Capítulo 26

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Ele respirou fundo irado, a grudou pelo cabelo puxando forte, a encarou nos olhos
- Filha da p.ut.a! Cê tá me tirando e tudo tem limite valeu, eu só não vo te esculacha aqui, porque tá carregando um filho meu.
Ele a soltou com um empurrão, tirou a camiseta, voltou pra fora como se nada tivesse acontecido, começou conversar rindo, tocou pandeiro com o pessoal do pagode, comeu bebeu, bastante tempo depois, a chamou pra ir embora, ela estava dentro do bar encostada no balcão, foi indo atrás cabisbaixa chorando, quando chegaram em casa, ele foi tomar banho, começou se arrumar pra sair, colocou roupas novas que ela comprou, camiseta polo, calça de grife, aparou a barba e se encheu de perfume, ela estava deitada olhando, quando ele ficou pronto, foi pegando a chave da fechadura
- Cê me esculacho na frente de geral, arrumando perreco atoa, mó comédia, agora vai te motivo, vo fu.de com ela a noite toda!
Ela ia começar xin.gar, ele trancou a porta a deixando presa no quarto, em êxtase furiosa ela começou bater na porta
- Aylan seu m.aldi.to! Abre essa porta, eu vou embora. Aylan volta aqui.
Achando que ele não ia voltar, ela tirou o pó do esconderijo, começou cheirar no banheiro, uma carreira atrás da outra, logo foi interrompida por um puxão no cabelo
- Filha da p.ut.a, eu sabia, cê tá mentindo!
Ela o enfrentou, empurrando
- Esqueceu alguma coisa? Vai lá com aquela pir.an.ha! Me solta.
Ele foi pegando tudo, a xingou muito, gritou cobrando responsabilidade, perguntou se ela queria perder o bebê, se matar, foi uma discussão calorosa, ela reclamou de tudo como se todo o tempo em que estiveram juntos foi rui.m, ele se exaltou colocou o pó na pia e a mandou cheirar, esfregou o rosto dela até. Chorando ela começou falar que não conseguia ter controle, ele a deixou sozinha no chão do banheiro
- Então cê vai mor.re e não vai demora po.rra. eu tô te dando tudo, mais não adianta meu, essa mer.da de vida.
Ele saiu, foi deitar na lage fumando, ficou olhando o céu estrelado pensando no quanto tudo ia continuar dando errado, ela lavou o rosto, não usou mais nada, foi procurar ele pela casa, subiu na lage sentou ao lado chorando
- Você vai me ma.tar um dia!
Ele continuou quieto, ela deitou ao lado
- Essa vida não é pra mim. Eu to tentando, eu não consigo!
Ele nem se mexeu
- Cê não faz idéia de como sua vida é boa, por aqui é o melhor que tem crlh. Se é oque qué, pega tuas coisas e vai embora amanhã. Vai morre sozinha e longe de mim!
Ela começou chorar sentida
- Me perdoa, por mentir. Eu quero parar, me ajuda, quero esse bebê.
Ele a abraçou
- Nunca mais mente pra mim!
Ela disse que não ia, o chamou para entrar, foi pegando cigarro, bebidas, ele guardou tudo em um quarto trancado a chave, ficou a tratando com indiferença, deitou dormir sem nem conversar ou tentar fazer nada.
No dia seguinte a acordou de supetão
- Vai se arruma, nóis vai sai.
Ela levantou apreensiva
- Onde vamos vida?
Ele foi saindo do quarto, a mandou se arrumar logo, tomar banho pra ir no médico, ela ficou tensa, entrou tomar banho chorando, vomitou nervosa achando que era mentira e ele ia fazer alguma m.alda.de.
Colocou um vestido longo vermelho bordo, salto plataforma, se maquiou brigando com as lágrimas, ele voltou, já estava trocado
- Bora crlh vai casar não.
Foram os dois de carro, um evoque de luxo preto, chegando no asfalto, ele parou em uma padaria
- Bora come um negócio ali Amabile, porque tá com essa cara? Viu um fantasma crlho?
Ela sorriu tensa
- Tô nervosa.
Foram entrando de mãos dadas, ele escolheu o lugar pra sentar
- Nunca de costas pra rua. Tá com fome?
Ela balançou a cabeça que sim, pediu um suco, ele pegou um pedaço de bolo, pão na chapa, uma jarra de suco, do nada falou rindo
- É o nosso primeiro rolê fora da quebrada! Sabe porque eu não saio?
Ela acariciou o braço dele
- Não exatamente.
Ele continuou sorrindo
- Porque posso ser preso. Cê tá ligada qual a sua caminhada se isso acontecer né? Vai me fortalece lá dentro?
Ela o beijou sutilmente várias vezes no rosto e boca
- Vou fazer oque posso, estar sempre lutando com e por você.
Ele correspondeu o carinho, foram para o médico, ela não sabia, mais a clínica ligou pra ele avisando que os resultados dos exames havia saído, era um prédio muito chique particular, quando entraram na consulta o médico se apresentou, falou sobre a trajetória dele, confessou estar preocupado com o estado dela, de anemia profunda, desnutrição, o Treze estava sentado, perguntou quais exames haviam sido feitos e quais medidas, cuidados, deviam ter, o médico começou falar mostrando
- O primeiro passo é iniciar o pré natal, como fizemos. Foi pedido o essencial, tipagem sanguínea e fator rh, teste de coombs, hemograma, urina tipo l, urocultura, antibiograma, glicemia de jejum, parasitológico de fezes, ultrassom, toxicológico. Na idade dela, é necessário uma atenção maior e sinceramente, eu considero a gestação como de risco.
Ela começou chorar nervosa
- Mais é muito cedo, doutor eu acabei de descobrir.
Ele continuou falando sobre os resultados péssimos, começou falar de vício, perguntou se ela tinha, super constrangida ela apenas balançou a cabeça positivamente, o médico falou sério
- Esse é um problema grave, eu não costumo lidar com mães assim. A senhora tem que parar, pelo bem de seu bebê. O uso de dro.gas pode provocar outras consequências graves, como abo.rto espontâneo e separação da placenta no útero. Bebês nascidos de mães que usaram coc.aín durante a gravidez também são mais propensos a ter microcefalia, danos cerebrais, problemas neurológicos ou sofrer de outros tipos de defeitos de nascimento. Acredito que a senhora não quer uma criança com qualquer deficiência?
O Treze estava muito sério prestando atenção, perguntou se pelos exames, deu pra ver alguma deficiência, o médico voltou a explicar oque havia falado pra ela na outra consulta, sugeriu que ficasse internada até melhorar, ela não gostou, Treze tomou as rédias de tudo, foi acertando sobre a internação, o médico levou eles conhecerem o quarto que ela ficaria, saiu os deixando sozinhos, ela estava arrasada chorando, ele a abraçou
- Eeee crlho para com isso, cê vai fica aqui pra se cuida, pensa no menor pô. Eu não tenho como fica colado em você, o dona encrenca para meu.
Ela o fez prometer não abandonar ela e nem levar outra mulher pra substituir. Ele foi prometendo tudo, deixou claro que não podia voltar lá porque era peri.goso, a deixou internada e prometeu levar a Pandora, pra ficar como acompanhante.
Assim que ele chegou no morro, foi falar com o Frango, mandou o recado como uma ordem,ver que era para a Pandora arrumar as coisas e ir, o Frango o questionou
- Ae parceiro mais a Pan trampa lá no salão tá ligado, ela tem os ...
Ele interrompeu hostil
- Crlh eu vo pagar. Vai lá da a po.rra do recado ou não?

Aylan MORRO ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora