Capítulo 40

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Ele estava de ma.u humor
- Foda- se . Não tô aqui pra passar batido.
Ela entrou no banheiro, demorou um pouco, saiu usando o vestido e a calcinha que lavou na noite anterior, ele estava sentado no sofá
- Cê vai te que aprende se vira aqui, o vidro tá perto de mim. Passa por trás do sofá!
Ela foi indo com a mão na parede, encontrou o sofá, ele estava mexendo no celular
- Vai reto e vira pro lado aí.
Ela foi indo tropeçou no degrau da escada
- Aiiii, lado lado, que lado? Você não sabe oque é direita e esquerda? Oque eu fiz pra merecer isso Deus? O senhor deve ter planos muitos grandiosos pra mim mesmo.
Ele se levantou a pegou pelo braço
- Pra mim ele com certeza não tem. Cê tá com fome? Come o lanche de ontem. Vo da uma saída cê fica aí.
Ele a sentou na cama, foi na cozinha pegar o lanche, colocou ao lado, pegou sua mão mostrando o prato
- Tá aí . Tem uma garrafa de água no seu pé. Não mora mais ninguém aqui beleza, fica suave aí que depois eu volto. Ahhh o sofá tá em cima de onde quebrou as coisas lá, passa por trás do sofá que dá no banheiro.
Ela nem respondeu nada, assim que ele saiu e subiu trocando áudio com o Dodô, ela colocou o prato no chão, tomou um pouco de água e deitou.
Ele tomou banho, se arrumou, tinha uma reunião com membros da facção, saiu as pressas e nem falou tchau, só a olhou deitada.
Estavam organizando um assalto a condomínios de luxo, o dia já não estava bom, discordâncias no comando estavam gerando grande incômodo aos demais membros, ele estava com raiva por causa do que fizeram ao Frango, mais sabia que o amigo errou em delatar os colegas, incluindo ele.
A reunião era por chamada, foi passado uma ordem de buscar toneladas de coca na fronteira, ele não questionou nada, nem falou sobre estar sendo procurado pela polícia. Imaginou que iriam o matar nesse trabalho, sem nada a perder começou pensar em como ferrar com quem lhe parecia uma ameaça, decidiu simplesmente matar, nem que custasse sua vida.
Ficou o dia todo fora trabalhando cuidando das finanças do morro, até se esqueça de Safira, que passou o dia todo deitada no quarto e não fez nada além de ir ao banheiro algumas poucas vezes.
Ela sabia que não iria embora facilmente, ainda acreditava que perdendo a virgi.nd.ade, logo seria livre.
Ele comeu na rua sem nem pensar na jovem, jogou bola, foi no pagode e ficou bêbado, querendo caçar encrenca ameaçando quem devia algo.
Foi pra casa de madrugada, só lembrou dela quando abriu a porta, foi direto no quarto a viu deitada de costas dormindo, se aproximou para olhar o lanche, não foi mexido e a garrafa de água estava vazia, ele subiu dormir no quarto, apagou em sono profundo.
Ela levantou cedo já se sentindo muito fraca, só foi ao banheiro e voltou deitar, ele dormiu o dia todo levantou a noite, tomou banho, ligou o som alto e desceu pegar bebida, ela estava do mesmo jeito, ele tirou os chinelos, largou o cigarro na cozinha e foi espiar, achou que ela estava dormindo e foi acordar
- Mina acorda aí. Ooooo acorda!
Ela estava muito sonolenta por causa da fraqueza, quase não se mexeu, ele a sacudiu
- Filha da pu.ta que mer.da cê fez?
Ele olhou tudo no quarto, notou que ela não mexeu em nada, a pegou no colo e levou para a sala, molhou seu rosto, ofereceu água, ela foi despertando sem dizer nada, tomou um copo grande cheio, ele estava sentado perto
- Foi mal por te deixa com fome aí. Passo mó filme na minha cabeça agora na moral. Desculpa memo.
Ela voltou deitar encostando no braço do sofá
- Filme de terror com certeza.
Ele levantou
- É se pá. É que quando eu era muleque, ficava pra rua tá ligada? Minha mãe morreu quando eu tinha cinco anos, ninguém me queria por perto, eu era o brabo memo, tocava o terror desde pequeno. Já passei muita fome, é foda! Tanta coisa sinistra cê nem imagina.
Ela continuou de olhos fechados
- Imagina se fosse cego, e fosse vendido para os trafic.antes, lamentável.
Ele sorriu notando o forte temperamento dela, foi mexendo nos armários da cozinha
- É, mó desacerto. Cê sabe que eu podia mata seu tio né? O véio tá devendo faz mó cota.
Ela disse que o dinheiro foi usado para pagar o velório da mãe, ele voltou com um suco de caixinha e meio pacote de bolachas água e sal
- É nada, faz mó cota que ele deve. Sua mãe morreu faz pouco tempo num é? Toma come aí.
Ela se sentou, começou comer, ele ligou a televisão, colocou um filme de terror
- Ae oque cê faz, quando não tá fazendo nada? Pra tira um lazer?
Ela disse que nada, ao comer algumas bolachas perguntou quando iria embora, ele disse que logo, ficou pensativo, ela pediu a toalha, foi sozinha pegar roupas, depois para o banheiro, tomou banho e foi para o quarto, ele estava na sala observando, falou curioso
- Ae cê fica imaginando as coisas? Como que é? A cor? O jeito todo? Redondo quadrado sei lá?
Ela estava no quarto penteando o cabelo
- Não.
Ele foi até lá
- Como me imagina?
Ela levantou os ombros
- Sei lá. Tem uma escova de dentes caída por aqui?
Ele começou olhar na cama, no chão
- Devo te umas lá em cima, tem tanta coisa nessa casa cê num tá ligada.
Ela estava em pé arrumando as roupas na mochila
- Oque tem lá em cima?
Ele a segurou pelo braço
- Meu quarto, área de lazer com uma pá de coisa, bora lá vo te mostra. Cê vai fica um tempo aqui, a festa não tá marcada ainda. Olha a escada aí.
Ela foi subindo
- Festa pra alguém dormir comigo?
Ele a levou no quarto
- É po.rra cê acha que é fácil encontra mina virg.em? Vo ganha mó grana contigo! Vai passando a mão aí.
Ela começou tocar a cortina, janela, lentamente sentindo tudo, encontrou o guarda roupa
- Posso abrir?
Ele sentou na cama
- Pode pô.
Ela foi tocando as roupas no cabide, abriu uma gaveta, ia abrir outra, ele se aproximou tranquilamente
- Cuidado ae.
Ela ia enfiar a mão na gaveta ficou imóvel
- Oque tem aqui?
Ele pegou uma arma, descarregou e deu na mão dela
- Uma peça. Nunca viu né?
Ela tocou tudo sentindo os detalhes
- Deveria ter visto? Não moro na favela nem sou ban.dida. você não sente culpa? Remorso?
Ele guardou de volta
- Não.
Levou as mãos dela até a outra porta do guarda roupa, ela continuou abrindo tocando tudo
-  Porque não disse quem era? Quando me encontrou na rua? E de pensar, que eu te vi como alguém legal, gentil, porque me ajudou.
Ele estava encostado ao lado dela, debochou
- Me viu como se é cega? Tenho que anda com o relatório polícial agora pô? Pra que ia fala das minhas me.rdas já na lata? Ia fica chorando lá, toda bolada.
Ela encontrou um biquíni da Kendra
- Oque é isso? Você tem namorada?
Ele disse que não, ela foi indo até o banheiro
- Alguma vez é sincero de fato? Você é muito estranho!
Ele a guiou até a pia
- Se pá as vezes sim. Cuidado com a mão aí, vai cortar na gilete.
Ela estava pegando os frascos lendo os rótulos e cheirando
- Tem uma pra mim? Gilete?
Ele deu um perfume feminino na mão dela
- Tenho. Gosta disso? Pega pra você!
Ela cheirou franziu a testa
- De quem são essas coisas de mulher? Porque não me fala? Acha que eu tô preocupada com a sua péssima índole em relacionamentos? Nem sei seu nome.
Ele começou abrir as gavetas do gabinete
- Por.ra eu trago mulher aqui memo, não quer dize que tenho uma. Cê é curiosa né? Crlho!
Ela parou de mexer nas coisas, foi saindo sozinha
- Você me disse que era pra mexer, não sei se percebeu mais eu não tenho muita coisa pra fazer.
Ele pegou algumas coisas no banheiro, foi indo atrás
- Óóó cê vai caí e eu vo deixa crlho. O muleque já tá chegano aí com o seu rango. Vai come tudo que eu quero vê.
Ela achou outro quarto
- Oque tem aqui?
Ele abriu a porta
- Um quarto onde tem festinha, coisa boa.
Ela foi entrando
- Boa pra quem? Sempre vende as vi.rge.ns aqui?
Ele foi no banheiro colocou as coisas lá
- Aeee cê pode fica aqui, tem banheiro, mais tem que toma cuidado com a escada tá ligada? Cê consegue?
Ela sentou na cama
- Não sei. Posso falar com a minha família? Estão preocupados sem notícias.
Ele atendeu o celular
- Fala meu querido, tô indo já é.
- Já volto, fica aí. Vo pega suas coisas lá em baixo.
Ele demorou dez minutos, subiu com duas pizzas, refrigerante, cerveja, brigadeiros gourmet, foi colocando na cômoda
- Aqui tem televisão, cê gosta?
Ela disse que sim, ele ligou, a serviu dando tudo na mão
- Não fica bolada beleza, depois da festa cê vai embora e fala com a sua família. Eu te mando direto pro sítio lá, vai mete o pé da casa do véio.
Ela comeu três pedaços diferentes, saciou a fome, foi ao banheiro escovar os dentes, ele já tinha colocado as coisas dela lá, duas toalhas, desodorante, hidratante, tinham coisas da Kendra de higiene pessoal e uma máquina de aparar pêlos, ela estava mexendo em tudo, ele encostou na porta
- Não tem gilete, mais tem a máquina aí mó daora é só passa. Deixa eu mostra os bagulho direito!
Ela ficou prestando atenção, ele mostrou como ligar, passou no braço dela mostrando que não machu.cava, ela perguntou insegura
- Vai me avisar antes? Da festa?
Ele disse que sim, viu os olhos dela ficando marejados, ela foi saindo do banheiro, deitou tentando conter o choro, ele foi saindo do quarto
- Vo deita, qualquer fita me chama! Mais eu durmo igual pedra. Amanhã vo sai cedo, vo ve se as mina do salão ajeita você beleza? Dorme aí de boa, pode desliga a tv?
Ela disse que preferia ligada, pra poder ouvir no dia seguinte, ele encostou a porta e foi deitar com pena dela, no outro dia antes de ir resolver as coisas sobre o trabalho, foi bater na casa da dona do salão, ela estava devendo um dinheiro, atendeu com muito medo apreensiva, ele perguntou quanto era pra ela ir na casa dele, confusa ela perguntou do que se tratava, ele começou rir
- Cê não é a Zé porva fofoqueira não tia? Seguinte, a mina do leilão tá em casa, quero da um tapa nela tá ligada, deixa na estica pra festa. Mais na surdina, num é pra sai contando pra ninguém! Os muleque do corre tá a mil, vai te baile logo mais. Desce tudo do bom e do melhor tá ligada? Faz o crlho todo, que a mina precisa tá filé.
Ela aceitou sem questionar, ele disse que ia mata a dívida daquele mês, em troca da parceria, já estava indo embora quando voltou falar que a mina era cega, ela falou que tudo bem, ficou super curiosa, foi se trocar pegar as coisas e logo subiu o encontrar.
Ele tinha comprado pão doce, leite, suco de caixinha, mortadela, frutas, entrou gritando
- Aeeee mina cola aí.
Ela foi descendo devagar, já tinha tomado banho e trocado de roupa, ele deixou tudo na mesa
- Bora come que a tia vai chega já já dá um talento em você. Ae não fica falando aquelas coisa de família, que vai embora, quanto menos o povo sabe das coisas, melhor é valeu. Vem aqui.
A guiou até a mesa, deu o copo na mão e colocou só leite puro, enquanto ele ia pegar o achocolatado, ela tomou
- Nossa, não tem açúcar pelo menos?
Ele pegou o copo dela
- Tem mais cê não esperou crlho. Tá dormindo por.ra?
Ela ficou séria
- Eu não tenho como ver, só falta me perguntar a cor de algo. Pode não falar palavrão na mesa? Pra quem passou fome, devia respeitar muito mais as refeições.
Ele serviu o leite puro de novo
- Alaaaa. Cheia de frescura. Mulher é tudo igual .
Ela tomou um gole
- Já pensou em ser tratado da mesma forma que trata as pessoas? Minha mãe sempre dizia, que cada um da oque tem, dentro de si.
Ele colocou o achocolatado, deu o pão na mão dela
- Nem lembro da minha mãe e não tenho nenhuma foto.
Ela ficou quieta comeu bem sem saber quando seria a próxima refeição, ele saiu atender a cabeleireira, apresentou as duas e saiu, muito simpática curiosa a moça fez o serviço completo, unhas, hidratação no cabelo, sobrancelhas, teve que ir buscar o aparelho de depilação, fez nas pernas e virilha, ficou horas lá, deixou um perfume, sabonete caro, coisas de catálogo, inocente a Safira ainda entendeu que eram coisas dadas. A sacoleira foi na boca com vestidos que ele pediu, desceu fofocando sobre ele estar na ativa e a Kendra viajando perdendo o lugar, uma amiga dela mandou mensagem falando que ele comprou vestidos, ela ficou furiosa, decidiu voltar antes de viajem e com o filho, sem avisar nada pra ninguém antes.
Ele mandou entregar marmita no almoço, a Sene foi levar e entrou, até colocou no prato, arrumou a mesa, brincou sobre estar comendo a carne porque na casa dela nunca tinha, docemente a Safira ofereceu metade da comida, a Sene deu risada disse que era brincadeira a elogiou, ela ficou envergonhada
- Tá de brincadeira ou não? Tô com medo da mulher ter me deixado feito palhaça. Como eu tô? Fala a verdade!
Ela continuou rindo
- Tá bonitona ué, cheia dos frufru. O cabelo tá tipo molinha com brilho, cheiroso. Cê é muito bonita de qualquer jeito, eu acho na moral memo.
Ela sorriu pela primeira vez em dias
- Obrigada. Vou acreditar em você, tanto faz mesmo.
Ela ficou um pouco lá, ajudou com a louça, olhando explicando onde estavam as coisas, voltou pra boca a tarde, ele estava cheio de idéias crente que ia morrer e logo.
Foi pra casa a noite cheio de sacolas, passou pela porta do quarto
- Cheguei, vo lá em cima. Tá de boa?
Ela estava sentada ouvindo a televisão
- Sim.
Ele ficou reparando nela, estava diferente
- Trouxe uns panos pra você, só as cor que eu curto, cê não podia escolhe memo.
Ela continuou quieta, ele subiu na área de lazer começou arrumar a mesa com comidas diferentes, japonesa, mexicana, porções, doces, tudo comprado no asfalto e levado rapidamente pra lá, também tinham bebidas, refrigerantes de sabores diferentes, logo ele desceu a ouviu tomando banho, tirou a roupa dela de cima da cama e colocou os vestidos novos, ficou na porta do quarto observando, quando ela saiu de toalha apalpou tudo, pegou reparando na costura, ele a assustou
- Escolhe um e sobe, quero te mostrar uma coisa.
Ela não disse nada, pegou o primeiro que achou, vestiu por baixo sem langeri, era de alcinha simples soltinho, ela imaginou que iria acontecer oque tanto temia, logo subiu apreensiva, ele a pegou pela mão
- Nóis vai come aqui, é meu lugar preferido. Subo pra pensa!
A sentou em uma colcha no chão, com as costas apoiadas em um sofá, ela estava suando frio nervosa, ele foi levando a mesinha de centro perto dela
- Não fica se mexendo ou vai derruba a me.rda toda. Cê nunca bebeu né?
Ela balançou a cabeça que não, ele colocou um copo em suas mãos
- Toma aí. Perdeu a língua?
Nitidamente nervosa ela levou o copo até a boca, molhou sutilmente, era whisky com gelo de coco
- Forte, amargo.
Ele pegou uma tortilha com guacamole
- Tem várias coisas pra você prova, mó banquete na moral, pode me odia fala bo.sta, mais reclama de fome não vai pode não em. Abre a boca!
Ela abriu, estranhou a textura fez careta, ele pegou um hot hol
- Vai abre a boca.
Ela comeu desconfiada
- Tem água?
Ele serviu saquê
- Água que passarinho não bebe. Eu to comendo tudo com você na moral.
Ela tomou um gole grande
- Acho melhor que o outro. Você gosta dessas coisas estranhas? Qual o nome?
Ele disse que nem sabia direito, serviu um enroladinho de queijo com massa de pastel, ela devolveu o copo
- Você está bebendo?
Ele disse que sim, serviu um gole de cerveja, a puxou pra levantar
- Vou te mostrar uma coisa daora. Fica perto de mim!
Ele a encostou de costas na sua frente muito próxima
- É um rojão, você vai segura virado pra cima tá ligada? Assim, sente ele! Vo acende e não pode solta nem derruba, se não a gente tá fudido aqui, vai queima nóis dois.
Ela queria desistir com medo
- Não dá, para. Por favor. Não consigo!
Ele mostrou a direção
- Segura! Vai crlho. Vo acende.
Ela segurou apreensiva, ele colocou a mão em cima da dela e acendeu, a segurou pela cintura com a outra mão, ela se encolheu com medo dos estouros, começou rir
- Você é ma.luco!
Ele se manteve próximo com seu corpo encostado
- Agora é outra coisa, vai solta os pipoco.
Ela não entendeu nada, sentiu uma arma sendo colocada em suas mãos, abraçado atrás ele explicou oque ela deveria fazer e deixou suas mãos na direção, teve que insistir e a convenceu, ela deu um tiro
- E se acertar alguém longe? Isso não é certo.
Ele garantiu que no mato não tinha perigo, se afastou a segurando pela mão
- Tem piscina aqui, sabe nada?
Ela ficou tensa
- Não, morro de medo.
Ele a levou sentar de novo
- Abre a boca. Esse cê vai curti tenho certeza.
Serviu um docinho de coco, deu um copo de marula, ela gostou
- Diferente.
Ele a serviu mais um pouco na boca, quando a viu bebendo sozinha, ficou curioso
- Gostou desse? Ligeira! Cê tá mó gata, não sabe o quanto é linda né?
Ela ficou sem graça
- Bobagem.
Ele colocou a mão no rosto dela acariciando
- Preciosa!
Ela estava levemente alterada, fechou os olhos sentindo a mão dele, ficou com a respiração ofegante e a voz trêmula
- Essa é a festa?

Aylan MORRO ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora