Ele achou que ela tinha ido embora, saiu foi verificar os preparativos para o baile, voltou pra casa se arrumar e ainda com uma esperança bem lá no fundo dela aparecer.
Se arrumou pra sair, tênis de marca, mil e quinhentos reais, camiseta trezentos, boné duzentos, perfume de novecentos, ainda estressado remoendo oque aconteceu com a Kyssila, já começou entupir o nariz em casa, quando saiu na porta o Frango já havia mandado um Soldado subir com a encomenda do Treze. O baile estava lotado três quarteirões fervendo feito formigueiro, por onde ele passava os caminhos se abriam, sempre sozinho ele não temia nada nem ninguém, era o pesadelo do sistema sem temer a morte, com poucas idéias foi cortando o fluxo até o camarote, pelo olhar dele os mais chegados já sabiam, ele estava " Treze " e aiiii de quem o incomodasse, ele subiu foi ficar no canto, estava debruçado na barra de proteção olhando todos pensativo, se lembrando da juventude que parecia tão distante em poucos anos que passaram. Ele se virou para pegar bebida, nem acreditou no que viu, a Amabile lá, com um vestido curto vermelho, fum.ando " chá " o encarando fixamente, ele ficou também olhando foi indo na direção, ela se virou de costas, parou de olhar, começou dançar segurando na barra, sempre destoante com uma postura que as outras não tinham, ele se aproximou por trás a abraçando
- Onde cê tava crlh?
Ela pegou o copo dele, continuou dançando sem nem falar nada, ele logo a virou bruscamente de frente pra si
- Tá de tiração comigo madame?
Ela o encarou nos olhos séria
- Vai me ba.ter de novo? Veio aqui porque quis, não te chamei. Eu te procurei, te esperei, pedi ajuda e me virou as costas! Achei que era diferente Aylan.
Ele a puxou pelo cabelo com força, falou no ouvido
- Quanto menos esperar, menos decepção terá po.r.r.a, eu não fico atrás de ninguém memo, sua b.ce.ta é boa na moral te curti. Mais pra mim, mulher nenhuma vale a pena! Tô ligado na sua, curte vir pra baile, fumar um, fica loc.ona de loló. Esse mundo não é pra você! E seu marido já já cola aí te arrasta!
Ela sorriu irônica se soltando
- Por isso procurei você, pra não precisar abaixar a cabeça pra ninguém. Mais beleza! Vai se f.o.d.e.r você também!
Ela foi saindo do camarote feito um foguete, ele falou olhando pu.to da vida injuriado
- Filha da p.u.t.a!
Virou o copo de red label com gelo de coco, foi indo atrás dela, a encontrou comprando d.r.o.g.a.s encostou ao lado e fez sinal pra não venderem, ela não gostou
- Qual o seu problema cara? Mais que inf.ern0 de vida! Eu não posso fazer nada nunca!
Ela saiu andando revoltada, comprou um litro de bebida começou beber no gargalo, ele se aproximou a pegando pela mão
- Vem comigo! Vamo subi ali.
Ela estava indo, logo se soltou
- Não quero ir, me deixa.
Ele sorriu irritado a olhando se afastar
- M.ald.ita!
Foi atrás, a pegou pelo braço, jogou em suas costas como um saco de batatas, quase com o bu.m.bum todo a mostra, ela resistiu um pouco mais estava bêb.ada, ele saiu da parte mais lotada, a levou pela mão para as escadas de uma casa encostada no baile
- Eu vo desce a mão na sua cara se me deixa falando sozinho de novo beleza? Mó tiração, se controla po.r.r.a!
Ela estava bêbada caiu nas escadas, rolou alguns degraus, ele voltou correndo a ajudar
- Eu vou te deixar na moral. Fala comigo, eiii crlho mach.ucou? Amabile?
Ela estava atordoada, começou chorar
- Pare de me am.eaçar, que d.r.o.g.a meu pé, vai embora, pode ir, não preciso de mais um homem idi.o.ta me tratando m.a.l.
Ele estava abaixado a clareando com a luz do celular
- Pode levantar? Cala a boca, que eu tô sendo bom até demais já.
Ela reclamou de d.or ao tentar ficar em pé, quis o afastar irrit.ada
- Bom demais? Baseado em que? A gente nem se conhece direito! Vai embora.
Ele se aproximou tentando a pegar no colo
- Baseado na m.e.r.da que está a minha vida, tive um dia daqueles. Não me conhece, mais colou na minha casa querendo sei lá oque, f.o.d.e.r é que não é. Vamos embora! Tá sang.rando crlho, nem consegue andar. Bora pô!
Ela estava chorando, aceitou ser carregada, quando chegaram na casa, ele a colocou sentada na sala
- Vai do.er, só na hora. Você tem convênio médico essas me.rdas? Tá com os documentos aí?
Ele estava mexendo no pé dela, ela respondeu irri.tada
- Tenho mais não vou usar você acha que... AIIIIIIIIIIIIIIII CARAMBA!
Ele colocou o pé torcido no lugar, a pegou de surpresa
- Eeeee já vai passar. Vou pegar gelo e uma ponta, deve te acalmar.
Ele voltou com pedras de gelo enroladas no guardanapo, um cigarro acesso e um copo de pinga, puxou as pernas a colocando deitada, sentou próximo segurando o gelo no pé
- Você é mó corta brisa na moral. Toma de uma vez, logo vai dormir e com certeza acordar suavona amanhã!
Ela tomou tudo numa golada, ofereceu o cigarro
- Eu só queria que as coisas fossem diferentes.
Ele pegou um pano e álcool disse que ia limpar os machucados, começou com o rosto, ela havia batido a cabeça, ardeu o corte, ela resmungou com aquele olhar triste apático
- Eu faço tudo errado!
Ele sorriu irônico
- Nem tudo pô! Sabe tre.par gosto.sinho.
Ela sorriu envergonhada desviou o olhar
- Até parece, com o tanto de menina vivida que você fica por aí. Deve estar zo.mbando de mim!
Ele continuou limpando as escoriações
- Não sou assim pô, tá aí um defeito que deveria ser qualidade. Tá doido! A verdade dói, por isso as vezes eu só observo tudo. Pra não sair de c.u.zão. tá ligada? Você se importa demais com oque os outros dizem, se põe pra baixo sozinha! Não chega a lugar nenhum assim na moral.
Ela afastou a mão dele
- Uhum, e você chegou onde queria? Ignorando oque falam de você? Pode parar já está bom.
Ele a encarou nos olhos
- Cheguei até além. E você? Onde chegaria se ignorasse a todos?
Ela disse que era fraca, ele se aproximou para beijar
- Eu não acho!
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Aylan MORRO ( CONCLUÍDO )
RomansaSafira é deficiente visual, perdeu sua mãe e foi morar no morro do jacarandá com seu tio, um homem que só queria se aproveitar da jovem, ela se mudou para poder voltar a enxergar e foi enganada. Ele a deu em troca de uma dívida com o dono do morro...