de dr.og.as muito longe, a acordou com beijinhos pelo corpo todo
- Hummmm do jeitinho que o pai gosta. Abre aqui pra vê se tá docinha?
Ele arreganhou suas pernas se enfiou no meio, começou chu.par, ficaram na sala mesmo, uma vez demorada intensa, ela disse que ia tomar banho, o deixou deitado, começou cheirar na pia com a porta encostada, ele a surpreendeu
- Tá fazendo o que? Vai comer com farinha po.r.r.a?
Ela foi entrando no chuveiro rindo
- Você quem me deu, eu não faço desfeita.
Ele entrou tomar banho junto
- Da uma segurada na moral. Cê não vai querer perder o controle!
Ela garantiu que só estava curtindo, quando deitaram para dormir, ela se aconchegou abraçada
- Já fazem três dias, o Silas vai me encontrar. Eu tô com medo!
Ele disse que ia resolver, pegou no sono, ela levantou na hora do almoço, fez feijão tropeiro, arroz, salada de maionese, pernil assado, uma jarra grande de suco natural, ele acordou batendo a mão na cama a procurando, foi andar pela casa, a encontrou na cozinha, chegou abraçando por trás
- Aeeeee cê tá me saindo melhor que a encomenda na moral dona encrenca. Que cheiro bom!
Ela deu um pedacinho da carne pra ele provar
- Fico feliz que alguém aprecie meus dotes culinários. Meu marido só sabia reclamar. Pode comer a mesa comigo? É importante!
Ele repetiu com deboche indo mexer no celular
- Importante? Na moral?
Ela estava terminando de arrumar tudo, copos, pratos
- É, pelo menos pra mim. Não gosto de comer na sala ou quarto, nem que comam de colher batendo no prato, como se estivesse batendo massa. Desculpa!
Ele ficou com um sorriso debochado, foi sentar a mesa
- Então vou comer com as mãos beleza?
Ela o serviu colocou colher no prato
- Desculpa por me intrometer na sua vida. É que tudo por aqui, é bem diferente. Eu não sei como me comportar, tenho receio de te irritar e ser colocada na rua. Não tenho pra onde ir Aylan, eu tô ferrada!
Ela começou chorar sentida, ele levantou foi pegar um garfo e faca
- Não vou te colocar na rua, se tá dormindo comigo, fingindo que quer, no caô, fazendo as coisas pra ter onde ficar, pode parar. Não precisa disso! Ó, não sei comer com essas porcarias, ninguém nunca me ensinou pra ser sincero. Para de chorar po.r.ra! Guarda as lágrimas pra quando precisar.
Ela arrastou a cadeira se aproximou, foi mostrando o melhor jeito de cortar a carne, ele estava concentrado apreendendo, ela o beijou no rosto rindo, porque ele derrubou um pouco de comida fora do prato
- Não tô fingindo nada, você é diferente, eu sei disso!
Ele desistiu pegou a colher
- Sabe de nada, cê é mó surt.ada tá doido. Come aí, acha que eu tô passando fome? Fez muita comida!
Ela confessou que amava cozinhar, ele não disse nada, mais ficou observando pensativo como era bom ter alguém em casa. Ela reclamou sobre não ter celular, televisão, nem os canais que gostava, disse que ia lavar o telhado pra passar o tempo, ele a chamou de problemática, ficou rindo e ainda ajudou tirar a mesa, foram deitar na rede juntos a tarde, era no fundo do quintal, ele estava começando deixar transparecer que gostava da troca de carinho e energia, ela fez perguntas sobre o passado, ele falou sobre a mãe e a infância difícil, explicou porque não estudou nem aprendeu coisas simples. Ela lamentou ficou com dó, conversaram por horas se namorando, ele falou sobre o trabalho, detalhou oque fazia gerenciando as lojinhas, resolvendo problemas no morro, confessou que o Fininho ainda não sabia sobre ela estar lá.
Ele recebeu uma ligação, teve que sair às pressas para participar uma reunião discreta, o primo do Tataco estava " amigavelmente " acompanhado de um grande da facção, querendo conversar com o Treze, ele pensava que podia morrer a qualquer momento, mais ia com a cara e a coragem, de cabeça erguida, lá lhe fizeram a proposta de assumir o morro do jacarandá, derrubando o Fininho, ele foi sincero, deixou claro que não podia trair o chefe e muito menos se meter em fita errada que não era b.o. dele, se mostrou ser de confiança, fez oque devia fazer, não cair na pilha, a proposta era tentadora, mais ele temia se colocar em problemas maiores ainda traindo o Fininho naquele momento.
Mais tarde o Frango foi avisar a Amabile que o Treze ia dormir fora, ela falou da porta
- Que novidade né? Franquinilson? Já jantou?
Ele começou rir
- Não pô tô cheio de fome, tô saindo do meu turno agora. Vai esculachar memo dona? Minha mãe não me amava da pra imaginar, nome feio da p.o.r.r.a!
Ela disse que ia fazer uma marmita, saiu entregar no portão, até suco mandou, ele agradeceu ficou feliz da vida, ela ainda brincou
- Uma mão lava a outra né? Meu chá tá acabando!
Ele brincou
- Po.r.ra tu é a mulher do chefe e tá sem, quem dirá eu. Valeu memo, Deus abençoe! Tem ven.eno não né?
Ela disse que na próxima talvez teria, mais naquela não, foi dormir sozinha angustiada com o silêncio do Silas.
No outro dia o Treze voltou pra casa com uma televisão nova, um celular de última geração e uma antena, entrou animado querendo exibir oque levou
- Ooo dona encrenca, brota aí doi.da! Amabile?
Ele começou procurar ela pelos cômodos, não a encontrou, achou estranho o sumiço, quando ia sair pra procurar na rua, um dos soldados chegou
- E aí Treze beleza? Pô rolo mó desacerto hoje, o Fininho tá te chamando, bora lá!

Aylan MORRO ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora