Capítulo 1

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✔️Autora Diene Médicci, escrevendo desde 2017, + de 30 obras publicadas!

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" Meu mundo me ensinou ser assim... " Aylan vulgo 13

A vida de uma criança não planejada, que cai na vida errada é bem fácil de se imaginar como acaba. Aylan vulgo " treze " é cria da comunidade, sua mãe era jovem e ingênua, caiu nas graças de um turco e engravidou aos quinze anos. Expulsa de casa foi morar no morro de favor e fazia de tudo um pouco pra se manter e criar seu filho sozinha, ela morreu quando Aylan completou cinco anos, ele foi ficando de favor na casa dos outros até atingir a pré adolescência e ir morar no meio de uma bocada com a Nana avó do Tataco um traf.icante considerado no morro do Jacarandá. Aos treze anos no dia de seu aniversário fez seu primeiro " 157 - as.salto a mão arm.ada " regado a ame.aças e muita violê.ncia, a vítima era um casal de meia idade que estava em uma avenida não muito movimentada, pela primeira vez o Tataco confiou nele pra fazer algo grande e missão dada era missão cumprida, daí veio o " vulgo " apelido .
Desde pequeno Treze era um menino destemido, brincava com fogo, insetos e atiçava os cachorros da vizinhança, sem medo ou a menor obediência, acumulava apelidos rui.ns por onde passava " pra.ga / pe.ste / django / ma.ldito ".
Graças a esse comportamento de me.rda as pessoas foram fechando as portas pra ele, foi um pulo pra subir de entregador de quentinhas e muleque de recados a " vapor - Individuo, geralmente menor de idade, contratado pelo trá.fico para vigiar a entrada da boca, é chamado de vapor, pois ao primeiro sinal de polícia ele evapora, ou seja some ".
Com quatorze anos ele tinha sua renda e não passava mais fome nem vontade, comprou primeiro um tênis, depois um boné e soube desde novo oque queria pra si.
Nana era quem cuidava dele como dava, seu neto Tataco virou o chefe de lá com o passar do tempo, era temido pelos inimigos e querido pela comunidade, pra ganhar aprovação e respeito dele, os meninos por lá faziam de tudo, Treze era observador e po.rr.a. lo.uca comunicativo todo ligeiro.
Aos quinze anos foi cobrar uma dívida de um vic.iado e fez seu primeiro " 121 " era um cara ferrado que já tinha roubado a própria família para comprar dro.gas. Tataco o mandou e deu recado " plata o plomo " que significa dinheiro ou chumbo, sem a menor culpa ou arrependimento, ele matou o n.ó.i.a e depois foi jogar futebol com a mulecada. Enquanto contava vantagem sobre oque fez todo orgulhoso de si, olhava Kendra de longe desfilando com metade da bu.nda de fora, os flertes começaram naquela época, mais ela sabia oque queria e ele era muito fraco no corre pra ter moral suficiente de chegar nela.
Kendra tinha quatorze anos e não era vir.g.em desde os doze, nascida e criada lá começou beijar aos nove, namorar aos onze, só não tinha filho por conta dos ovários policísticos, seu tipo ideal de homem era; tatuado, marrento, com grana pra bancar e o mais importante com a pi.ca grande. Ela dizia isso debochada e acumulava apelidos relacionados a sua boca " quente/ de veludo ", seu ex tinha sido morto em um " acidente " causado por um atropelamento em fuga e o luto estava a segurando solteira por um curto tempo, sua mãe era até pior que ela e não dava a mínima para oque elas fazia ou não na rua.
Era dia de baile funk, desde a tarde a quebrada estava no fervo, todo mundo seguindo o fluxo se preparando para a anarquia noturna. A fila no barbeiro tinha até senha por ordem de chegada, mais os muleques do corre nunca ficavam esperando, quando o Treze chegou lá foi entrando e já sentou pra ser atendido, o barbeiro era o Rodinei um cara evang.élico que era pior do que o pessoal do mundo, mais disso ninguém sabia ainda.
Como recompensa pelo trabalho muito bem feito, Treze ganhou um litro de red label e foi avisado que ia perder o ca.b.aço naquela noite, ele jurava não ser vir.g.em mais o Tataco tra.nsa.va direto na frente dele e achava que era mentira.
Ansioso ele cortou o cabelo, fez as sobrancelhas com risquinho, colocou uma camiseta novinha que a Nana passou e foi pro baile se achando o cara. Depois de metade da garrafa ele criou coragem, foi se chegando nas meninas que estavam dançando com roupas curtas perto deles, a mais bonita era a Kendra e o Treze não era o único a achar isso, ela estava de shorts jeans curto desfiado e croped vermelho, o Tataco que não perdia tempo largou a ficante e foi esfregar o p.au na Kendra, ela gostava daquilo aquela sensação de ser a preferida, falou logo que não era lanchinho, porque sua bu.c.eta era boa demais e quem fu.de.sse uma vez não largava mais, ela arriscou no joguinho de sed.ução, quem não arrisca não petisca. A noite toda ela provocou o chefe e como amostra pagou um bo.qu.ete guloso atrás de um carro, aquela hora o Treze já estava trilo.uco e não viu nada do que estava rolando, foi embora caindo de bêbedo, trombou a Kendra " por acaso " perto da casa dela, como ninguém estava de olho, ela o arrastou para dentro, o beijou na sala e foi ficando nu.a, ele quase nunca nem beijava ninguém e nem estava em condições de ser saf.ado mais ela era experiente pelos dois, tirou as roupas dele, o sentou no sofá e foi por cima, dizendo o quanto era gro.ssa e gostosa a pi.ca dele, então aconteceu, a primeira vez, ele só soube falar o quanto ela era linda, gata, especial, perfeita, aquilo os elogios fofos, foram uma grande piada pra ela e ao acabar, a mesma disse exausta
- Filho da pu.t.a me go.zou toda, vê se não conta pra ninguém ou eu nunca mais olho na tua cara .
- Perfeita é minha bu.ce.ta né !
- Você sabe chupar?
Pra não ficar por baixo, ele falou que não ia chupar po.rra nenhuma que qualquer um enfiava o p.a.u, foi embora rindo sozinho feliz da vida.
No outro dia acordou no susto com gritaria, era a ficante do Tataco sendo expulsa e gritando aos quatro cantos do mundo que ia pegar aquela talarica e cortar a cara . Agres.sivo ele fez ame.aç.as, disse que ia cortar era a língua da bu.ce.ta dela e ainda riu muito com os amigos. O Treze foi lá conversar também riu da situação, perguntou oque tinha acontecido, um dos meninos falou que era o mel da Kendra a melhor b.uc.eta da rua, o Tataco interrompeu hostil
- Po.rra cê já comeu muleque? Tu num pega nem as pu.ta que dá o c.u por uma buc.ha vai se fo.der arro.m.b.ado respeita a minha fiel .
Todos caíram na risada, ele falou que era sério pediu respeito pela primeira dama, logo completou
- Vocês são mó Zé porva na moral, essa me.rda aqui num tem muita coisa boa. Quando tem cêis acha que vou deixa passa? Vo nada.
Continuaram rindo com brincadeiras, o Treze lembrava exatamente do que fez com ela, mais ficou quietinho e com medo de alguém ter visto algo.
Mais tarde no mesmo dia ela encostou no pagode, os meninos estavam reunidos curtindo, o Tataco foi atrás e já assumiu pra todo mundo ver, a ex apareceu lá loc.on.a de pó, foi arrumar briga, ele deu dois tapas na cara dela e a dispensou com humil.hações sobre o corpo e até a cor da b.un.da dela.
A Kendra assistiu a tudo com deboche, bebeu comeu tudo de melhor que tinha lá, fumou ma.con.ha com as amigas tudo sem pagar nada, ficou dançando se exibindo e chegou olhar o Treze esperando ser notada como antes, mais com o c.u na mão ele não olhou pra ela nem um minuto a noite toda.
O Tataco a levou pra casa deles, fo.deu a noite inteira com o Treze ouvindo tudo, ela não pareceu se importar, a verdade é que gostava daquilo.
Depois da primeira vez ele tomou gosto pela coisa, ficou a semana toda com a prima de um parceiro e foi tran.sa.ndo de várias maneiras aprendendo os macetes.
A Kendra começou reclamar de ter que ouvir gemido das " put.as " do Treze, em menos de dez dias como fiel, ela já começou instalar o caos, foi o ponta pé inicial pra ele ir morar em um barraco sozinho, ele não brigou nem nada disso, muito esperto levou na brincadeira, se desculpou e falou ao Tataco que tinha que aprender fo.der direito, orgulhoso como irmão mais velho, ele começou perguntar quem tinha tirado o cab.aço dele, se foi naquela noite do baile, com desdenha ele falou que foi uma mina bich.ada seb.osa com a buc.eta tão fe.d.ida po.dre que ele precisou passar limão no p.a.u depois, ela ficou furi.osa, na primeira oportunidade a sós foi tirar satisfação xin.gar e o ameaçou
- Talarico tá se achando né, vou te chamar nas idéias vamo vê quem o Tataco prefere, seu ma.ld.ito filha da p.u.ta fiz uma caridade contigo por te dá.
Ele riu afrontoso
- E aí Kecredo qual foi? Na moral eu tô pouco me fu.den.do pra essa me.rda que cê tá falando, quem vai rodar nas idéia é você ca.ral.ho tá de fiel e quis me dá, nem moral cê tem, se liga, sebosa é isso memo.
Ele não abaixou a cabeça e a birra dela só foi aumentando, mais ela não era ot.ária de abrir a boca, ou ia se dar ma.l também.
Em semanas ela foi morar com o Tataco, que estava muito envolvido.
O Treze foi morar sozinho e ganhou uma promoção no corre, virou " soldado - indivíduo responsável pela defesa e ataque bélicos, sempre armado e pronto para participar de qualquer confronto. Com direito até a salário fixo e trabalhando em esquema de plantões " ele era confiável e eficiente, seguia as ordens do chefe, não perdia o foco, ele despertava inveja entre os demais colegas até.

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Autora Diene Médicci

Aylan MORRO ( CONCLUÍDO )Onde histórias criam vida. Descubra agora